Este trabalho é um estudo bibliográfico, que busca refletir sobre os brinquedos e sua relação com a infância através da brincadeira, do jogo, do lúdico, do faz-de-conta, das brincadeiras de infância relatadas nas histórias de vida de nossos avós e o brincando na história.
Com este fim, inferimos-nos sobre a importância do ato de brincar, no processo da educação infantil, discorrendo sobre as visões de alguns autores, e ressaltando alguns fragmentos da entrevista sobre a infância de nossos avós, reportando-nos a uma viagem através da imaginação.
No contexto de todo material analisado, buscamos avaliar sistematicamente os tópicos mais peculiares que abordam o presente tema. Sabendo ainda, que desde a mais tenra idade a criança manifesta a sua forma de brincar, priorizamos então, um entrelaçamento com o brinquedo e a infância, numa visão critíco-pedagógica através do perfil do profissional que atua na Educação Infantil e como este profissional tem se preparado para transformar o espaço sala de aula em um espaço de sonhos realizáveis e concretos que ultrapassam as paredes das salas-de-aula e até da própria escola.
Diante destes pressupostos, enfatizamos os benefícios e as contribuições deste trabalho, com histórias de quem gosta de brincar como meta prioritária para o desenvolvimento de habilidades da criança. O trabalho foi baseado em pesquisa de campo envolvendo entrevistas com pessoas idosas, sobre as brincadeiras de sua infância e, pesquisa bibliográfica de vários autores que trazem reflexões sobre o tema proposto.
Dentre eles citamos os que mais referenciamos neste projeto: DORNELLES (2000) FARIA (1994), KISHIMOTO (1998), PEREIRA (2002), PERPÉTUO (2001), SCOTTON (2004), dentre outros. Concluímos que o nosso fazer pedagógico, seja pontuado pelo respeito aos direitos da criança, e prioritariamente, que os profissionais da Educação Infantil passem a acreditar e abrir espaço para que os “pincéis”: polegar, indicador e médio, pintem nas linhas de uma folha o ser criança em toda sua plenitude.
Problematização:
Este projeto nasceu da conscientização de resgatar valores históricos advindos de entrevistas realizadas com pessoas idosas sobre a lembrança de sua infância.
É notório que desde o nascimento, as crianças são mergulhadas num contexto social. Os adultos que convivem com elas quando se transformam em parceiros de seus jogos e brincadeiras, muitas vezes não se dão conta da importância de cada gesto, de cada palavra, de cada movimento.
Alguns adultos cantam, transmitem conhecimentos e ensinam brincadeiras. Entretanto, outros não compreendem que o ato de brincar é essencial na vida da criança, eles acreditam que o necessário seja alimentação adequada, cuidados higiênicos e estarem estudando.
Esta visão deturpada da realidade infantil, não deixa que estas pessoas reflitam que a brincadeira é uma forma privilegiada de aprendizagem. Segundo MARIS, 2001: “Valorizar a brincadeira não é apenas permiti-la, é suscitá-la”.
Diante dos pressupostos acima descritos emergiram as seguintes questões:
a) O Brincar é importante para o desenvolvimento infantil?
b) Qual a real importância da interação e/ou equilíbrio entre o professor e a criança no processo educativo do brincar?
c) Quais as diferentes concepções do ato de brincar presentes nos diversos segmentos históricos da sociedade?
Justificativa:
Para respondermos estas questões voltamos este trabalho para um estudo analítico sobre a Educação Infantil, o brinquedo, o resgate histórico da infância de nossos idosos, dentre outros.
Visto que, estamos diante de uma sociedade cada vez mais exigente, onde as crianças começam a freqüentar as instituições educacionais, como as creches e as escolas de Educação Infantil ainda bebês. Nesses espaços, o brincar perde espaço para outras atividades, ditas mais produtivas. A brincadeira, então, acaba ocupando o tempo de espera, o intervalo.
Ao observamos com atenção o modo como às crianças brincam, é possível perceber que os usos que fazem dos brinquedos e a forma de organizá-los estão relacionados com seu modelo de vida e com as expressões da organização de sua família.
No entanto, para compreendermos o modo de brincar da criança, há a necessidade de conhecer o material que instiga tal ato, o ambiente, os momentos a ele destinados e as pessoas que dele participam.
