FURAÇÃO
Autor: Matheus Mellin
Objetivo
Temos o intuito de adquirirmos conhecimentos práticos de como são produzidos corte e furos, bem como analisar as suas características, cuidados na preparação e cuidado com os sistemas de segurança, tanto dos equipamentos e operadores.
INTRODUÇÃO
Para se efetuar uma furação com precisão e acabamento é necessário que possuímos alguns conceitos, de tolerância, especificação de ferramentas, tipos de equipamentos de furação.
Furação é a operação de furar tão importante na fabrica, que devemos considera – lá juntamente com as furadeiras. O termo de furação significa, obter um furo por um processo qualquer, empregando-se ou não as brocas.
A natureza da peça tem um grande efeito na escolha de máquina. Na furação, a medida do furo, a dimensão da peça, a posição de um furo na peça (tal como um furo profundo interior), ou a natureza do produto (tal como um bloco de motor) pode influir na seleção da máquina especializada para fazer a furação.Em caso de contingência ou de trabalho pesado ajustado em algumas maquinas, muitas outras escolhas são vantajosas para fazer furos.
Os furos devem ser dimensionados pela medida, localização e muitas vezes pela concentricidade de um em relação ao outro.O sistema de coordenadas serve para melhorar para a maioria das máquinas, especialmente a bloqueiadeira horizontal.
O dimensionamento em cadeia, de furos, não é bom porque a localização do último furo depende do anterior havendo assim, uma soma de erros na localização de todos os outros furos.
O sistema cartesiano é muito simples e bastante empregado.
Muitas vezes, as dimensões são dadas em relação a um furo principal, em vez de utilizar as duas linhas ou arestas da peça.
Os métodos para obtenção de furos são:
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- por meios de brocas;
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- puncionamento;
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- por fundição;
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- forjamento;
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- por meio de chama;
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- por meio de um bit;
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- serra de copo eletro-erosão;
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- supersônica.
- Operações aliadas
Além das operações de furação, usando como ferramenta uma broca para fazer furos, as furadeiras podem executar mais as seguintes:
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- de alargar, usando como ferramenta um alargador, tornado o furo previamente aberto, de diâmetro maior ou cônico;
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- de escariar, usando como ferramenta um escariador;
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- de rebaixar, usando como ferramenta um rebaixador;
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- de roscar, usando como ferramenta um macho para fazer rosqueamento de furos;
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- de bloquear, usando como ferramenta um bit;
- de lixar, escovar, polir, retificar, etc, usando lixas, escovas, rebolos, etc.
3.Embasamento Teórico.
3.1 Ferramentas
As peças das primeiras máquinas eram de madeira, pois as ferramentas manuais eram pouco adequadas ao trabalho do metal. A partir da descoberta da máquina a vapor, foram inventadas máquinas para trabalhar o metal, que foram aperfeiçoadas para o desempenho de diferentes atividades e se tornaram o elemento básico do progresso industrial.
Tipos de ferramentas. É na oficina mecânica que as ferramentas têm mais utilidade. De modo geral, são denominadas de acordo com suas funções. É comum, por isso, agrupar as diversas ferramentas segundo o tipo de trabalho a que se destinam.
3.1.1 Ferramentas de ajuste.
Em mecânica, a palavra “ajuste” possui diversas acepções. Serve para designar a elaboração e o acabamento manual de peças metálicas, o retoque das peças previamente trabalhadas em máquinas e a adaptação de folgas e articulações de peças diferentes. Para uma operação de ajuste é preciso usar uma bancada, sobre a qual se faz o trabalho, com a peça segura por um torno ou morsa (que é o torno mais simples, de bancada). O torno pode ser articulado ou paralelo, conforme movimente ou não suas mandíbulas ou mordentes em diversas posições.
Chaves são instrumentos de aço que servem para apertar e afrouxar porcas e parafusos. Entre os diversos tipos Ferramentas de polimento.
Em muitas ocasiões, é preciso polir, eliminar rebarbas ou reduzir as dimensões das peças trabalhadas. Nesse caso, usam-se formões, plainas, fresas, limas e grosas capazes de desgastar suficientemente a peça com que se está trabalhando. A plaina, que serve para aplainar e alisar a madeira, compõe-se de uma lâmina afiada que se instala, em ângulo de 45o, sobre um estojo provido de dois punhos. A plaina elétrica, importante máquina-ferramenta, também se usa em pedra e metal.
