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sábado, dezembro 21, 2024

Implantação de um Centro Cultural

O presente trabalho objetiva elaboração de uma proposta de reutilização do parque Potycabana, transformando o local em centro cultural de produtos piauiense. As separações entre diferentes pontos do globo tornam-se cada vez menores no que diz respeito ao tempo. Dessa forma, tem-se a atividade turística como principal fonte de troca de informações e contatos com o mundo globalizado. O turismo é uma atividade emaranhada ligada a fatores como a contemplação e ao imaginário coletivo, reconhecidos por mecanismos da mídia impressa e eletrônica, que apresenta informações sobre os destinos turísticos e, a partir delas, o turista, agente deste processo, desenvolve motivações de destino. Um tipo de turismo destacado é o patrimônio cultural que pode ser definido como conjunto de bens movéis e imóveis existentes no país. Outro item questionado neste trabalho é prática do planejamento turístico uma eficaz maneira de uso dos recursos naturais e culturais para o desenvolvimento da atividade turística sem comprometê-los.

Diante dessa realidade, surge então à necessidade de elaboração de uma proposta para uso do parque, temática desse trabalho de conclusão de curso. O desenvolvimento da referida proposta deve estar intimamente relacionada à criação de um processo de planejamento, o qual possui, basicamente, três modelos básicos: o tático, o operacional e o estratégico.

SUMÁRIO

LISTA DE SIGLAS 
INTRODUÇÃO 
1. TURISMO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1.1 Turismo e Segmentação
1.2 Turismo Cultural 
1.3 Planejamento Turístico 
2. PARQUE POTYCABANA 
2.1 Caracterização e Histórico
2.2 Análise da Estrutura Física do Espaço Potycabana
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
BIBLIOGRAFIA

LISTA DE SIGLAS

OMT – Organização Mundial de Turismo
OMC – Organização Mundial do Comércio
ALCA – Área de Livre Comércio das Américas
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul
SEBRAE – Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador

INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende mostrar o trabalho de conclusão do curso de Bacharelado em Turismo da Faculdade Piauiense – FAP Teresina. Possui como tema a Implantação de um Centro Cultural de Produtos Piauienses: Uma proposta para o parque temático Potycabana e o problema existe possibilidade técnica na modificação do espaço do Parque temático Potycabana.

Dentre os objetivos propostos citam-se desenvolver uma proposta de implantação de um centro cultural piauiense no espaço físico do parque Potycabana; inventariar o parque; desenvolver uma proposta de mudança do parque em um centro cultural; disponibilizar um ambiente atraente por sua agenda e atualizado por suas instalações; proporcionar agenda diária, variada e atraente;

A metodologia empregada para o desenvolvimento deste trabalho foi o levantamento estrutural do espaço pertinente ao Parque Potycabana, objetivando identificar a estrutura e equipamentos lá existentes, bem como o levantamento de informações adicionais, tais como localização, extensão, dentre outros, a fim de viabilizar um diagnóstico do espaço para conseqüente elaboração de propostas que venham de encontro a temática deste trabalho.

Este trabalho será dividido em dois momentos. No primeiro faz-se uma introdução sobre os vários conceitos e definições existente sobre o turismo, inclusive, o conceito da OMT (Organização Mundial do Turismo). Fala-se, também, da inter-relação presente entre o turismo e o meio ambiente e da à importância do patrimônio natural e cultural. E por último, sobre os conceitos de planejamento turístico como forma de um melhor entendimento sobre esse assunto.

No segundo momento, será informada toda a caracterização e história do parque temático Potycabana. Este parque Potycabana que ocupa uma área de 90 mil metros quadrados e fica localizado numa área comercial em frente ao Teresina Shopping. Criado com o objetivo de proporcionar condições de lazer de várias modalidades dentro de uma área fechada, constituindo-se numa grande praça de entretenimento. Foram usados dados espaciais coletados com base no formulário de oferta turística desenvolvido por BISSOLI (2002) e apresentados no anexo 3 desse trabalho.

Diante dessa realidade, surge então à necessidade de elaboração de uma proposta para uso do parque, temática desse trabalho de conclusão de curso. O desenvolvimento da referida proposta deve estar intimamente relacionada à criação de um processo de planejamento, o qual possui, basicamente, três modelos básicos: o tático, o operacional e o estratégico.

TURISMO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA

TURISMO E SEGMENTAÇÃO

As separações entre diferentes pontos do globo tornam-se cada vez menores no que diz respeito ao tempo, segundo DIAS (2003, p. 7) torna-se realidade a formulação de Marshall McLuhan (desenvolvida na década de 60) da existência de uma verdadeira aldeia global, uma vez que, nos dias de hoje pode-se comunicar momentaneamente com pessoas situadas no outro extremo do mundo, mais rapidamente, às vezes, do que com seu próprio vizinho.

Neste sentido, observa-se que as relações sociais já não dependem, exclusivamente, da proximidade física, o espaço físico deixou de ser empecilho à aproximação das pessoas. São muitas informações divididas diariamente no mundo todo. Amplia a curiosidade, o desejo de conhecer pessoas e povos. As viagens promovidas pela melhoria nos transportes tornam-se cada vez mais necessárias.

Dessa forma, tem-se a atividade turística como a principal fonte de troca de informações e contatos com o mundo globalizado. GASTAL (2000, p. 93) observa:

Os primeiros estudiosos do fenômeno turístico já haviam prenunciado que está notável atividade humana, característica do século XX, nascerá com duas modificações básicas: concentrava-se excessivamente no tempo e distribuía-se de modo pouco conveniente no espaço.

