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domingo, dezembro 22, 2024

Métodos e Técnicas de Pesquisa

Autoria: Marcos Antônio Manica

FLUXOGRAMA DA PESQUISA CIENTÍFICA

Toda pesquisa deve passar por uma fase preparatória de planejamento devendo-se estabelecer certas diretrizes de ação e fixar-se uma estratégia global. A realização deste trabalho prévio é imprescindível.
A ciência se apresenta como um processo de investigação que procura atingir conhecimentos sistematizados e seguros. Para alcançar este objetivo é necessário que se planeje o processo de investigação, isto é, traçar o curso de ação a ser seguido no processo da investigação científica.
Não é, porém, necessários que se sigam normas rígidas. A flexibilidade deve ser a característica principal neste planejamento de pesquisa, para que as estratégias previstas não bloqueiem a criatividade e a imaginação crítica do investigador.
Afirma-se que não existe método científico estabelecido previamente. Existem critérios gerais orientadores que facilitam o processo de investigação.

TIPOS DE PESQUISA

O planejamento de uma pesquisa depende tanto do problema a ser investigado, de sua natureza e situação espaço-temporal em que se encontra, quanto da natureza e nível de conhecimento do investigador. Assim pode haver um número sem fim de tipos de pesquisa.
Serão desconsideradas as diferentes classificações desses tipos para utilizar apenas uma: a que leva em conta o procedimento geral que é utilizado para investigar o problema. Com isso podemos distinguir no mínimo três tipos de pesquisa: a bibliográfica, a experimental e a descritiva.
Pesquisa Bibliográfica
Desenvolve-se tentando explicar um problema através de teorias publicadas em livros ou obras do mesmo gênero. O objetivo deste tipo de pesquisa é de conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado assunto ou problema, tornando-se um instrumento indispensável para qualquer pesquisa. Pode-se usá-la para diversos fins como, por exemplo:
– Ampliar o grau de conhecimento em uma determinada área;
– Dominar o conhecimento disponível e utilizá-lo como instrumento auxiliar para a construção e fundamentação das hipóteses;
– Descrever ou organizar o estado da arte, daquele momento, pertinente a um determinado assunto ou problema.
Pesquisa Experimental
Neste tipo de pesquisa o investigador analisa o problema, constrói suas hipóteses e trabalha manipulando os possíveis fatores, as variáveis, que se referem ao fenômeno observado. A manipulação na quantidade e qualidade das variáveis proporciona o estudo da relação entre causas e efeitos de um determinado fenômeno, podendo-se controlar e avaliar os resultados dessas relações.
Pesquisa Descritiva não Experimental
Este modelo de pesquisa estuda as relações entre duas ou mais variáveis de um dado fenômeno sem manipulá-las. A pesquisa experimental cria e produz uma situação em condições específicas para analisar a relação entre variáveis à medida que essas variáveis se manifestam espontaneamente em fatos, situações e nas condições que já existem.
A decisão de se utilizar à pesquisa experimental ou não-experimental na investigação de um problema vai depender de vários fatores: natureza do problema e de suas variáveis, fontes de informação, recursos humanos, instrumentais e financeiros disponíveis, capacidade do investigador, conseqüências éticas e outros.
Devem-se avaliar as vantagens e as limitações que apresentam um e outro tipo de pesquisa. Kerlinger (1985, p. 127) apresenta três vantagens da pesquisa experimental. A primeira é a fácil possibilidade de manipulação das variáveis isoladamente ou em conjunto; a segunda é a flexibilidade das situações experimentais que otimiza a testagem dos vários aspectos das hipóteses; a terceira é a possibilidade de replicar os experimentos ampliando e facilitando a participação da comunidade científica na sua avaliação. Como limitações, Kerlinger aponta a falta de generalidade, pois um resultado evidenciado em uma pesquisa experimental de laboratório nem sempre é o mesmo obtido em uma situação de campo onde há variáveis muitas vezes desconhecidas ou imprevisíveis que podem intervir nos resultados. Por esse motivo, os seus resultados devem permanecer restritos às condições experimentais.
Pesquisa Exploratória
Outro tipo de pesquisa que tem grande utilização, principalmente nas áreas sociais. Nela não se trabalha com a relação entre as variáveis, mas com o levantamento da presença das variáveis e de sua caracterização quantitativa ou qualitativa. Seu objetivo fundamental é o de descrever ou caracterizar a natureza das variáveis que se quer conhecer.