As limas e grosas são ferramentas manuais em cujas faces são feitos pequenas incisões que formam estrias, ou dentes, a fim de facilitar a operação de polimento. Já as fresas são discos ou cilindros de material duro, geralmente aço, em cuja face externa existem depressões, formadas mediante incisões ou entalhes. As limas são confeccionadas em aço temperado de dureza superior à da maior parte dos materiais, embora se mostrem menos flexíveis e mais frágeis que as demais peças de aço. Podem apresentar várias formas, de modo a adaptar-se melhor à superfície a ser polida. São mais comuns as planas ou chatas e as de seção triangular, redonda, arredondada ou quadrada.
A maior ou menor rugosidade da lima denomina-se picado, que pode ser simples ou cruzado. No primeiro tipo, as estrias costumam apresentar uma inclinação de 70o em relação ao eixo da ferramenta. No picado cruzado, esse grupo de estrias é atravessado por um segundo grupo, menos profundo que o primeiro e, em geral, em ângulo de 45o em relação ao eixo. As grosas, em geral usadas em madeira ou couro, apresentam dentes isolados e não estrias.
3.1.2 Ferramentas de lavra.
Com o intuito de desbastar parte do material com que se está trabalhando, empregam-se os cinzéis, barras metálicas com uma das extremidades em cunha e a outra ligeiramente abaulada, para que seja possível golpeá-la com um martelo.
3.1.3 Ferramentas de golpe.
As maças e os martelos (como os malhos, marretas e marteletes) são ferramentas de uso freqüente numa oficina. Além do tamanho e da finalidade, pode haver importantes diferenças quanto ao complemento da parte posterior da ferramenta e ao material com que se confecciona a cabeça, geralmente de ferro, mas também de madeira, borracha, plástico etc. Em qualquer dos casos, a energia acumulada no movimento da ferramenta acaba em forte golpe na peça a ser trabalhada, que será tanto mais eficaz quanto mais breve for o contato entre a ferramenta e a peça.
3.1.4 Ferramentas de corte.
Além das tesouras e dos cinzéis, existem outras ferramentas capazes de realizar cortes mecânicos sobre a maioria dos metais. É possível também, para esse efeito, usar procedimentos não-mecânicos, como o raio laser, mas na maior parte dos casos emprega-se corte mecânico, com ou sem desprendimento de cisalhas ou aparas.
A formação de cisalhas deve-se ao desgaste do material produzido pela ação de duas lâminas de dentes, uma das quais é fixa (sobre a qual a peça é colocada) e a outra móvel, situada no mesmo plano da primeira. A força que se deve exercer para produzir o corte desejado é proporcional à área da seção a cortar. Pode ser necessário, eventualmente, repetir a operação várias vezes antes de alcançar o resultado final. Incluem-se ainda, entre as ferramentas de corte, diferentes tipos de machado, ferramenta constituída por uma peça de aço com corte afiado em uma das extremidades e, na outra, a abertura onde se encaixa um cabo de madeira.
3.1.5 Ferramentas de serra.
Semelhante ao que ocorre com os outros grupos de ferramentas, a serra e o serrote apresentam grande variedade de formas e estruturas. Apresentam sobre as ferramentas de corte a vantagem de serem aplicáveis em materiais mais duros e de maior espessura do que aqueles que podem ser trabalhados com tesouras e cinzéis.
A parte fundamental dessas ferramentas é a lâmina, normalmente de aço e dotada de dentes triangulares. Quando a lâmina é presa a um cabo por um dos lados, a ferramenta denomina-se serrote; quando se sustenta pelos dois lados, unidos ou não por um arco, chama-se serra. A distância entre dois dentes consecutivos, que pode variar entre 0,5 a 2mm, chama-se passo. Os dentes da serra ou do serrote são inclinados alternadamente à direita e à esquerda, para evitar que as faces laterais da ferramenta sofram atrito com a peça. Se, ao invés da lâmina, a ferramenta possuir uma espécie de arame redondo ou plano com pequenos dentes, tem o nome de serrilha, muito útil para trabalhos delicados.