De acordo com a autora, pouco se tinha conhecimento da evolução socioeconômica, dos seus efeitos de pouco valor e de fazer antecedência sobre suas tendências futuras. O tempo ficou para trás, o fenômeno avançou e, cada vez mais, especialistas voltam seus esforços no sentido de tentar dimensionar o alcance dessa fantástica mola propulsora de benefícios e malefícios, tentando avistar os seus limites.

O turismo é uma atividade emaranhada ligada a fatores como a contemplação e ao imaginário coletivo, reconhecidos por mecanismos da mídia impressa e eletrônica, que apresenta informações sobre os destinos turísticos e, a partir delas, o turista, agente deste processo, desenvolve suas motivações de destino. Em face a essa realidade, apresentam-se alguns conceitos para uma melhor compreensão da atividade turística:

Para a Organização Mundial de Turismo – OMT, turismo é “o deslocamento de pessoas de seu domicílio cotidiano, por no mínimo 24 horas, com a finalidade de retorno”. Essa definição, apesar de simplista, serve para estabelecer a importância desse fenômeno.

Segundo a definição de José Vicente de Andrade destacado por IGNARRA (2000, p. 24) o turismo é:

“O conjunto de serviços que tem por objetivo o planejamento, a promoção e a execução de viagens, os serviços de recepção, hospedagem e atendimento aos indivíduos e aos grupos, fora de suas residências habituais”.

Tal definição não inclui as viagens desenvolvidas por motivos de negócios, de lucros. Mas essas viagens respondem por boa parte da ocupação dos meios de transportes, dos hotéis, da estrutura de entretenimento, das locadoras de veículos, dos espaços de eventos. Todos esses segmentos são considerados empreendimentos turísticos. Foi por essa razão que gerou os termos turismo de negócio ou turismo de eventos.

Oscar de La Torre explicou, também, o turismo da seguinte maneira:

“O turismo é um fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de indivíduos ou grupos de pessoas que, fundamentalmente por motivo de recreação, descanso, cultura ou saúde, saem do seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa nem remunerada, gerando múltiplas inter-relações de importância social, econômica e cultural”.

De acordo a essa definição, turismo é o deslocamento de pessoas de seu lugar de residência usual por períodos determinados e não estimulado por razões de práticas profissionais. Uma pessoa que mora em um município e move-se para outro, diariamente, para desempenhar sua profissão não estava fazendo turismo. Já um profissional que viaja para participar de um congresso ou fechar um negócio em outra localidade que não a de sua residência estava fazendo turismo.

As intensas modificações que estão acontecendo motivadas pela globalização e pela revolução ciêntífico-tecnológica ocorrem em todos os campos: econômicos, cultural, político, social, ambiental, etc e proporcionam características inovadoras do ponto de vista de sua transmissão, gerando o surgimento de tendências em várias áreas que entusiasma diretamente o turismo. Entre as tendências mais importantes, DIAS (2003, p. 17) menciona as econômicas, políticas e sócio-ambientais.

As tendências econômicas globais direcionam para um acréscimo da globalização e do crescimento econômico sustentável, naturalmente, para um aumento da integração mundial. Ainda conforme Dias, a sustentabilidade do crescimento ocorrerá devido a expansão da normalização e controle dos processos globais por agências reguladoras e de fomento transnacionais, além de uma maior realização dos acordos internacionais estabelecidos no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) e dos Blocos Econômicos Regionais (União Européia), Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), MERCOSUL, entre outros).

Do ponto de vista político, uma variante difícil de ser avaliada por causa de algumas inseguranças (mudanças do governo nos diferentes países, terrorismo, guerras, revoltas etc), porém a mesma deve ser considerada, principalmente, pelo seu destaque nos últimos anos para o turismo. As regiões com maiores probabilidades de conflito ou que apresentam quadro institucional incerto (governos fracos, sem mandato popular, ou que enfrentam movimentos de oposição massivos) são áreas onde o turismo dificilmente se desenvolverá.

O Brasil, nesse contexto, apresenta-se com uma imagem benéfica, podendo aproveitar, provisoriamente, fluxos turísticos que se destinariam a regiões com algum tipo de problema de segurança. A continuação desse movimento de turistas, após regularização da situação, dependerá do amparo que tiveram e da imagem que levarão do país.

Do ponto de vista socioambiental, deverá aumentar o número de pessoas sensíveis a necessidade de cuidado do meio ambiente. Logo, crescerá o senso crítico dos turistas, em relação à maneira como será dada ao meio ambiente natural e aos centros receptores. Instalações ambientalmente adequadas deverão ser privilegiadas. A expectativa da sustentabilidade deverá ser cada vez mais conhecida através da introdução da disciplina nos currículos escolares, expandindo as camadas da comunidade ambientalmente exigentes.

De maneira geral, essas tendências devem adicionar-se a outras que falam respeito da influência mútua entre as realidades locais e regionais. Um dos vários problemas causados pelo processo da globalização, a diminuição dos Estados Nacionais ocasiona muitas conseqüências para o desenvolvimento econômicos, sociais e ambientais. A demora nas fronteiras nacionais evita um controle mais severo das influencias mutuas dentro das diferentes realidades.

Assim, no domínio da atividade turística, por exemplo, como forma de cumprir a uma demanda exterior, vários municípios aceita explorar seus territórios sem nenhum planejamento para a sustentação dos recursos. Em decorrência, às vezes, a cultura local passa por mudanças irreparáveis, adotando novos hábitos e costumes, e adequando suas vidas às visitas eventuais.

Em inúmeras cidades, a exploração sexual de menores de idade acontece sob influência do número de turistas, especialmente internacional, o que tem determinado campanhas locais para reduzir ou barrar esse método.