Quanto mais as crianças experimentarem o ato de brincar, mais realizada será sua atividade de imaginação. A escola pode e deve reunir todos esses fatores e o papel do educador nesse sentido e de suma importância.
Objetivos:
Este projeto objetivou discutir a importância do brincar para o desenvolvimento humano, norteados pelas questões:
- O jogo simbólico permite que a criança resolva suas emoções e sentimentos, através do faz-de-conta;
- Através da imaginação, estimula-se a criatividade e a solução de problemas;
- O brincar permite a construção da autonomia;
- O brincar permite a interação e a socialização;
- Contribuir para que as brincadeiras de nossos antepassados sejam resgatadas;
- Socializar a importância do brincar como um dos fundamentos para uma aprendizagem significativa;
- Congregar a toso educadores, em especial da Educação Infantil para uma (re)avaliação do seu (eu)pedagógico;
- Dar continuidade ao projeto, enriquecendo-o com novas sugestões.
Fundamentação Teórica:
O desenvolvimento deste projeto traz referências de vários autores que trazem reflexões sobre o tema proposto. Dentre eles citamos os que mais referenciamos neste projeto:
1 – DORNELLES (2000). Na escola infantil todo mundo brinca se você brinca.
Esta obra demonstra que, as crianças suavizam a nossa vida, enquanto educadores, com a candura de seus olhares e o carinho de seus sorrisos, tornando-nos confiante na grandeza de seu futuro.
2- FARIA. O Pensamento e a linguagem da criança segundo Piaget.
A autora tem por finalidade nesta obra discutir a teoria piagetiana do desenvolvimento infantil, a relação do jogo simbólico e o fascínio que a linguagem exerce sobre a criança.
3- KISHIMOTO. Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação.
Nesta obra a autora apresenta a importância do jogo para a criança. Ela enfatiza que o jogo ajuda a criança a descobrir as habilidades e, os seus interesses.
O jogo ainda propicia o desenvolvimento do sentimento da solidariedade que ajuda a criança a tornar uma pessoa melhor, paciente e também, mais pensante.
4- PEREIRA. Brinquedos e Infância (2002).
O autor elaborou a presente obra, com o intuito de discutir a função dos brinquedos na escola e, o seu auxílio para a organização do planejamento pedagógico do educador.
5- SCOTTON. Brincadeiras da infância nas histórias de vidas de professoras.
Nesta obra, a autora afirma que nós professores somos encantadores de pássaros. Ao reportamos à nossa infância somos crianças abençoadas das mil e uma noites que brincam, criam, recriam, abrindo caminhos para o desenvolvimento das crianças para que possam com os “pincéis”: polegar, indicador e médio, pintar nas linhas de uma folha o ser criança em toda sua plenitude.
Metodologia:
A metodologia utilizada neste trabalho teve por objetivo dar a sustentação teórica necessária em todas as etapas deste projeto o qual foi constituído de: pesquisa histórica baseada no uso da história oral como técnica, ou seja, a história temática e uma pesquisa exploratória de caráter bibliográfico.
Estrutura do Projeto:
Este trabalho foi descrito em cinco partes: a primeira parte fala da infância do processo educativo e formação global da criança; na segunda parte abordamos os paradoxos da infância; a terceira parte enfoca um olhar sobre a infância de nossos avós: um resgate de valor para uma proposta pedagógica; na quarta parte apresentamos nossas conclusões.
I parte – A infância, o processo educativo e a formação global da criança.
A história da infância no Brasil tem contornos próprios pela maneira como se deu sua construção. São as formas de organização da sociedade e as condições de existência e de inserção de infância e as diferentes formas de ser criança.
O brincar proporciona a aquisição de novos conhecimentos, a noção de regras, a socialização, desenvolve habilidades e capacidades de forma natural e agradável indispensáveis para sua atuação profissional, tais como atenção, concentração e outras habilidades psicomotoras. Ele é uma das necessidades básicas da criança, é essencial para um bom desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo.
A criança privada dessa atividade poderá ficar com traumas profundos dessa falta de vivência. Quando a criança brinca, ela está vivenciando momentos alegres, prazerosos, além de estar desenvolvendo habilidades.