3.1.6 Ferramentas de perfuração.
Para a perfuração de qualquer material, são necessárias ferramentas como a verruma e a broca, barra de aço temperado de ponta afiada que, ao girar, penetra na superfície da peça, perfurando-a. Os tipos de brocas mais comuns são as helicoidais ou espirais e as de ponta de lança ou planas, embora existam variações para trabalhos específicos. Nas últimas décadas do século XX, generalizou-se o emprego das brocas em furadeiras elétricas altamente eficientes.
3.1.7 Ferramentas pneumáticas.
Instrumentos manuais que operam com ar comprimido, as ferramentas pneumáticas são utilizadas principalmente quando não é possível ou aconselhável fazer o trabalho com recursos mais simples. São de peso e tamanho variável medida que influem na facilidade ou dificuldade de manejo. Utilizam-se em construções e instalações domésticas, pintura, pavimentação, fábricas e estabelecimentos agrícolas, oficinas de automóvel, caldeirarias, minas de carvão, fundições, pedreiras, indústrias ferroviárias, estaleiros e muitas outras atividades.
Os motores a ar comprimido, livre do perigo de centelhas em locais sujeitos a explosões, podem ser empregados em lugares úmidos por não oferecerem nenhum risco de choques elétricos. Nos trabalhos efetuados dentro da água, o ar comprimido evita sua penetração no motor.
3.1.8 Máquinas-ferramentas.
Cabe ainda mencionar as modernas máquinas-ferramentas, destinadas à fabricação de máquinas, que assim se distingue das máquinas operatrizes e motores. Pode trabalhar por meio de deformação do material (máquina de preparar chapas, de cisalhar, embutir, puncionar e dobrar) ou por perda de material. Nesse caso, pode ser de movimento circular contínuo da peça (torno) ou da ferramenta (fresadora, perfuradora, alisadora); de movimento alternativo da peça (plaina) ou da ferramenta (entalhadora); de ferramenta abrasiva (esmeril) ou ferramenta de entalhar, acepilhar, afiar, samblar, montar e de acabamento.
3.2 Furadeiras
Furadeiras ou máquina de furar é a máquina furadeiras empregada, em geral, para abrir furos ou acabar furos, utilizando em cada caso a ferramenta correspondente.É considerada uma máquina de ferramenta especializada porque a sua principal função é fazer furos. A furadeira produz furo, por processo mecânico, tornado-se mais precisos, permitindo a utilização mais correta da broca e de outras ferramentas de acabar furos.
Depois do torno mecânico, é a máquina mais importante, embora não possua a mesma versatilidade. A furadeira é possivelmente a mais antiga máquina ferramenta. Atualmente, é muito raro encontrar peças que não contenham furos para qualquer fim. Alguns são executados para fins de fixação por meios de rebites, parafusos, etc, não exigindo precisão. Outros são produzidos com relativa precisão e simplicidade, sendo a furadeira a máquina indicada na produção seriada.
Em princípio a máquina de furar consta de uma árvore que gira com velocidades determinadas, podendo deslizar segundo o seu eixo e de uma mesa que suporta a obra.
Na extremidade inferior da árvore de trabalho há furo cônico, geralmente um cone Morse, que constitui uma das características da máquina. Neste furo cônico se encaixa diretamente a broca de haste cônica ou uma bucha conhecida como mandril Jacobs, para ferramenta de haste reta. No trecho em que se encaixa a espiga da haste da broca ou do mandril, há um furo retangular que permite a introdução de uma cunha apropriada, para facilitar à retirada dos mesmos.
A capacidade do mandril limita o diâmetro da broca e a distância do centro do furo da mesa ao eixo vertical, limita as dimensões da peça, ou melhor, a distância dos bordos desta ao centro do furo a ser feito.
Com a broca a máquina poderá avançar manualmente ou automaticamente. Avanços rápidos podem ser obtidos por meio de uma alavanca que conduz um pinhão engrenado com cremalheira da manga da árvore. Avanços lentos são conseguidos por meio de um volante manual ligado a um parafuso sem fim engrenado com uma coroa helicoidal, cujo eixo é o mesmo do pinhão que se liga à gremalheira. Avanço automático é obtido por transmissão de correia ou trem de engrenagem. Em algumas máquinas há limitadores que desligam o avanço quando se atinge a profundidade determinada.