Segundo RUSCHMANN (1998, p. 19) “a inter-relação entre o turismo e o meio ambiente é incontestável, uma vez que este último constitui a matéria-prima da atividade”. Em concordância a citação verifica-se que a danificação das condições de vida nos grandes conglomerados urbanos faz com que um número cada vez maior de pessoas procure, nas férias e nos fins de semana, as regiões com belezas naturais.

O contato com a natureza compõe atualmente uma das maiores causas das viagens de lazer e as conseqüências do número em massa de turistas para esses locais – extremamente suscetíveis, tais como as praias e as montanhas – devem imprescindivelmente ser calculadas e seus efeitos negativos impedidos, antes que esse valioso patrimônio da humanidade acabe-se.

A degradação dos ambientes urbanos pela poluição sonora, visual e atmosférica, a violência, os congestionamentos e as doenças provocadas pelo desgaste físico das pessoas são os elementos provocadores da fuga das cidades e da busca do ambiente natural nas viagens de férias e de fim de semana. Neste sentido, o homem da cidade agredido em seu próprio meio, passa a agredir os ambientes alheios. Trata-se de uma prática viciosa que é preciso ser quebrada por meio de planejamento dos centros urbanos e de medidas inteligentes e rápidas que apontem para a conscientização para a preservação dos meios ambientais originando a sua conservação e perpetuação.

Infelizmente o turismo e o meio ambiente não tem se relacionado de uma forma respeitosa e isso representa uma posição complicada. Inúmeras situações de conflito são marcadas e, diante da sua fragilidade, cada medida ou precaução pode provocar um efeito rotineiro de difícil controle. O combate reside em encontrar o equilíbrio entre o desenvolvimento da atividade e a proteção ambiental.

Mas não é apenas o patrimônio natural que deve ser incluído no processo de equilíbrio, elementos culturais, também, devem fazer parte dessa filosofia. MURTA (2002, p. 127) explica que:

O turismo cultural se viabiliza, em grande parte, através da interpretação planejada e realizada junto com a comunidade, reconhecida por Aloísio Magalhães, desde os anos 70, como “a melhor guardiã de seu patrimônio” e que deve ser também a melhor anfitriã de seus visitantes. Pelo método interpretativo, o lugar, além de se expor naturalmente à precisão do público, pode falar sobre si mesmo e explicitar sua identidade.

Diante desta abordagem percebe-se que em diferentes fontes de conhecimento e formas de comunicação, o ambiente interpretado convida e facilita ao visitante ter contato próximo, provar, interagir, conhecer, consentir ou censurar a dinâmica cultural daquele contexto. O aprendizado preocupa-se com a relação morador/visitante e sugerir que todos desfrutam de paisagens, objetos, monumentos e momentos de presença no lugar, ao avesso de consumi-lo apressadamente, como alguma coisa descartável e de simples substituição.

O SEBRAE/RS – Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (2000, p. 9) apresenta a definição de patrimônio cultural como o “conjunto de bens movéis e imóveis existentes no país”. O homem deixou muitos sinais em seu caminho pelos lugares, ao longo do tempo, situações que representam percursos, ações e imaginações, logo, considerados patrimônio cultural, de acordo com a observação acima apresentada.

Dessa forma, turismo cultural é o ingresso a esse patrimônio cultural, ou seja, à história, à cultura e ao modo de viver de uma população. Portanto, o turismo não busca apenas o lazer, repouso e “vida boa”. Deve-se também observar a motivação do turista em apreciar regiões onde o seu fundamento está baseado na história de um determinado povo, nas suas tradições e nas suas manifestações culturais, históricas e religiosas.

Sendo assim, o passado está sob a ameaça do futuro, suas imagens e veículos e comunicação está sendo provocados por um mundo eletrônico que é a visão das novas gerações. Por outro lado, o patrimônio cultural tem sido principalmente uma preocupação elitista e conservadora, onde recebe vantagem da sua frouxa associação com a identidade local e nacional, e com a promoção cultural. Atualmente, no entanto, defronta novas e maiores exigências e desafios. Assim, fazendo uso de seu poder incontestável, como guardião da memória nacional, regional e local, o patrimônio atualmente deve apresentar estratégias de comunicação e aspectos efetivos.

Não esquecendo que a motivação do turismo cultural depende muito mais do turista do que do próprio destino selecionado, uma vez que a simples ocasião de conviver com a comunidade já é um atrativo para aqueles que sabem admirar a cultura. No entanto se a população receptora não encontrar-se organizada, a vinda do turista pode acabar sendo uma ameaça ao destino visitado, provocando, assim um risco para os monumentos, igrejas, obras de arte e até a memória do povo

Existiu uma época (uma década atrás) em que os gestores da atividade turística não possuíam noção nenhuma dos problemas ambientais, e, neste sentido as associações de proteção da natureza eram ingênuas, logo mal-estruturados e radicais. Os conflitos eram constantes.

Nos dias de hoje, percebe-se que os empresários já se sensibilizaram de que seus rendimentos localizam-se em ambientes que necessitam de políticas de conservação, não devendo apenas apoderar-se de um capital e destruí-lo, já que existe a ciência de logo ele não lhe pertence, mas sim às gerações futuras. Como forma de melhor o entendimento sobre o termo planejamento turístico, disponibiliza-se algumas definições:

Como afirma DIAS (2003, p. 87):

Há várias formas de se definir planejamento, sendo que todas elas remetem à organização do futuro. Na realidade trata-se de orientar a atividade presente para determinado futuro, partindo-se sempre do pressuposto de que existem várias alternativas possíveis. O planejamento da atividade turística coloca de uma forma totalmente nova a participação de diversos atores no processo, pela própria característica da atividade de envolver amplos setores e que, não necessariamente, estão territorialmente relacionados com a área a ser planejada. 

