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domingo, dezembro 22, 2024

Futsal

Autoria: Rafael Esteves da Silveira

Introdução:

O futebol de salão é a adaptação do futebol às dimensões de uma quadra de basquete. Ele é disputado por duas equipes de cinco jogadores cada.

O esporte, relativamente novo, é bastante popular no Brasil, onde já havia, no início de 1971, 76.823 jogadores oficialmente registrados nas federações estaduais. Internacionalmente, o futebol de salão fica limitado à América do Sul, sendo jogado, principalmente, no Brasil, Uruguai e Paraguai.

2 – História:

Começou a ser praticado em 1932, em Montevidéu. As primeiras regras feitas pelo diretor do departamento de menores da Asociación Cristiana de Jóvenes de Montevidéo, Juan Carlos Ceriani. Não havia um número determinado de jogadores e as regras tinham algumas modificações das do futebol de campo, uma delas a não aplicação da “lei do impedimento”. A prática nos salões da associação uruguaia demonstrou que o futebol jogado era violento demais, por isso foi restrita aos adultos e, mesmo assim, raramente.

Em 1948, um grupo de professores brasileiros participou no Uruguai de um curso patrocinado pelo Instituto Técnico da Federación Sudamericana de Asociaciones Cristianas de Jóvenes, tendo contato com o futebol de salão. Já no ano seguinte, a ACM do Rio organizava o primeiro torneio aberto, para meninos entre dez e quinze anos, onde participaram mais de 50 equipes.

No ano de 1950 uma comissão paulista formada por Francisco Gil Cláudio, Vinício Fanuchi, Armando Gioverdi, Afonso Bullara, Habib Mahfuz, Nicolao Bicari Neto e Asdrúbal Monteiro, publicou o novo livro de regras. Nessas novas regras adotadas algumas novidades foram copiadas de outros esportes. O desenho da área e a possibilidade de fazer tabelas vieram do hóquei; a proibição do goleiro lançar a bola além da linha divisória veio do pólo aquático e outras regras copiadas do basquete e outros esportes. O tempo do jogo passou a ser de 40 minutos divididos em dois tempos de vinte e com intervalo de dez. Mas a principal diferença da regra de São Paulo e a do Uruguai era não permitir chutar a gol de dentro da área, justamente para proteger o goleiro e tornar o jogo mais interessante.

As regras de São Paulo eram rígidas para diminuir a violência. A proibição de prender a bola com os dois pés e de apoiar as mãos na parede são exemplos disso. Durante muito tempo existiram diferenças nas regras estaduais do Brasil, até que, em 1954, após a fundação das primeiras entidades oficiais – a Federação Metropolitana de Futebol de Salão, em 28 de agosto de 1954, e a Paulista, em 14 de junho de 1954 -, as regras foram unificadas.

Com as regras oficiais, aprovadas pela Confederação Brasileira de Desportos, aconteceu o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol de Salão, no Maracanãzinho, em 1958. A seleção carioca venceu e a paulista ficou em segundo. O principal campeonato é o Sul – Americano que é disputado de três em três anos. O primeiro foi em 1969, ganho pelo Brasil, representado pelo Palmeiras.

3 – Dimensões do campo:

A quadra do futebol de salão deve ter de 24 a 36m de comprimento e de 14 a 20m de largura ( veja a figura 1 ). As balizas e as áreas ( veja a figura 2 ) têm as seguintes medidas: dos pontos A, contam – se 4m para frente e para os lados. Desses pontos, com raio de 4m, marcam – se os arcos da área. Os pontos B são unidos por uma reta; as balizas devem ter 3m de largura e 2m de altura. As traves e o travessão têm 8cm de espessura.

4 – Regulamento:

A bola é de couro ou revestimento plástico semelhante ao couro. É inflada de ar e, entre a câmara e o revestimento externo, há uma camada de espuma e de borracha. Sua circunferência pode variar de 50 a 55cm. Seu peso, de 400 a 500g.