A indústria atualizada utiliza os mais variados tipos de máquinas de furar, desde os comuns, encontrados nas oficinas mecânicas, aos tipos especiais, projetados para determinados serviços nas oficinas de produção.
As máquinas de acionamento mecânico, são aquelas de maior importância industrial, empregadas nas construções mecânicas.
A operação de furar é feita de forma mais cômoda, pois, permite escolher a velocidade mais adequada ao avanço, assim como apoiar e fixar a peça na forma mais conveniente e assegurar o perfeito paralelismo dos furos com eixo normal à superfície da peça tomada como base, condições estas, que podem ser impostas por razões construtivas.
Estas máquinas recebem nomes distintos, de acordo com a classificação seguinte:
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- máquinas de furar de coluna;
- máquinas de furar radicais;
As máquinas de furar são divididas do seguinte modo:
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- máquinas de acionamento manual (ou portáteis);
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- máquinas de acionamento mecânico;
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- máquinas de furar universais;
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- máquinas de furar múltiplas.
- Máquina de furar sensitivas
São aquelas em que o operador sente a ação da broca ao penetrar no material, isto é, são as máquinas que possuem avanço manual. Podem ser portáteis ou de bancada. As máquinas sensitivas trabalham com brocas até meia polegada.(12,7 mm). Geralmente são empregadas para furos pequenos, utilizando grandes velocidades (até 15.000 r.p.m.).
As máquinas dessa classe se compõem de uma base metálica, de uma haste vertical nela apoiada e de um cabeçote com os órgãos de movimento no extremo superior da haste. Uma mesa ajustada a esta haste pode subir, baixar, girar em torno dela e fixar-se por meio de parafusos de aperto com alavancas. O deslizamento da mesa pode ser obtido por ação manual direta ou por meio de um dos sistemas porca-parafuso, pinhão-cremalheira, acionados por uma manivela.
Em alguns tipos de mesa pode inclinar-se segundo o seu eixo perpendicular ao da máquina, permitindo fazer furos inclinados em relação à face apoiada na obra.
O cabeçote é acionado por um motor por meio de um par de polias escalonadas, modernamente com rasgos em V, que transmitem à árvore de trabalho as velocidades de rotação.
A árvore de trabalho pode subir e baixar pela ação de uma cremalheira existente em bucha na árvore. Em alguns tipos existem uma mola na parte superior da árvore que facilita o movimento de subida quando cessa a ação da alavanca.
Máquinas sensitivas de acionamento hidráulico
Algumas máquinas apresentam um sistema hidráulico formado por um tanque de óleo e uma bomba, alojada no interior da coluna que permite elevar a mesa, hidraulicamente, utilizando para tal fim uma alavanca.
Este acionamento tem por fim colocar a peça na posição de trabalho.
Máquina sensitiva gêmea
É um conjunto de duas máquinas montadas numa só coluna prismática, com uma só mesa. Cada máquina possui um motor independente e, portanto dois mandris, com acionamento individual.
O acionamento da mesa é hidráulico.
Máquinas de furar de coluna
As máquinas de furar de coluna são aquelas que se caracterizam por possuírem avanços manuais e automáticos permitindo o trabalho em obras pesadas.
São máquinas pesadas, robustas, empregadas para furos de diâmetros maiores (superior a 1/2 polegada). Trabalham com brocas até duas polegadas ( ˜ 50 mm) ou mesmo diâmetros maiores.
O tamanho de uma máquina de furar é dado pelas dimensões da peça mais longa, que pode ser furada no centro. A distância da face da coluna ao centro da árvore de trabalho é metade deste tamanho. Na máquina de coluna, a broca poderá avançar, também, manualmente.
Seus diversos órgãos são grupados numa coluna que se fixa a uma base metálica. A mesa pode girar em torno da coluna ou não e acionada como a da sensitiva.
Os movimentos são fornecidos por meio de um motor elétrico que aciona um cone de polias ou uma polia única.
Os tipos com cone de polia possuem geralmente um redutor que permite dobrar o número de velocidades de rotação da árvore.
As máquinas que só possuem uma polia na transmissão dispõem de uma caixa de mudança de velocidades.