Concordando com a citação acima, por seu efeito reprodutor na economia, o turismo envolve muitos segmentos que só indiretamente estão ligados à atividade. Dessa forma, a participação pode levar a integrar investidores, pequenos, médios e grandes, organizações não governamentais, pessoas proprietárias de casa de temporada e assim por diante, que estamos denominando de comunidade expandida.

Para prevenir os impactos ambientais do turismo, a degradação dos recursos e a restrição do seu ciclo de vida, é preciso concentrar os esforços em um desenvolvimento sustentável não apenas do patrimônio natural, mas também dos produtos que se estruturam sobre todos os atrativos e equipamentos turísticos. O desenvolvimento sustentável é entendido pela Comissão Mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento como:

Um processo de transformação, no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação da evolução, tecnológica e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas. (CMMAD 1991, p. 49)

Tal conceito tenta analisar inteiramente os problemas do desenvolvimento, da pobreza, da ecologia, da repartição das riquezas e das sociedades civis onde foi reconhecido por todas as correntes políticas, ético e geográfico. Esse documento repudia o posicionamento dos países subdesenvolvidos pelo seu desenvolvimento que não podem esperar pela criação de políticas ambientais decisivas ao passo que não tiverem chegado um patamar de vida adequado para suas comunidades. HALL (2001, p. 95), observa:

“O planejamento turístico, porém, ainda é considerado importante porque seus efeitos são extremamente significativos e potencialmente duradouros. De fato, a preocupação de tornar o turismo sustentável – juntamente com todos os tipos de desenvolvimento – apresentou uma imposição ainda maior para a melhoria do planejamento turístico”

De acordo com esse comentário o planejamento turístico muitas vezes proporciona vários problemas e existem inúmeros motivos para isso. O mais expressivo é a natureza do turismo, de complexa definição, distribuído na economia e na sociedade e, habitualmente, sem um órgão aberto de controle. Em vez disso, o turismo tende a ultrapassar os limites desses órgãos.

As cobranças de planejamento turístico e de influência do governo no processo de crescimento são retornos peculiares as causas indesejadas do desenvolvimento no setor, principalmente em domínio local. A deficiência de um órgão responsável pelo incremento no setor, o acelerado crescimento e desenvolvimento turístico e a natureza do turismo em si, inúmeras vezes provocaram respostas específicas do órgão público aos impactos da atividade turística desempenhada em alguns destinos podendo desenvolver estratégias pré-antecipadas objetivando o desenvolvimento. Desse modo, essa abordagem é a oposição do planejamento.

Conquanto o planejamento não consista em um alívio para todos os males, quando completamente voltado para os processos, HALL (2001, p. 29) afirma que o planejamento:

“Pode minimizar impactos potencialmente negativos, maximizar retornos econômicos nos destinos e, dessa forma, estimular uma resposta mais positiva por parte da comunidade hospedeira em relação ao turismo de longo prazo”.

Complementando a citação, o ato de planejar relaciona-se com previsão e adequação de mudança em um sistema, a fim de causar um aumento sistemático objetivando um crescimento aos benefícios sociais, econômicos e ambientais do método de desenvolvimento. Portanto, o planejamento deve ser aceito como um elemento crítico para se assegurar o desenvolvimento sustentável de longo prazo dos destinos turísticos.

Nas palavras de RUSCHMANN (1998, p. 61) “o turismo depende da população, em todos os aspectos para a imprescindível hospitalidade e os investimentos necessários”. Assim, o planejamento do turismo deve passar por um programa de conscientização da população para na importância dessa atividade, os empresários do turismo devem se engajar nas discussões políticas dos seus municípios, e os estudantes e sindicatos deve ser esclarecido sobre o turismo e o mercado de trabalho.

Pode-se observar que a prática do planejamento é uma eficaz maneira de uso dos recursos naturais e culturais para o desenvolvimento da atividade turística sem comprometê-los. Dessa forma, é de suma importância que a proposta desenvolvida nesse documento venha de encontro a teoria aqui exposta a fim de garantir uma exploração sustentável, salvaguardando os elementos de entorno do Parque Potycabana e transformando o espaço numa ferramenta de divulgação da cultura piauiense e, consequentemente colaborando com o fortalecimento do turismo na cidade de Teresina.

PARQUE POTYCABANA

CARACTERIZAÇÃO E HISTÓRICO

Conforme observado no capítulo anterior desse trabalho o elemento cultura é uma importante ferramenta no processo de desenvolvimento do turismo urbano e, por esse motivo a temática presente neste trabalho enfoca a transformação de um espaço já existente na cidade de Teresina – PI em um Centro Cultural de Produtos Piauienses.

O parque temático Potycabana foi projetado por Gerson Castelo Branco e inaugurado em 1990; às margens do rio Poty, o parque Potycabana ocupa uma área de 90 mil metros quadrados que equivale a 7 hectares. Fica localizado numa área na Av. Raul Lopes, s/n em frente ao Teresina Shopping e a 2 km de distância do centro comercial. Criado com o objetivo de proporcionar condições de lazer de várias modalidades dentro de uma área fechada, constituindo-se numa grande praça de entretenimento. Poderá ser visualizado imagem do parque no anexo 1.