FLUXOGRAMA DA PESQUISA

Desde a preparação até a apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvidas diferentes etapas. Algumas delas são concomitantes; outras são interpostas. O fluxo que ora se apresenta tem apenas uma finalidade didática de exposição. Na realidade ela é extremamente flexível. Abaixo temos o exemplo de um fluxograma de pesquisa científica:
1. Etapa de Preparação e de Delimitação do problema

 Escolha do tema
 Revisão da Literatura
 Documentação
 Crítica da documentação
 Construção do referencial Teórico
 Delimitação do problema
 Construção das Hipóteses

2. Etapa de Construção do Plano

 Problema e Justificativa
 Objetivos
 Referencial Teórico
 Hipóteses, Variáveis e Definições
 Metodologia:
– Design;
– População e Amostra;
– Instrumentos;
– Plano de Coleta, Tabulação e Análise de Dados.
 Estudo Piloto, com testagem dos instrumentos, técnicas e plano de análise dos dados.

3. Etapa de Execução do Plano

 Estudo Piloto
 Treinamento dos Entrevistadores
 Coleta de Dados
 Tabulação
 Análise e Estatística
 Avaliação das Hipóteses

4. Etapa de Construção e Apresentação do Relatório

 Construção do Esquema do Relatório: Problema, referencial teórico, resultado da avaliação do teste das hipóteses e conclusões.
 Redação: Sumário, introdução, corpo do trabalho, conclusão, referências bibliográficas, bibliografia, tabelas, gráficos e anexos.
 Apresentação: Conforme as normas da ABNT.