As máquinas de furar, de coluna, podem trabalhar com avanço automático ou sensitivo (manual).
Os avanços manuais são de dois tipos: um rápido dado pela alavanca, como na sensitiva e outro lento, transmitido por um volante que aciona a parte final do dispositivo automático.
As variantes de cada tipos de máquina são numerosas, as máquinas de tipo antigas têm movimento de avanço obtido por meio de transmissão: polias correm e rodas dentadas; as máquinas mais modernas utilizam a transmissão hidráulica.
O movimento de avanço, hidraulicamente, pode ser feito de dois modos distintos:
1º) graduando a descida do mandril;
2º) elevando a mesa porta-peça.
Algumas máquinas de coluna apresentam motores elétricos independentes, tanto para o movimento de rotação principal como para os avanços automáticos.
Disposição dos mecanismos que produzem a rotação e o avanço
Variam com cada tipo de máquina.
Assim: temos a máquina de furar de coluna com 8 velocidades de rotação, 4 diretas e 4 com redução; a mesma máquina permite 3 velocidades de avanço.
Máquinas de furar de árvores múltiplas
A máquina de furar de árvores múltiplas tem diversas árvores que permitem furar diversos furos ao mesmo tempo ou sucessivamente com diferentes diâmetros.
É mais um equipamento de oficina de produção de que de oficina mecânica sendo mais comum nesta última o tipo constituído de uma série de árvores paralelas, com seus eixos num mesmo plano vertical, possuindo cada uma seu cabeçote. As máquinas deste gênero são geralmente sensitivas e possuem uma mesa comum.
As máquinas de furar múltiplas podem servir para gabaritos para várias peças aonde a peça vai se deslocando para cada sub-operação seguinte:
Broca;
Alargador I;
Alargador II.
Máquinas de furar radiais
Entre as máquinas de furar de coluna, devemos incluir as máquinas de furar radiais, são empregadas para furar peças pesadas que não podem ser movidas até a árvore de trabalho fixa.
São máquinas de grandes recursos, não só para as obras pesadas e de grandes dimensões como também para obras pequenas.
Distingue-se das outras por possuir um braço em balanço apoiado a uma coluna que por sua vez, se fixa a uma base metálica.
Velocidade de cortes e avanços
A velocidade do corte depende do material, da broca, do diâmetro do furo, do lubrificante utilizado e da habilidade do operador.
Podendo basear-se em tabelas, tabelas que fornecem uma orientação de velocidade devendo ser completas de acordo com o operador.
A velocidade de corte exagerada provocará quebras das pontas das brocas e uma rotação baixa provoca um desgaste na ponta da broca.
Brocas quebradas, fendidas, cortes profundos com cavacos, furos mais largos e grosseiros são decorrentes de mau afiamento da broca.
Tabela1-Orientação de Diâmetro x material x rotação
3.2.1 Brocas (ferramentas de furar)
A broca é uma ferramenta de corte, usualmente cilíndrica, para furar metal ou outro qualquer material, podendo ser trabalhada manualmente ou acionada por meio de máquina.
A broca helicoidal de duas ranhuras ou dois sulcos helicoidais é uma ferramenta normal para executar furos em metal. As brocas com 3 ou 4 ranhuras são empregadas para acabar furos iniciados com brocas de diâmetro menor, ou furos brutos de fundição.
Ângulos das brocas
-Ângulo de incidência
O ângulo formado pelo flanco com uma linha perpendicular ao eixo da broca. É normalmente medido na periferia.
-Ângulo da hélice
O ângulo formado pela aresta de ataque da guia e o eixo da broca.
-Ângulo da ponta
O menor ângulo formado pelos bordos cortantes.
-Ângulo do corte transversa
O ângulo obtuso formado pelo corte transversal e a linha que une um vértice externo ao extremo correspondente do corte transversal. É medido num plano perpendicular ao eixo da broca.
Sujeição da peça-obra
Para segurar a obra deve-se usar o torno que, por sua vez, é fixado por parafusos podendo também ser seguro à mão.
Segurar com a mão é perigoso, pois, pode causar acidentes.