O parque Potycabana já passou por várias administrações depois da sua inauguração, é, nos dias de hoje, administrado pelo Governo do Estado do Piauí. Existem comentários de que será reativado até o início do próximo ano (2008), inclusive alguns equipamentos já foram providenciados. Atualmente 13 (treze) pessoas trabalham no local, dentre as quais o Sr. Pedro Torquato de Araújo (administrador), responsável pelas informações coletadas na entrevista apresentada neste trabalho, cujo roteiro encontra-se no anexo 1 desse trabalho.

Ainda sobre a visitação no local, é importante ressaltar que, os dados espaciais coletados tiveram como base o formulário de oferta turística desenvolvido por BISSOLI (2002) e apresentados no anexo 2 desse trabalho.

De acordo com a entrevista já citada, o espaço hoje é usado basicamente para realização de feiras e eventos temporários, geralmente sem custo para o contratante e organizador do evento, pelo uso desse espaço. Além disso, o único espaço que funciona normalmente no final de semana, é o espaço de lazer “Bar Mais 1”, localizado dentro do complexo mas com administração independente por ser arrendado.

A idéia do presente trabalho se dá justamente por saber que Teresina possui um espaço com interessante estrutura e localização, contudo sem uso contínuo. Acredita-se que com o Parque Potycabana o desenvolvimento turístico local pode ser agraciado pela inclusão desse espaço na identidade turística do município.

Os elementos do lazer são inúmeros na teoria e para que uma atividade possa ser compreendida como lazer é precisa que siga a alguns valores ligados aos fenômenos tempo e atitude. Todavia o caráter parcial que se visualiza no atendimento do conteúdo, também é observado quando se procura implantar a relação entre o lazer e seus valores. Repousar, readquirir as energias, entreter-se, recrear-se, afinal, o descanso e o passatempo é os valores usualmente mais associados ao lazer.

Assistir a um espetáculo de teatro, fazer uma viagem, compartilhar uma festa, são várias as oportunidades para o repouso, para o “asseio mental”, com o rompimento da rotina e a liberação da imaginação. Não há dúvida de que o descanso e o entretenimento são probabilidades abertas pelas atividades do lazer. No entanto, além do descanso e do divertimento outra possibilidade acontece no lazer, e geralmente, não é tão compreensível. Fala-se do desenvolvimento pessoal e social que a atividade de lazer oportuna. No turismo, no teatro, na festa etc., estão inseridas chances privilegiadas, porque são naturais, de tomada de contato, percepção e reflexão sobre as pessoas e as realidades nas quais estão presentes.

Assim, o parque Potycabana na época da sua inauguração causou uma alegria, ao mesmo tempo, uma admiração incrível para a comunidade local, uma vez que chegou com instalações modernas e equipamentos de última geração. Era aberto todos os domingos durante o dia todo com shows locais e regionais e a um preço acessível, na época, a toda população no valor de R$ 3,00 (três reais). A comunidade passou a utilizar essa estrutura quase que frequentemente. Até hoje, não se sabe ao certo o porquê do seu fechamento. Especula-se que tenha influência política devido a mudança de poder estadual.

Este parque possui, entre outras instalações, piscinas (com produção de ondas artificiais, piscina infantil e piscina com toboágua), quadras poliesportivas com arquibancadas, quadra de skate, palco, banheiros, bares, lanchonetes, restaurantes, portão de entrada e saída, administração, copa, grade metálica, piso cimentado, pedra / rocha (portuguesa, piracuruca e cariri), jardim e arborização.

Entretanto, há quase um ano elas estão abandonadas, conforme reportou, em 16 de Fevereiro de 2007, o jornal local Diário do Povo:

“Depois da disputa política que cancelou o contrato de cessão de uso do parque Potycabana para o sistema Fecomércio, o maior complexo de lazer do Piauí está em total estado de abandono e se transformou em depósito de ferro-velho”.

Esse é apenas um trecho da reportagem, a reportagem completa encontra-se no anexo 2 desse trabalho.

ANÁLISE DA ESTRUTURA FÍSICA DO ESPAÇO POTYCABANA

Como já citado, a metodologia empregada para o desenvolvimento deste trabalho foi o levantamento estrutural do espaço pertinente ao Parque Potycabana, objetivando identificar a estrutura e equipamentos lá existentes, bem como o levantamento de informações adicionais, tais como localização, extensão, dentre outros, a fim de viabilizar um diagnóstico do espaço para conseqüente elaboração de propostas que venham de encontro a temática deste trabalho..

Segundo informações coletadas em Novembro de 2007, o parque Potycabana possui dentro do quesito Recursos / Atrativos Culturais área livre e recinto de exposições, uma área de 90.000 m² e uma capacidade para aproximadamente 15 mil pessoas. Com relação aos equipamentos presentes no parque, registra-se a existência de sanitários (masculinos e femininos), estacionamento, pavilhão permanente de administração, recepção, bar e restaurante.

Ainda sobre a estrutura do referido espaço, e tomando como base o modelo do formulário utilizado para pesquisa, percebe-se a inexistência de poltronas (madeira e estofado), sala de espera, bomboniere, ar condicionado, camarins, sistema de proteção, número de pavilhão permanente, área de rodeio, equipamento de som. O prédio do parque é próprio e a freqüência de utilização é semanal.

Com relação aos meios de acessos do parque são variados, principalmente, por está bem localizado, como por exemplo: existem linhas de ônibus urbano de quase todos os bairros da capital Teresina em horários flexíveis durante todo o dia, ou seja, durante 20 h por dia; há, também, frota de táxi e moto-taxi. Inclusive são esses meios de transportes que facilitarão a participação da comunidade com centro cultural de produtos piauienses.