Portanto, todo o aprendizado que o brincar permite é fundamental para a formação da criança, em todas as etapas de sua vida.
Neste sentido, a brincadeira é um processo de relações entre a criança e o brinquedo e das crianças entre si e com os adultos. O ato de brincar é muito importante para o desenvolvimento integral da criança. As crianças se relacionam de várias formas com significados e valores inscritos nos brinquedos.
Existem várias possibilidades de brincar: solitariamente, em grupo, entre crianças de diferentes idades, entre adultos e crianças, de adultos entre si. Existem diferenças também entre: brincadeiras organizadas pelas próprias crianças, brincadeiras tradicionais, jogos, atividades lúdicas propostas pelo adulto, com conteúdos específicos a serem atingidos.
A grande maioria dos jogos tradicionais já era muito antiga no século XVI. Alguns deles, como a amarelinha, por exemplo, continuam capazes de despertar a curiosidade e o prazer das crianças nos dias de hoje. Se os jogos conseguem atravessar o tempo e o espaço, por que tão poucos não conseguem ser anexados no contexto escolar?
São várias as condições necessárias para o desenrolar de jogos e brincadeiras, garantindo certa liberdade de escolha da criança. O papel do adulto e fundamental nesse processo, pois o ambiente que a cerca influencia suas experiências lúdicas.
Em outras palavras, brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade, especialmente entre 3 e 6 anos, que brincam para viver: interagem com o real, descobrem o mundo que as rodeia, estimula o processo de organização, viabilizam a sua socialização,
Desta observação, compreendemos que o brincar e o brinquedo já não são mais, na escola, aquelas atividades utilizadas pelo professor para recrear as crianças, como uma atividade em si mesma.
Quanto mais rica for a experiência pela criança, maior será o material disponível e acessível a sua imaginação, daí a necessidade do professor de ampliar, cada vez mais, as evidências da criança com o ambiente físico, com brinquedos e com outras crianças.
O lúdico deve permear o espaço escolar a fim de transformá-lo, num espaço de descobertas, de imaginação, de criatividade, enfim, num lugar onde as crianças sintam prazer pelo ato de conhecer.
Para tanto, a formação do professor deve ser permanente e favorecer sua prática. O espaço da educação é um ampliador de experiências e de práticas sócio-culturais, para todos os sujeitos nele envolvidos. Esta formação deve propiciar aos adultos a experiência, a descoberta, o conhecimento das possibilidades que os jogos, brinquedos e brincadeiras proporcionam. Essas experiências transformam a construção pré-construída do lúdico e intervém para melhor aplicabilidade junto às crianças, independentemente de sua idade.
II Parte – Os paradoxos da infância
Fazendo uma breve descrição sobre alguns discursos elaborados sobre a criança, que de alguma forma foram apropriados pelos educadores e pela sociedade, chegamos a seguinte reflexão: vêem a criança como um ser diferente do adulto, pela sua menoridade, tamanho e força.
No entanto, cabe ressaltarmos que diferentes enfoques coexistem de foram contraditória, não só no senso comum, como também nos estudos sobre a infância, ao mesmo tempo em que a produção cultural para a infância cada vez mais se especializa, segredando as diferentes faixas etárias, e que a escola elege conteúdos e informações que considera próprios para cada idade ou série, as crianças têm acesso irrestrito, pela mídia.
Um bom exemplo é a TV que distorce as informações por ela veiculadas, não fazendo distinção entre o telespectador adulto e criança, este procedimento faz com que desapareçam quatro fatores referentes à infância: a alfabetização, a brincadeira sadia, a educação e a vergonha.
As condições impostas às crianças, em diferentes lugares, classes sociais e momentos históricos, revelam que não e possível viver uma infância idealizada, pretendida e legitimada; vive-se a infância possível, pois a criança está imersa na cultura e participa ativamente dela. Mas as desigualdades sociais, permeadas pela inconsistência da política brasileira para a infância têm omitido uma infância de qualidade.
Visto que esses direitos promulgados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, em 1990, podem ser resumidos em três eixos: proteção, provisão e participação. Todo conhecimento hoje permite entender a importância da brincadeira como um elo de cada um destes três eixos. Para se desenvolver plenamente e participar ativamente do mundo em que vive a criança precisa brincar.