Primeira Etapa: Preparatória
Esta fase, a preparatória, é dedicada a escolha do tema, à delimitação do problema, à revisão da literatura, construção do marco teórico e construção das hipóteses. Seu objetivo principal é a que o pesquisador defina o problema que irá investigar. È nesta etapa que se apresentam as principais dificuldades para o investigador.
A escolha do tema deve estar condicionada à existência de três fatores:
– O primeiro é que o tema responda aos interesses de quem investiga.
– O segundo é a qualificação intelectual de quem investiga. O pesquisador deve usar temas que estejam ao alcance de sua capacidade e de seu nível de conhecimento.
– O terceiro é a existência de fontes de consulta que estejam ao alcance do pesquisador. O primeiro passo para constatar sua existência é fazer um levantamento das publicações que existem sobre o tema nas bibliotecas, consultando catálogos e revistas especializadas, resenhas e comentários.
Escolher o tema é indicar a área e a questão que se quer investigar. No entanto, apenas a escolha do tema não diz ainda o que o pesquisador quer investigar. A sua meta, nesta etapa, é a de delimitar a dúvida que irá responder com a pesquisa. A delimitação do problema esclarece os limites precisos da dúvida que tem o investigador dentro do tema escolhido. A simples escolha de um tema deixa o campo da investigação muito amplo e muito vago. Há necessidade de se estabelecer os limites de abrangência do estudo a ser efetuado. Isso só é possível quando se delimita com precisão o problema, o que é conseguido com perguntas pertinentes especificando com clareza as dúvidas. Deve ser expresso em forma de enunciado interrogativo que contenha no mínimo a relação entre duas variáveis. Se não manifestar esta relação é sinal que ele ainda não está suficientemente claro para a investigação.
Para chegarmos ao enunciado devemos antes defini-lo da seguinte maneira:
a) A área ou o campo de observação;
b) As unidades de observação. Dever estar claro quem ou o quê deverá ser objeto de observação.
c) Apresentar as variáveis que serão estudadas, mostrando que aspectos ou que fatores mensuráveis serão analisados, com a respectiva função empírica.
Para que ocorra essa clareza na delimitação do problema é necessário que o investigador tenha conhecimento. Ninguém investiga o que não conhece. E a forma mais fecunda para se obter conhecimento é através da revisão da literatura pertinente ao tema investigado. O objetivo desta revisão é de aumentar o acervo de informações e do conhecimento do investigador com as contribuições teóricas já existentes. Lançar-se em uma pesquisa desconhecendo as contribuições já existentes é arriscar-se a perder tempo em busca de soluções que talvez outros já tenham encontrado, ou percorrer caminhos já trilhados com insucesso.
A revisão da literatura é feita buscando-se nas fontes primárias e na bibliografia secundária as informações relevantes que foram produzidas e que têm relação com o problema investigado. Pode-se usar como fontes livros, obras publicadas, monografias, periódicos especializados, documentos e registros existentes em institutos de pesquisa.
Durante a revisão da literatura deve-se executar o registro dessas idéias em fichas, juntamente com comentários pessoais, com o objetivo de essa documentação bibliográfica acumular e organizar idéias relevantes já produzidas na ciência.
Concluída a documentação, inicia-se a fase da avaliação e crítica. Nesse momento deve-se estabelecer o confronte entre idéias consideradas relevantes examinando a sua consistência, nível de coerência interna e externa e comparando-as entre si. O importante é notar os pontos positivos e negativos nas teorias analisadas, inter-relacionando uma com as outras não esquecendo que a crítica tem sempre em vista o problema investigado. É ela que seleciona o acervo de idéias trabalhadas para a montagem posterior do quadro de referências teóricas.
Após a crítica se iniciam a ordenação das idéias coletadas, os objetivos da investigação, as teorias relevantes que o abordam com seus pontos positivos ou negativos e as hipóteses propostas pelo autor. Esta fase é a de construção, da montagem e exposição do quadro de referência teórica que será utilizado para a delimitação e a análise do problema abordado, para a sustentação das hipóteses sugeridas e a construção das definições que traduzem os conceitos abstratos das variáveis.
Se a pesquisa for bibliográfica, constrói-se o quadro de referência teórica que sustenta as conclusões.
Se a pesquisa for experimental ou descritiva, a fase seguinte comporta a explicação de hipóteses, o estabelecimento das variáveis e suas definições empíricas.
Segunda Etapa: Elaboração do Projeto de Pesquisa
A partir da conclusão da etapa preparatória, o investigador pode iniciar a segunda etapa da investigação, preocupando-se com a elaboração do projeto que estabelece a seqüência da investigação, tendo como curso orientador o problema e o teste das hipóteses. Sem o projeto o investigador corre o risco de desviar-se do problema que quer investigar, recolhendo dados desnecessários ou deixando de obter os necessários.
O projeto de pesquisa é um plano onde aparecem explícitos os seguintes itens:
a) Tema, problema e justificativa;
b) Objetivos;
c) Quadro de referência teórica
d) Hipóteses, variáveis e respectivas definições empíricas;
e) Metodologia;
f) Descrição do estudo piloto;
g) Orçamento e cronograma;
h) Referências bibliográficas;
i) Anexos.
O projeto é um documento o máximo sintético e objetivo que apresenta os principais itens que compõem a investigação para uma pré-avaliação de sua viabilidade. Ele tem dois objetivos: o primeiro é proporcionar ao investigador o planejamento que vai executar, prevendo os passos e atividades a ser seguidos; o segundo é dar condições para uma avaliação externa feita por outros pesquisadores.
Para tanto há necessidade de que todos os itens do projeto atendam aos requisitos e exigências requeridas pela comunidade científica observando os seguintes aspectos:
– Enunciar com clareza o problema, explicitando e definindo as variáveis que estão presentes no estudo.
– A pertinência das hipóteses deve ser demonstrada pela sua adequação com o quadro de referência teórica apresentada.
– A revisão bibliográfica deve ser atualizada e englobar a análise das obras básicas relacionadas ao problema investigado.
– A viabilidade e a pertinência da metodologia proposta para a testagem das hipóteses devem ser apresentadas.
– Os tipos de análise ou de testes estatísticos também devem ser previstos. Devem-se explicar os tipos de instrumentos que serão utilizados.
– O detalhamento do orçamento, prevendo as despesas com recursos humanos e materiais e o cronograma que especifica os prazos para cada fase da investigação.
Após estar pronto o plano executa-se o estudo piloto com uma amostra que possua características semelhantes ao elemento estudado. Este estudo poderá fornecer valiosos subsídios para o aperfeiçoamento dos instrumentos de pesquisa ou para os procedimentos de coleta de dados.
Terceira Etapa: Execução do Plano
Executado o estudo piloto, se necessário, introduzem-se correções e se inicia a etapa seguinte que é a da execução do plano, com a testagem propriamente dita das hipóteses, com o experimento ou a coleta de dados. Se a pesquisa utilizar entrevistadores há necessidade de treiná-los previamente visando uniformizar os procedimentos de ação neutralizando ao máximo a interferência de fatores estranhos no resultado da pesquisa.
Executada a fase de coleta, inicia-se o processo de tabulação, com a digitação dos dados, aplicação dos testes e análise estatística e avaliação das hipóteses. A análise estatística deve servir para afirmar se as hipóteses são ou não rejeitadas. Através dela pode-se estabelecer uma apreciação com juízos de valor sobre as relações entre as variáveis.
Quarta Etapa: Construção do Relatório de Pesquisa
Esta etapa é dedicada à construção do relatório de pesquisa que serve para relatar a comunidade científica, ou ao destinatário de sua pesquisa, o resultado, procedimentos utilizados, dificuldades e limitações de sua pesquisa.

ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE PESQUISAS

A finalidade de um relatório de pesquisa é a de comunicar os processos desenvolvidos e os resultados obtidos em uma investigação. Os relatórios podem ser feitos de diversas formas: através de um artigo sintético para ser publicado em um algum periódico, através de uma monografia com objetivos acadêmicos ou na forma de uma obra para ser publicada. Além dos elementos que envolvem que envolvem uma produção textual e que seguem a orientação da lingüística aplicada, há os elementos objetivos ligados à coerência lógica, coesão textual e norma técnicas padronizadas e convenções tradicionais que devem ser respeitadas.
Há determinadas convenções padronizadas, decorrente do uso acadêmico, literário e científico, que acabaram por se transformar em normas e em modelos formais que devem ou podem ser seguidos.
Tipos de Relatório de Pesquisa Científica
Os relatórios de pesquisa são tratados na literatura específica com sentidos diversos, gerando, muitas vezes, ambigüidade de interpretações.
Há relatórios elaborados com fins acadêmicos e com fins de divulgação científica. Costuma-se incluir como “trabalho científico” diferente tipos de trabalho: resumos, resenhas, ensaios, artigos, relatórios de pesquisa, monografias, etc. O adjetivo “científico” confunde muitas vezes a cientificidade com o cumprimento das normas e padrões de sua estrutura e apresentação. Convém lembrar que cientificidade nada tem haver com normas e padrões.
O que há de comum nestes tipos de trabalho, exceto o resumo e resenha, é que todos são monográficos, devem versar sobre o problema que foi investigado e desenvolvido com atitude científica. Investiga-se um problema (mono), e não dois ou vários. Nesse sentido são todos os relatórios de pesquisa, necessariamente monográficos e científicos, com uma estrutura básica comum e algumas diferenças ao nível de profundidade da investigação, da exigência acadêmica em que são desenvolvidos, aos seus objetivos e aspectos formais tendo em vista a finalidade de sua apresentação.
Estrutura dos Relatórios de Pesquisa Científica
Um relatório de pesquisa compreende as seguintes partes:
a) Elementos pré-textuais:
• Capa;
• Folha de Rosto: contém elementos essenciais à identificação do trabalho;
• Dedicatória: opcional, serve para indicar pessoas a que se oferece o trabalho;
• Agradecimentos: serve para nomear pessoas as quais se deve gratidão, em função a algum tipo de colaboração no trabalho;
• Abstract: resumo da investigação, destacando as partes mais importantes
• Sumário: fornece a enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho;
• Lista de Tabelas, Gráficos e Quadros: quando houver deve-se lista-los.

b) Elementos Textuais:
• Introdução: seu objetivo é situar o leitor no contexto da pesquisa considerando os seguintes aspectos:
– Problema
– Objetivo
– Justificativa
– Definições
– Metodologia
– Marco Teórico
– Hipóteses
– Dificuldades ou Limitações
• Desenvolvimento: é a demonstração lógica de todo o trabalho de pesquisa;
• Conclusão: ela deve retomar o problema inicial, revendo as principais contribuições que trouxe a pesquisa e apresentar o resultado final;
• Notas: servem para o autor apresentar indicações bibliográficas, fazer observações, definições de conceito ou complementações ao texto;
• Citações: são menções, através de transcrição ou paráfrase, das informações retiradas de outras fontes;
• Fontes Bibliográficas: é o conjunto de elementos que permitem a identificação das fontes citadas no texto.

c) Elementos Pós-textuais:
• Apêndice: utilizado para colocar textos ou informações complementares elaborados pelo autor;
• Anexo: documento não elaborado pelo autor, acrescentado para provar, ilustrar ou fundamentar o texto.

ARTIGO CIENTÍFICO: ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO

O artigo é uma apresentação sintética. Em forma de relatório escrito, dos resultados de investigações ou estudos realizados a respeito de uma questão. Seu objetivo é o de ser um meio rápido de divulgar o referencial teórico, a metodologia, os resultados alcançados e as principais dificuldades encontradas no processo de investigação ou análise de uma questão.
O artigo tem a seguinte estrutura:
• Identificação: Título do trabalho, autor e qualificação do autor;
• Abstract: Resumo;
• Palavras-chave: Termos que indicam o conteúdo do artigo;
• Artigo: Deve conter introdução, desenvolvimento e demonstração dos resultados, conclusão;
• Referências Bibliográficas;
• Anexos ou Apêndices: Quando necessário;
• Data do Artigo.

APRESENTAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE PESQUISA E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A finalidade de um relatório de pesquisa é comunicar os resultados obtidos na investigação. A sua apresentação formal obedecem as normas técnicas padronizadas e a determinados formalismos a serem seguidos conforme relacionado abaixo.
Distribuição do Texto na Folha
• Paginação: As páginas devem ser numeradas com números arábicos no canto superior direito da folha, iniciando-se a contagem na folha de rosto;
• Papel, margens e espacejamento: Deve-se usar papel A4 tamanho. Na distribuição do texto, para páginas capitulares, deixa-se 8 cm de margem superior entre o texto e a borda e nas demais 3cm. A margem esquerda deve ser de 3,5 cm e a direita e inferior 2,5 cm.
• Citações: Podem ser em forma de transcrição, ou de paráfrase.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: NORMAS DE APRESENTAÇÃO

Definições e Localização
São um conjunto de elementos que permitem a identificação de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de material, utilizados como fonte de consulta e citados nos trabalhos elaborados os quais devem seguir as normas da NBR 6023 da ABNT.
Uma referência bibliográfica tem elementos essenciais e complementares. Os essenciais são os indispensáveis para a identificação das fontes de citações de um trabalho; os complementares são os opcionais que podem ser acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publicações referenciadas.
As referências bibliográficas podem aparecer em diversos em diferentes locais do texto, em notas de rodapé ou de fim de texto, lista bibliográfica sinalética ou analítica e encabeçando resumos ou recensões.
Ordem dos Elementos
Os elementos essenciais e complementares devem seguir a seguinte ordem:
a) Autor da publicação;
b) Título do trabalho;
c) Indicações de responsabilidade;
d) Número de edição;
e) Imprenta (Local da edição, editor e ano da publicação);
f) Descrição física, ilustração e dimensão;
g) Série ou coleção;
h) Notas especiais;
i) ISBN.

NORMAS COMPLEMETARES E GERAIS DE APRESENTAÇÃO

A seguir estão às regras e normas gerais que complementam a apresentação, normatizadas pela NBR 60-23.
Pontuação
Deve-se usar uma forma consistente de pontuação para todas as referências incluídas numa lista de publicação. Os vários elementos da referência bibliográfica devem ser separados entre si por uma pontuação uniforme.
Emprega-se vírgula entre o sobrenome e o nome do autor (pessoa física) quando invertido.
Ligam-se por hífen as páginas inicial e final da parte referenciada, bem como as datas limites de determinado período da publicação.
Ligam-se por barra transversal os elementos do período coberto pelo fascículo referenciado.
Indicam-se entre colchetes os elementos que não figuram na obra referenciada.
Empregam-se reticências nos casos em que se faz supressão de parte do título.
Tipos e Corpos
Deve-se usar uma forma consistente de destaque tipográfico para todas as referências incluídas numa lista ou publicação.
Autor
Indicam-se ou autor físico geralmente com a entrada pelo último sobrenome e seguido do prenome. Em caso de exceção, consultar as fontes adequadas.
Quando a obra tem até três autores, mencionam-se todos na entrada, na ordem em que aparecem na publicação. Se há mais de três, após os três primeiros segue-se a expressão et alii.
Obras constituídas de vários trabalhos ou contribuições de vários autores entram pelo responsável intelectual.
Em caso de autoria desconhecida, entra-se pelo título, não usando a expressão “anônimo”.
Obra publicada sob pseudônimo, este deve ser adotado na referência. Quando o verdadeiro nome for conhecido, é indicado entre colchetes, depois do pseudônimo.
As obras de responsabilidade de entidade coletivas têm geralmente entrada pelo título, com exceção de anais do congresso e trabalhos administrativos, legal, etc.
Título
O título é reproduzido tal como figura na obra ou trabalho referenciado, transliterado, se necessário.
Edição
Indica-se a edição em algarismos arábicos, seguidos de ponto e abreviatura da palavra edição no idioma da publicação.
Imprenta
Indica-se o local (cidade) da publicação, nome do editor e a data da publicação da obra.
Descrição Física
Aqui se define o número de páginas ou volumes, material especial, ilustrações, dimensões, séries e coleções.
Notas Especiais
São informações complementares que podem ser acrescentadas ao final da referência bibliográfica.

COMO CLASSIFICAR PESQUISAS

As pesquisas podem ser classificadas em três grandes grupos: exploratórias, descritivas e explicativas.
1 – Pesquisas Exploratórias
Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Na maioria dos casos essas pesquisas envolvem: levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas relacionadas a pesquisa e análise de exemplos.
2 – Pesquisas Descritivas
Tem como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou a relação entre determinadas variáveis.
3 – Pesquisas Explicativas
Tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É a que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois explica a razão, o porquê das coisas.

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