Analisando o quesito Recursos / Atrativos Naturais – vegetação observa-se que o espaço não possui nenhuma área de proteção ambiental, tampouco horto florestal, reserva biológica ou jardim botânico. Contudo, é importante lembrar que em área vizinha ao parque, encontra-se o Parque Floresta Fóssil, correspondendo uma área de 13 hectares, sendo 8 hectares do lado do Centro de Educação Ambiental e 5 hectares do lado da Potycabana.

É sabido que esse é um espaço ecológico de grande importância para pesquisadores de várias universidades brasileiras, haja vista existência de valiosas descobertas de afloramento de tronos fossilizados datados de aproximadamente 250 milhões de anos e, consequentemente objeto de pesquisa de trabalhos científicos nos mais diferentes níveis, de artigos a dissertações de mestrado.

Os troncos fossilizados têm como originalidade a sua posição em vida, o único do Brasil. Nesses trechos também podem ser observados dois olhos-d´água subterrâneos que alimentam esse rio, mesmo durante o período seco. Por sua peculiaridade, pode ser agregado ao processo de visitação ao Potycabana, transformando-se então em importante ferramenta de atratividade de público alvo pretendido para visitação ao parque.

Examinando as características gerais do parque Potycabana percebe-se que existe uma área nativa delimitada legalmente de 7 m² com predominância de formação vegetal arbórea, arbustiva e ornamental. Não se pode esquecer da flora inserida em toda a margem do Rio Poty, rio esse, que acompanha toda a extensão do parque. Já sobre a fauna do local, não há registros, pois o espaço encontra-se inserido no meio urbano.

Destaca-se ainda espaço propício à caminhada e prática de esportes em geral, com interessante urbanização, como iluminação por exemplo, contando com estacionamento próprio e permitindo acesso somente nos finais de semana, das 9:00h até 18:00h.

O Parque Potycabana é uma das áreas de lazer mais bem localizadas de Teresina e hoje está se deteriorando mesmo estando situado em área nobre, próximo de grandes centros urbanos e comerciais. São inúmeras as situações de abandono que podem ser comprovadas nesse local, fato percebido principalmente pelo acúmulo de lixo e restos de material de construção espalhados em toda a extensão.

Além disso, a piscina de ondas, atualmente desativada, serve para acumular água parada, o que pode ser um transmissor em potencial de doenças sérias. O espaço de lazer aquático e infantil está desativado. Servindo, basicamente, como espaço para instalação de outdoor e propaganda.

Infelizmente, esse é o retrato físico da Potycabana tão bem recebida pela população local na sua época de inauguração. Uma imagem ruim e que ao mesmo tempo causa indignações profundas ao cidadão Teresinense, principalmente, por ser considerado um bem público, pertencente a todos os cidadãos piauienses e que, no entanto, poderia está bem representado junto à sociedade.

Diante dessa realidade, surge então à necessidade de elaboração de uma proposta para uso do parque, temática desse trabalho de conclusão de curso. O desenvolvimento da referida proposta deve estar intimamente relacionada à criação de um processo de planejamento, o qual possui, basicamente, três modelos básicos: o tático, o operacional e o estratégico.

O planejamento tático envolve decisões sobre objetivos de curto prazo, e procedimentos e ações que geralmente afetam apenas uma parte do ambiente planejado, trabalhando com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico.

Já o planejamento operacional envolve decisões operacionais e diz respeito a planos normalmente derivados de planejamentos estratégicos e táticos elaborados anteriormente.

E, finalmente, o planejamento estratégico envolve decisões estratégicas, que são de longo prazo e envolve o ambiente planejado como um todo; diz respeito à formulação de objetivos e à seleção de cursos de ação a serem seguidos para sua consecução.

A tabela apresentada a seguir demonstra a diferença entre os tipos de planejamento citados de acordo com algumas discriminações:

Tomando como base as especificações e detalhamentos descritos, opta-se criar uma tabela que demonstre as ações sugeridas para transformação do parque em um centro cultural com produtos Piauienses. É importante ressaltar que, de acordo com a teoria de planejamento, é importante destacar o tempo de execução das ações propostas, sendo o planejamento operacional relacionado a curto prazo (de 06 meses a 01 ano); o tático relacionado a médio prazo (de 01 a 03 anos) e o estratégico (a partir de 03 anos).

Os investimentos poderão acontecer mediante elaboração do plano de investimento, pelas linhas de financiamento existentes para o turismo oferecidas pelo Banco do Nordeste ou Banco do Brasil, escolhidos, por ofertar mais vantagens às empresas ou investidores do trade turístico, principalmente no que diz respeito a taxa de juros.

O Banco do Nordeste possui, dentre tantas outras, a linha de financiamento “Cresce Nordeste”, com juros mais baixos e prazos mais longos; essa linha de financiamento, de acordo com o material de informação do banco é “dinheiro barato” que vai ajudar a implantar ou ampliar o negócio dos empresários, capacitando pessoal, informatizando a empresa, investindo em marketing, dentre outras possibilidades de investimento. O programa financia desde construções e ampliações, até capacitação de mão-de-obra, sendo então diretamente relacionado com a proposta aqui desenvolvida, por se tratar de adequação e construção de espaço, com futura capacitação de pessoal.

Dentre as atividades já financiadas por esse tipo de financiamento cita-se: Agências de viagens, Operadoras turísticas, Meios de hospedagem (resorts, hotéis, pousadas, etc), Organizadoras de feiras, Parques temáticos, Serviços de alimentação (restaurantes, lanchonetes, localizados nos corredores turísticos) e outros. São destinados a empresas de qualquer porte cadastradas pelo Ministério do Turismo, ressalvado quando o segmento for dispensado de cadastramento. Possui juros de 7,25% a.a (microempresa) até 11,5% a.a (grande empresa).