Portanto, a infância necessária para todos e aquela que tenha, além de casa, alimentação, carinho, higiene, saúde e educação, um tempo e um espaço para brincar garantido. E cabe a cada um de nós, especialmente quando lidamos diariamente com crianças, tentar romper com alguns paradoxos da infância, permitindo e favorecendo o ato de brincar.
III Parte – Um olhar sobre a infância de nossos avós: Resgatando valores para uma proposta pedagógica construtivista
Através da história oral, obtida por meio de entrevista com pessoas acima de 65 anos de idade, partimos o assunto brincadeiras infantis, fator fundamental ao desenvolvimento das aptidões físicas e mentais da criança, sendo um agente facilitador para que esta estabeleça vínculos sociais com os seus semelhantes, descubra sua personalidade, aprenda a viver em sociedade e preparar-se para as funções que assumirá na idade adulta.
O ato de brincar é extremamente importante para o desenvolvimento da criança, pois quando brincam exercitam as suas potencialidades, provocando o funcionamento do pensamento, o desenvolvimento da solidariedade, cultivam a sensibilidade, crescem-se intelectualmente, socialmente emocionalmente.
Brincar traz imaginação, libertação e transforma os objetos em brinquedos. Estes possuem um diálogo simbólico e uma íntima relação com o povo, com a cultura. É nas brincadeiras que os hábitos são internalizados, uma vez que a criança adora repetir, possui fascínio em querer sempre saborear de novo a vitória de um saber fazer. O legal do brincar é não fazer como se fosse e sim o fato de fazer novamente, passar da experiência para o hábito.
Mas o que caracteriza mesmo a brincadeira é que ela pode fabricar seus objetos, desviando do uso normal que cerca a criança. A brincadeira é livre e não delimitada e é desencadeada pelo brinquedo. Este possui funções sociais, podendo ser suporte de relações afetivas, de brincadeiras e de aprendizagem. O brinquedo é uma fonte de apropriação de imagens e de representação.
Piaget (1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Estas não são apenas umas formas de desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma:
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. ( Piaget. 1976, p. 160).
Ao inserir a brincadeira dentro do conteúdo da inteligência e não na estrutura cognitiva, Piaget distingue a construção de estruturas mentais da aquisição dos conhecimentos. Nesse sentido, a brincadeira, enquanto processo assimilativo participa do conteúdo da inteligência, igual à aprendizagem e também é compreendida como conduta livre, espontânea, que a criança expressa por sua vontade e pelo prazer que lhe dá. Portanto, ao manifestar a conduta lúdica, a criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói conhecimentos de acordo com seu nível de desenvolvimento.
Levando em consideração os trabalhos de estudiosos da antropologia, sobre o tema, confirma a sua relação com a cultura destacando a importância do jogo no contexto cultural. O jogo é encontrado em todas as atividades humanas e pode ser analisado numa perspectiva cultural, estando inserido nos costumes dos diferentes povos do planeta. Conforme as diferentes manifestações culturais, os jogos apresentam expressões e características próprias.
Acreditamos que é no jogo e pelo jogo que a civilização surge e se desenvolve. O jogo é anterior à própria cultura, fenômeno cultural, toda e qualquer atividade humana compreendida numa perspectiva histórica. A formação cultural tem um caráter lúdico e o conceito de jogo deve estar integrado ao conceito de cultura.
Podemos constatar isso, através do relato de O.L.O., que ao contar como havia sido sua infância com momentos bons e outros extremamente difíceis. O que fica claro para quem o ouve, é a dificuldade financeira, ou seja, a necessidade de trabalhar para ajudar no sustento da família:
Eu brinquei só até oito anos, “dipois” era só trabalhar o dia inteiro, quando começa a escurecer e que nos juntava cons meus amigos, mais quando dava umas sete horas, ou quando já tava de noite minha mãe punha “noís” pra dentro, porque no outro dia, eu tinha que vender sabão e meus irmãos mais velhos trabalhava no açougue, na mercearia e como ajudante de carpinteiro.