Cada equipe pode fazer cinco substituições. O atleta substituído se voltar a quadra será anotado como nova substituição. O jogador expulso não pode ser substituído.

A troca de posição do goleiro e os outros jogadores, desde que com a autorização do árbitro, não será contada como substituição. Essa troca não é permitida quando há cobrança de uma penalidade máxima ( pênalti ), exceto se o goleiro não tiver mais condições de continuar o jogo.

No futebol de salão um gol é marcado quando a bola ultrapassa totalmente a linha traçada entre as duas balizas, desde que o jogador não tenha tocado a bola com a mão ou braço.

As faltas são divididas em três espécies: técnicas, disciplinares e pessoais.

Uma equipe é punida com falta técnica se um de seus jogadores comete, intencionalmente, as seguintes infrações: a) dar ou tentar dar pontapés no adversário; b) calçar o adversário, derrubá-lo ou tentar usando as pernas, agachando-se na frente ou por trás ( cama – de – gato ); c) pular ou atirar-se sobre o adversário; d) trancar o adversário por trás, a menos que ele esteja impedindo a jogada; e) bater ou tentar fazê-lo; f) trancar violentamente; g) segurar um adversário com a mão, ou impedir que ele movimente o braço; h) empurrar o adversário com o auxílio das mãos ou dos braços; i) jogar-se no chão com os pés juntos – “carrinho”.

Essas faltas serão punidas com a cobrança de tiro livre direto, no local onde houve a infração.

A falta será punida com a cobrança de um pênalti se for cometida dentro da área.

O goleiro não pode, por mais de duas vezes, colocar a bola em jogo e recebê-la dos seus companheiros de time. Deve ser cobrada falta indireta contra o goleiro.

O goleiro, também não pode, participar em qualquer jogada fora de sua área, mesmo que jogue com os pés.

As faltas disciplinares são as seguintes: a) unir-se ou reunir-se a sua equipe, depois de começado o jogo, sem a autorização do árbitro; b) transgredir, constantemente, as regras do jogo; c) demonstrar, por palavras ou atos, desvio das decisões do árbitro; d) confundir o adversário, ou tapar sua visão, acenando com a mão perto de seus olhos, ou usando táticas anti-esportivas; e) trocar seu número de camisa, sem avisar ao anotador-cronometrista e ao árbrito; f) reclamar do árbitro ou anotador-cronometrista.

Essas faltas serão punidas com advertência ou expulsão, depende do árbrito.

O jogador que usar linguagem ofensiva ou obscena, tiver conduta violenta, ou revidar com gestos e palavras qualquer agressão sofrida deverá ser expulso sem prévia advertência.

Serão consideradas faltas pessoais: a) se o goleiro demorar mais de cinco segundos para colocar a bola em jogo, depois de ter praticado a defesa; b) impedir a jogada estando caído, prendendo a bola com os pés ou evitando com o corpo a sua movimentação ( exceto o goleiro ); c) fechar um adversário, mesmo corretamente, com o ombro, sem que seja na disputa da bola; d) impedir intencionalmente um adversário, quando sem a posse ou domínio da bola, correndo entre ele e a bola; e) levantar os pés para chutar para trás ( bicicleta ) ou com o calcanhar e atingir o adversário ( mesmo sem intenção ); ou ameaçar fazê-lo, de maneira perigosa; f) praticar qualquer jogada sem olhar o adversário, mas atingindo-o involuntariamente ou ameaçando atingi-lo de maneira perigosa.

Qualquer dessas faltas será punida com a cobrança de um tiro livre indireto, no local onde ocorreu.

O pênalti é a cobrança de um tiro livre sem que nenhum adversário fique na frente. A bola é colocada na marca própria ( 7m da linha do gol ) e o goleiro não poderá mexer os pés antes da cobrança da falta. O jogador que cobrar o pênalti terá de fazê-lo para frente e não será permitido tocar na bola uma segunda vez, antes que outro atleta toque.

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