A peça devera ser montada sobre blocos, chamados paralelos, apoiados na mesa da máquina com o fim de elevar a obra a ser furada e assim facilitar a penetração da broca. Os paralelos devem ser colocados de maneira de que não sejam atingidos pela broca no caso de parafusos vazados.
Outro dispositivo muito empregado para a furação de furos paralelos é a cantoneira de 90º.
Gabaritos
Quando se tem de furar muitas peças iguais e com diversos furos faz-se um gabarito.
O gabarito é uma peça, como vimos, com uma furação igual à desejada, que é colocada sobre e fixada a esta, seus furos servindo de guia, para a broca. Os furos são feitos de aço endurecido e podem ser substituídos.
Tipos de gabaritos para furação:
Tipo placa;
Tipo caixa aberta;
Tipo caixa fechada.
O gabarito tipo caixa aberta tem aspecto da figura 11.19.
O tipo caixa fechada.
Localização da peça no gabarito de furar
A posição correta da peça no gabarito pode ser conseguida:
Por meio de pinos.
Por meio de blocos.
Por meio de pontos ajustáveis.
Acabamentos de furos
Para acabamento de furos são usados alargadores, escariadores, rebaixadores, etc.
Os alargadores são usados nas máquinas de furar do mesmo modo que a mão. O alargador substitui a broca no mandril sem mudar a posição da obra.
Os escariadores e rebaixadores são usados com a máquina e também a mão.
Alargadores
Vimos anteriormente que os alargadores são ferramentas destinadas a alargar furos. São aplicadas nas máquinas de furar, tornos, tornos revólver e automáticos.
Plainas
Noções gerais
O aplainamento é uma operação muito parecida com a limadura, pois consiste em arrancar linearmente o cavaco sobre a superfície plana de um corpo, atuando com um utensílio mono – cortante. Neste caso, porém, é a peça (no lugar do utensílio) que assume o movimento de trabalho, alternado de vaivém, enquanto o utensílio (em vez da peça) assume o movimento de alimentação.
A operação de aplainamento realiza-se com apropriadas máquinas chamadas “plainas”. Com estas máquinas superou-se o problema das usinagens de superfícies planas em peças de notáveis dimensões (de comprimento superior ao metro). De fato, o trenó de uma limadora, embora se admite que seja de tipo muito robusto, tem a tendência de inclinar-se à medida que chega ao término do curso útil (isto é, quando fica em balanço). Este fenômeno, devido ao próprio trenó que ganha folga entre as guias pelo próprio peso, faz com que o utensílio siga uma trajetória não retilínea durante o seu curso de trabalho. Isto não se verifica nas plainas, pois o utensílio, como veremos, é fixado ao castelo de um travessão e não cumpre o movimento alternado; mas é a peça presa ao barramento, que passa alternadamente de baixo do utensílio. As plainas têm sido construídas com este princípio, admitem então o aplainamento de superfícies pertencentes a peças de notáveis dimensões. Por outro lado, o barramento porta-peça pode percorrer um curso notável sem dar origem à flexão alguma. As plainas, em linha geral, não são empregadas na produção nem de média nem de grande série; isto é devido ao tempo notável que se emprega numa operação de aplainamento. As plainas atualmente foram substituídas pelas fresas que executam os mesmos serviços com maiores recursos.
Plainas mecânicas
Pode-se classificar, em relação à sua forma construtiva, em:
Plainas de dois montantes.
Plainas de um só montante.
Antes de passar a discrição de cada tipo, chamamos a atenção sobre o fato de que uma plaina moderna deve dispor de uma discreta variedade de velocidade de corte e de retorno; isto se obtém com transmissões de dupla embreagem a comando mecânico ou eletro-magnético; ou, então, com motores de corrente contínua alimentada por grupos Wald-Leonard.
Plainas de dois montantes.
São os tipos mais usados porque apresentam grande robustez. Compõe-se principalmente de um embasamento A (de gusa), aos lados do qual enlevam-se dois montantes C: um a esquerda e outro à direta. Sobre o embasamento são cavadas as guias para o deslize da mesa B. Esta mesa, que deve levar a peça a ser aplainada, tem a possibilidade de translar com movimento alternado de vaivém. Os dois montantes C levam também guias laterais para o deslocamento do travessão D, que pode ajustar-se á altura mediante a rotação contemporânea dos dois fusos (visíveis cada um entre as guias dos montantes) vinculados às respectivas luvas roscadas. Ao longo do citado travessão pode correr, por sua vez, um carro que leva um trenó porta-utensílo E o qual realiza o movimento transversal de alimentação intermitente, segundo deslocamentos proporcionais obtidos ao fim de cada curso de retorno da mesa.