Mediante a isso, podemos entender que foram queimadas etapas da infância, obrigando–o a amadurecer muito rápido, tornando-se um adulto muito cedo. A brincadeira foi relegada para o segundo plano, pois só brincava quando o serviço terminava:
Na cidade eu e meus oito irmãos junto cons “cumpaheiro” da rua que “noís” morava, fazia nosso carrinho de rolimã, “noís” ia na serraria do seu Chico e pedia ele uma tábua que num servia pra “mode” ele faze móveis, aí depois, cada um juntava dinheiro e comprava os rolimã na oficina do seu Tatão. “Noís” só pudia construir nosso carrinho depois que já tivesse trabalhado.”
Apesar de ter tido uma infância sofrida, O.L.O. aproveitou tudo o que pôde, o seu desenvolvimento cognitivo aconteceu de uma forma brusca e prematura, no entanto, dentro dos padrões da época quando a noção de infância era outra, o que torna tudo muito natural. Ainda considerando as questões sociais, suas dificuldades para sobreviver e toda a história de vida do senhor O.L. O, podemos dizer que a sua existência não foi em vão e que apesar de sua infância difícil, se tornou um homem de coragem.
IV Parte – Conclusões
Após o término deste trabalho podemos extrair algumas conclusões importantes e a principal delas é que esta pesquisa é só o começo de uma longa caminhada. Também é importante ressaltar que os objetivos foram alcançados, tanto o objetivo geral quanto os específicos.
Os anos se passaram, nossos avós que foram crianças do ontem, hoje são nossos desvelos históricos, viajando no túnel de sua infância, enriqueceram-nos com sua cordialidade, com sua maneira de se expressar, conduzindo-nos a sua infância pela viagem fantástica do pensamento.
Portanto deste trabalho pudemos extrair um aprendizado de inestimável valor, gerando frutos vindouros que tematizaram ao longo de cada página um significado real, simples e fácil de ser interpretado e colocado em ação.
Este aprendizado pode ser observado quando ouvimos as crianças, quando abrimos espaço para que possam construir-se como sujeitos históricos, pois a criança vê o universo de uma forma própria. Ela apresenta verdadeiramente suas hipóteses, necessidades e interesses.
Finalmente podemos dizer que a afetividade é o aspecto integrador na Educação Infantil, através dos sentimentos, dos vínculos de apego que ocorrem desde o nascimento, percorrendo todas as áreas do desenvolvimento. Por isso concluímos que e tão importante o papel de quem convive com a criança, pois é, sobretudo, através da confiança que ela deposita no adulto, que ela dá asas a sua imaginação, ao seu desenvolvimento e aprende brincando.
Finalmente, deixamos para reflexão dos educadores, acadêmicos e leitores a beleza do bem servir nas palavras de (FERREIRA, Luzilá G., 2001, p.57): “Se o amor é uma busca, se o estudo é uma busca, a arte uma busca, a vida inteira também é uma busca. E o amor e a paixão são a mola dessa busca. É preciso buscar com amor”.
Referências
MALUF, Ângela Cristina M. Brincar: Prazer e Aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.
FARIA, Anália Rodrigues de. O Pensamento e a linguagem da criança segundo Piaget. SP: Ática, 1994.
FERREIRA, Luzilá G. O sentido da práxis educativa. Porto Alegre: Artes Medicas, 200.1
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. (organizadora). O Brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 1998.
SCOTTON, Maria Teresa. Brincadeiras da infância nas histórias devidas de professoras. In: Presença Pedagógica. p, 42-53 – v.10 n. 56 – mar/abr. 2004.
PEREIRA, Eugênio Tadeu. Brinquedos e Infância. In: Presença Pedagógica. p, 56-59 – v.8 n. 44 – mar/abr. 2002.
PEREIRA, Eugênio Tadeu. Brincar, brinquedo, brincadeira, jogo, lúdico. In: Presença Pedagógica. p, 87-92 – v.7 n. 38 – mar/abr. 2001.
PERPÉTUO, Irineu Franco. Faz–de-conta levando a sério. In: Educação março 2001. p. 51-54.
DORNELLES, Leni Vieira. Na escola infantil todo mundo brinca se você brinca. São Paulo: Moderna, 2000.