Os prazos são escolhidos de acordo ao tipo de empresa, por exemplo, hotéis têm um prazo de até 12 (doze) anos com 4 (quatro) anos de carência. Com relação aos limites de financiamentos, as micros empresas têm até 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); as pequenas empresas superior a 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais); as média empresas superior a 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) até 35.000.000,00 (trinta e cinco milhões) e as grande empresas acima de 35.000.000,00 (trinta e cinco milhões).

O Banco do Brasil também possui linhas de financiamento direcionada ao setor turístico, como por exemplo, o “Proger Turismo” que financia projetos turísticos para investimento e com capital de giro associado. É ideal para micro e pequenas empresas, com faturamento bruto anual de até 5.000.000,00 (cinco milhões). Apóia os mais variados segmentos turísticos como comércio varejista de artesanato e de souvenires; estabelecimentos hoteleiros; bares, restaurantes e similares; outras atividades relacionadas ao lazer, como parques temáticos e aquáticos; e outras mais.

Entre os principais itens financiáveis destaca-se construção civil e reformas em edificações comerciais; instalações comerciais (elétricas, hidráulicas, vitrines e balcões, entre outros); móveis e utensílios; gestão empresarial: sistemas de qualidade, capacitação e treinamento. Conforme o objeto do financiamento, até 120 meses, incluídos até 30 meses de carência. O custo do financiamento é de 5,33% ao ano. Com relação à fonte de recursos vem do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Como o Parque Potycabana é um órgão público, há necessidade de abertura de licitação junto a empresas de construção civil para melhor controle de custos e investimento. A licitação é o procedimento administrativo para as compras ou serviços contratados pelos governos, seja Federal, Estadual ou Municipal. Os itens analisados pelas as licitações estão em forma de concorrência, tomada de preços, convite, concurso ou leilão, promovido pela administração pública direta ou indireta, entre os interessados habilitados na compra ou alienação de bens, na concessão de serviço ou obra pública, em que são levados em consideração.

Uma vez definidos os procedimentos para adequação do espaço, é importante criar uma rede de serviços necessários à implementação do centro cultural, ofertando serviços diversos, contemplando alimentação, comércio e hospitalidade, conforme observado na tabela a seguir:

O Centro Cultural de Produtos Piauienses funcionará todos os dias das 8h00min da manhã até as 2h00min da manhã. Será cobrado um aluguel pela exploração da área, onde serão usados na manutenção e despesas como água, luz, telefone e funcionários, valor ainda a ser definido. A entrada ao centro, também, será cobrada – o valor ainda a ser definido. A intenção é de começar com 14 funcionários, sendo distribuídos entre: gerente (1), recepcionistas (2), atendentes (2), serviços gerais (3) e estagiários (4).

Com relação aos produtos e serviços oferecidos dentro do centro cultural alguns serão terceirizados para uma melhor utilização e qualidade dos serviços. Porém, necessitaram obedecer alguns critérios de funcionamentos, como:

A decoração será toda padronizada, desde a recepção até os banheiros públicos;
Todos os funcionários terão que fazer uso de fardamento próprio de acordo a cada função e setor;
Os setores à parte, como restaurantes, bares, lanchonetes e lojas de artesanatos deverão vender produtos relacionados à temática do centro, ou seja, produtos exclusivos piauienses. Não deixando de oferecer, também, outros a fins;
O funcionamento do restaurante-escola e da agência de viagem-escola deverá obedecer à planilha de parcerias feitas a empresas públicas e privadas;
Os cursos oferecidos precisarão ser planejados e organizados com antecedência de no máximo 6 meses para compra de material e contratação de professores;
Os contratos de prestação de serviço, também, deverão ser feitos com antecedência de 6 meses para evitar alguns contratempos;

Dentre os cursos oferecidos no centro vários temas serão trabalhados, por exemplo: marketing pessoal, etiqueta, recepção e outro; qualificação para as pessoas envolvidas direta e indiretamente ao turismo, como taxistas, moto-taxista, garçons. Sendo alguns grátis e outros pagos.

A operacionalização dos restaurantes e bares será por conta da empresa terceirizada onde terá, somente, que aceitar os critérios já mencionados. Já a apresentação de bandas locais será administrada pelo próprio centro cultural; são ao todos três palcos, sendo um principal que terá apresentação só de bandas nacionais e não funcionará todos os dias; os outros dois serão distribuídos para as bandas locais com funcionamento todos os dias. A proposta é que esses palcos possuam um a agenda variada contando com a presença de todos os ritmos piauienses.

A busca por parcerias é um item importante na medida em que facilita e desenvolver a empresa com mais precisão e qualidade. Pretende-se ter parcerias com instituições como o SEBRAE, SENAC, instituições de ensinos públicos e particulares, comércio em geral, cooperativa do pólo ceramista, enfim com empresas que trabalhem com produtos e serviços correlacionados.

A capacitação não só dá condições para o exercício de determinadas profissões como também objetiva preparar para o mundo do trabalho, oferecendo a oportunidade de uma melhor adaptação ao mercado competitivo, uma vez que a pessoa deverá estar pronta, com hábitos e atitudes condizentes às exigências desse mercado competitivo. O treinamento e capacitação de todos os funcionários será mediante parcerias com instituições como o SENAC. Deveremos ter cuidado, principalmente, no atendimento ao cliente um quesito importante no mercado atual. Logo, será um desafio nosso poder oferecer capacitação profissional de ano em ano para todos os setores.