O campo magnético gerado atrai a junção D, para a direita ou para a esquerda, chegando em contato com os discos L ou L’; a junção põe-se assim a rodar com o eixo C, num ou noutro sentido; se a fricção atuar à direita, a mesa retrocede, se a fricção atuar à esquerda, a mesa avança com velocidade.
Plainas de um montante.
Empregam-se para o aplainamento de superfícies pertencentes a objetos de dimensões notáveis não contem níveis entre os montantes de uma das plainas já antes examinadas. As características destas máquinas são iguais aquelas já expostas, com a diferença que o travessão, achando-se em balanço, deve ser mais robusto para suportar e evitar as vibrações durante a remoção do cavaco. Também estas plainas podem ser do tipo de um só carro porta-utensílio, ou do tipo com mais carros.
Utensílios para aplainar
Noções gerais
Servem para realizar usinagem de aplainamento e de limadura respectivamente nas plainas e nas limadoras. Com relação ao movimento relativo os utensílios têm a mesma função de alisar planos. De qualquer maneira, o movimento é retilíneo, alternado e os utensílios são monos – cortantes.
Utensílios comuns e especiais para aplainar
Os utensílios, à segunda das funções a que se destinam, podem assumir formas que, na realidade, são as mesmas daquelas usadas pelos utensílios de torno. Claro que os tipos análogos são aqueles respondentes à exigência das plainas e das limadoras, isto é, de poder usinar em plano.
Muitas vezes, porém, usa-se a forma “de pescoço” da haste, isto é, para evitar o emperro e a conseqüente quebra do utensílio, por causa do momento fletente gerado pela reação dos esforços de corte. No utensílio para aplainar de acabamento. Os ângulos de saída tiram-se da tabela XIII. Para a usinagem das ligas leves , como é sabido, atribuem-se ângulos de corte muito agudos.
4. Procedimentos EXPERIMENTAIS.
Equipamentos e Materiais utilizados:
Furadeira de Coluna;
Plaina;
Paquímetro;
Brocas:
Centro, Aço, Strip Drill, Nitreto de Titânio.
Machos;
Acabamento, intermediário e desbaste;
Alargadores:
Helicoidal, expansivo e paralelo.
Alargador;
Furo-gira ou gira-macho;
Procedimentos efetuados:
Furadeira
Demarcamos a peça a ser trabalhada;
Efetuamos furo com uma broca guia (diâmetro menor);
Refuramos com a broca no diâmetro correto;
Utilizado escariador em um dos furos para confeccionar rebaixo;
Passado alargador helicoidal para melhorar o acabamento do furo;
Passados machos para confeccionar rosca;
Conferido medidas com o paquímetro.
Plaina
Demarcado na plaina o ângulo solicitado no desenho;
Iniciado o funcionamento do equipamento.
5.Análise dos resultados
Verificou-se que a maioria dos metais para se tornarem produtos acabados passam por alguma transformação plástica, e que os equipamentos como a furadeira e plaina necessitam de ferramentas adequadas para cada material e a regulagem de rotação e desbaste é essencial.
6.Conclusão
Conclui-se que a furadeira é uma ferramenta de grande ajuda na confecção de peças de formas definidas, pois em uma só chapa é possível fazer vários detalhes. A plaina por sua vez não possui tal característica, mas é de grande ajuda no corte de chapas, pois se consegue obter cortes rápidos e precisos nestas chapas, porém podendo ser substituída por uma fresadora que possibilita a confecção dos mesmos serviços e outros.
É possível construir a peça no desenho conforme 6.3-6, com os equipamentos apresentados em aula.
7.Referências Bibliográficas
FREIRE, J.M. Instrumentos e ferramentas manuais. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1978. 5v.
ROSSI, M. Máquinas ferramentas modernas. Madrid: Dossat, 1979.
Apostila Senac, Processos de Pordução-Maquinas Opertrizes.