A Faringite é o processo inflamatório, agudo ou crónico, da mucosa da faringe que pode ser causado por infecção bacteriana ou viral. Existem vários tipos de faringite:
1- Catarral aguda – o seu aparecimento é facilitado pelo abuso de nicotina e álcool e pela permanência prolongada em ambientes com pó. Além disso tem muita importância a obstrução nasal crónica que, ao obrigar o doente a respirar só pela boca, seca a mucosa da faringe, diminuindo as resistências. Começa em geral bruscamente, com dor na deglutição, sensação de secura e ardor. Objectivamente, observa-se uma mucosa vermelha com muco aderente e às vezes manchas mucopurulentas. O estado geral está pouco comprometido e pode haves um ligeiro aumento da temperatura; a terapêutica, de fácil e rápida execução, consiste na ministração de antibióticos, salicilatos, aplicações locais de colutórios e a abstinência mais ou menos prolongada de álcool e tabaco.
2- Catarral crónica – em regra, é secundária a uma rinite catarral crónica por propagação do processo inflamatório à faringe (mucosa) através das coanas. As lesões anatómicas estendem-se facilmente à mucosa da cavidade nasal, enquanto que mais dificilmente atingem a laringe. O tratamento das formas crónicas, além da aplicação local de medicamentos desinfectantes e instilações ou inalações de soluções sulfobalsâmicas, beneficia de terapêutica vitamínica e reconstituinte e da extirpação de eventuais vegetações adenóides.
3- pseudomembranosa – caracterizada pela presença, na mucosa da faringe, de falsas membranas formadas por placas esbranquiçadas cercadas por um bordo vermelho que, quando são de origem diftérica, estão fortemente aderentes aos tecidos subjacentes pelo que é difícil a extirpação. Se, pelo contrário, são causadas por germes comuns são cinzento-amareladas e não aderem aos planos subjacentes dos quais podem facilmente ser descoladas.