Hormonas tireoideias
As hormonas tiroideias são medidas no sangue, não sendo necessário o jejum.
Tal como a maioria dos doseamentos hormonais deverão ser efetuados em laboratórios de referência. A sua execução é morosa, pelo que, a obtenção dos resultados não é imediata.
Podem ser doseadas a TSH, as hormonas tiroideias totais (T3 e T4) e as suas fracções livres.
A determinação da TSH com os métodos atuais de elevada sensibilidade, é suficiente na maioria dos casos, para avaliar eventuais alterações hormonais. Os outros doseamentos são pedidos analisando as situações caso a caso.
Vários medicamentos e doenças não tiroideias podem interferir no doseamento das hormonas tiroideias.
Na mulher, em que a doença tiroideia é muito frequente, a gravidez e o uso de contraceptivos orais, interfere com o doseamento das hormonas tiroideias totais.
Anticorpos antitireoideus
Os anticorpos antitiroideus, são também doseados no sangue. Estão geralmente presentes nas doenças auto-imunes (tiroidite pós-parto, tiroidite de Hashimoto, hipotiroidismo, doença de Graves-Basedow, etc…).
Ecografia tiroideia
Após a realização da história clínica e observação física que inclui a palpação do pescoço, em caso de suspeita, sobretudo da presença de nódulos, o seu médico irá, muitas vezes, pedir uma ecografia.
A ecografia é um exame não invasivo, inócuo e de fácil realização, que permite a avaliação morfológica e estrutural da tiróide, isto é:
Permite saber as dimensões e os contornos da glândula e caracterizar as alterações estruturais, ou seja presença de nódulos, o seu número (um só nódulo ou vários?), dimensões, composição, se são sólidos ou líquidos (quistos) e a sua relação com as estruturas vizinhas.
Através da ecografia é possível avaliar a presença de adenomegalias (gânglios aumentados de volume).
A ecografia pode ser utilizada para orientar as punções aspirativas.
Habitualmente a presença de múltiplos nódulos é sugestiva de uma situação benigna.
Apesar do baixo custo, como todos os exames auxiliares de diagnósticos devem ser efetuados de forma criteriosa, pois a sensibilidade do método ao permitir o achado de micro nódulos (nódulos com diâmetro inferior a 1cm), na sua quase totalidade benignos, é causa de ansiedade e aumenta os custos de exames subsequentes, na maioria dos casos desnecessários.
Citologia Aspirativa
A citologia aspirativa com agulha fina permite diagnosticar tumores (benignos e malignos) através da punção da lesão, com uma agulha fina (mais fina que uma agulha de punção endovenosa), aspiração de líquido e/ou células que, após serem espalhadas numa lâmina e coradas, são analisadas ao microscópio.
Esta técnica é diferente da biópsia, que pressupõe a colheita de tecido, enquanto que com a citologia aspirativa a amostragem é feita através de células. Não necessita de anestesia prévia, internamento, é muito rápida (5min) e não é dolorosa.
Praticamente não tem contra-indicações, o que torna um exame exequível em doentes com situações clínicas muito debilitantes.
Faz-se em nódulos palpáveis e em nódulos não palpáveis apenas com controlo imagiológico (ecografia).
Cintigrafia
A cintigrafia ou gamagrafia tiroideia é um exame disponível apenas em centros hospitalares de referência e que mais raramente poderá ser utilizado, na avaliação de doença da tireoide. É sobretudo útil, no seguimento de doentes com tumores malignos, avaliação de metástases, sendo igualmente útil em patologia benigna, nomeadamente no diagnóstico de hiperfunção da tireoide.
São usados vários radiofármacos ou seja substâncias químicas que contêm elementos radioativos (radionuclidos: iodo 131, tecnécio-99, etc.).
Alguns radiofármacos são utilizados para tratamento de determinadas doenças, tais como: hipertiroidismo e tumores malignos da tireoide