Autoria: Ricardo Sehnem
A libido é um conceito muito trabalhado pela psicanálise que se constitui numa carga energética que tem origem na sexualidade. É importante ressaltar que a sexualidade não se localiza apenas no aparelho genital. A libido é uma energia humana que faz os indivíduos buscarem a realização de suas necessidades básicas, como a fome, por exemplo, e também as prazeirosas. Parte da libido é reprimida a partir do complexo de Édipo, parte é deslocada para outros atos humanos como estudar, fazer arte, trabalhar e outras atividades que temos ao longo de nossas vidas, e uma última parte fica disponível para o prazer sexual. A libido é a energia que move o homem a se relacionar com os objetos. Se não fosse pela libido o homem não iniciaria sua relação com o mundo. É esta energia que garante que as crianças comecem a brincar, locomoverem-se e explorar a realidade à sua volta. A capacidade de canalizar a libido para o mundo exterior é fundamental para o equilíbrio do ser humano. Problemas nesta canalização podem ocasionar falhas na socialização, como o autismo, auto-agressão, masturbação compulsiva e outros distúrbios de comportamento. Na linguagem comum, a libido pode ser entendida como “vontade” e para entender melhor este conceito podemos nos remeter a nossas expressões quotidianas: “não estou com vontade”; “sem vontade não há solução”. Estas formas de expressão sinalizam a importância da libido em todas as nossas ações. Libido é um termo que significa vontade e desejo. De um ponto de vista qualitativo, Freud definiu que a libido é irredutível a uma energia mental não especificada como propunha Jung. Para Freud a libido afirma-se sempre mais como um processo quantitativo, permitindo medir os processos e as transformações no domínio da excitação sexual.