É importante ressaltar, contudo que, o conteúdo aqui apresentado é apenas o início de um trabalho que pretende ser continuado em níveis superiores ao da graduação. Para efetiva implementação das propostas inicialmente citadas, faz-se necessário criação de plano de negócios, averiguando ameaças e oportunidades da referida proposta, bem como metas e objetivos a se atingir.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Infelizmente o turismo e o meio ambiente não tem se relacionado de uma forma respeitosa e isso representa uma posição complicada. Inúmeras situações de conflito são marcadas e, diante da sua fragilidade, cada medida ou precaução pode provocar um efeito rotineiro de difícil controle. O combate reside em encontrar o equilíbrio entre o desenvolvimento da atividade e a proteção ambiental.

A degradação dos ambientes urbanos pela poluição sonora, visual e atmosférica, a violência, os congestionamentos e as doenças provocadas pelo desgaste físico das pessoas são os elementos provocadores da fuga das cidades e da busca do ambiente natural nas viagens de férias e de fim de semana. Neste sentido, o homem da cidade agredido em seu próprio meio, passa a agredir os ambientes alheios.

Trata-se de uma prática viciosa que é preciso ser quebrada por meio de planejamento dos centros urbanos e de medidas inteligentes e rápidas que apontem para a conscientização para a preservação dos meios ambientais originando a sua conservação e perpetuação.

Pode-se observar que a prática do planejamento é uma eficaz maneira de uso dos recursos naturais e culturais para o desenvolvimento da atividade turística sem comprometê-los. Dessa forma, é de suma importância que a proposta desenvolvida nesse documento venha de encontro à teoria aqui exposta a fim de garantir uma exploração sustentável, salvaguardando os elementos de entorno do Parque Potycabana.

Transformando o espaço numa ferramenta de divulgação da cultura piauiense e, conseqüentemente, colaborando com o fortalecimento do turismo na cidade de Teresina. Acredita-se que com o Parque Potycabana o desenvolvimento turístico local pode ser agraciado pela inclusão desse espaço na identidade turística do município.

O parque temático Potycabana foi projetado por Gerson Castelo Branco às margens do rio Poty, ocupando uma área de 90 mil metros quadrados, fica localizado numa área na Av. Raul Lopes, s/n em frente ao Teresina Shopping e a 2 km de distância do centro comercial. Criado com o objetivo de proporcionar condições de lazer de várias modalidades dentro de uma área fechada, constituindo-se numa grande praça de entretenimento.

O Parque Potycabana é uma das áreas de lazer mais bem localizadas de Teresina e hoje está se deteriorando mesmo estando situado em área nobre, próximo de grandes centros urbanos e comerciais. São inúmeras as situações de abandono que podem ser comprovadas nesse local, fato percebido principalmente pelo acúmulo de lixo e restos de material de construção espalhados em toda a extensão. Entretanto, há quase um ano elas estão abandonadas.

Infelizmente, esse é o retrato físico da Potycabana tão bem recebida pela população local na sua época de inauguração. Uma imagem ruim e que ao mesmo tempo causa indignações profundas ao cidadão Teresinense, principalmente, por ser considerado um bem público, pertencente a todos os cidadãos piauienses e que, no entanto, poderia está bem representado junto à sociedade.

Diante dessa realidade, surge então à necessidade de elaboração de uma proposta para uso do parque, temática desse trabalho de conclusão de curso. O desenvolvimento da referida proposta deve estar intimamente relacionada à criação de um processo de planejamento, o qual possui, basicamente, três modelos básicos: o tático, o operacional e o estratégico.

É importante ressaltar, contudo que, o conteúdo aqui apresentado é apenas o início de um trabalho que pretende ser continuado em níveis superiores ao da graduação. Para efetiva implementação das propostas inicialmente citadas, faz-se necessária criação de plano de negócios, averiguando ameaças e oportunidades da referida proposta, bem como metas e objetivos a se atingir.

BIBLIOGRAFIA

DIAS, Reinaldo. Planejamento do turismo: política e desenvolvimento do turismo no Brasil. São Paulo: Atlas, 2003.

RUSCHMANN, Doris. Turismo e planejamento sustentável: a proteção do meio ambiente. Campinas, SP: Papirus, 1997. (Coleção Turismo).

PETROCCHI, Mário. Turismo: planejamento e gestão. São Paulo: Futura, 1998.

MURTA, Stela Maris e ALBANO, Celina. Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: Ed. UFMG; Território Brasilis, 2002.

FUNARI, Pedro Paulo e PINSKY, Jaime / organização. Turismo e patrimônio cultural. São Paulo: Contexto, 2001. (Coleção Turismo Contexto).

GASTAL, Susana / organizado. Turismo: 9 propostas para um saber – fazer. Porto Alegre: Edipucrs, 2000.

SEBRAE, 2000. Turismo cultural – Serie desenvolvendo o turismo, volume 4.

HALL, Colin Michael. Planejamento turístico: políticas, processos e relacionamentos. São Paulo: Contexto, 2001 (Coleção Turismo Contexto).

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudo do lazer: uma introdução. 2ª ed. Campinas, SP: Autores associados, 2000.

Sites

o www.bobnews.com.br/noticias/pi-abandono-da-potycabana-esta-se-deteriorando = Postado em 11/10/2007 – 11h34min

o www.arcoweb.com.br/memoria = Texto resumido a partir de reportagem de Adilson Melendez, Publicada originalmente na revista PROJETODESIGN, Edição 326 Abril de 2007.

o www.ufcg.edu.br/~cedrus/downloads/nocoes_basicas_de_planejamento.rtf = 05/12/07 14h36min.

o www.bancobrasil.com.br = Visitado em 09/12/07 as 17h00min.

o www.bnb.gov.br = Visitado em 09/12/07 às 16h50min.

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