Nódulos da tiróide são “caroços” que aparecem frequentemente no interior da glândula. Pelo menos uma em cada 15 mulheres e um em cada 60 homens em Portugal, tem um nódulo da tiróide que pode ser sentido ou como o seu médico diz pode ser palpado.
Os nódulos da tiróide são grupos de células que crescem anormalmente no interior da tiróide. Eles podem também ser quistos que são cavidades cheias de líquido ou então inchaços provocados por inflamação da tiróide.
A maior parte dos nódulos da tiróide não são cancro e muito poucos interferem com a saúde de quem os tem.
No entanto, há três pontos que devem ser esclarecidos sempre que uma pessoa tem nódulos na tiróide.
Será que o meu nódulo é cancro?
Será que o nódulo é tão grande que está a empurrar outro órgão do pescoço?
Será que a minha tiróide está a fabricar hormonas a mais ou a menos?
Sintomas
A maioria dos nódulos não provocam quaisquer queixas. São habitualmente detectados por acaso pelos doentes, pelo médico ou durante uma ecografia feita por outras razões.
Em casos raros, os nódulos podem provocar dor na parte da frente do pescoço que parece vir da mandíbula ou da orelha. Se se trata de um nódulo grande pode provocar alguma impressão com o engolir de comida sólida ou líquida. Mais raramente ainda os nódulos podem provocar tosse ou mesmo falta de ar se apertam a traqueia. Estas queixas podem ser provocadas por nódulos malignos ou benignos.
Quando um nódulo da tiróide é detectado, deve ser estudado por um médico que saiba os problemas que podem provocar. Os endocrinologistas são médicos especializados no tratamento de doentes com alterações das glândulas endócrinas.
Estudo e exames a fazer
Palpando o seu pescoço, o seu médico vai determinar a localização, tamanho e consistência do nódulo. É importante saber se se trata de um só nódulo ou de vários, dado que quando é mais de um é habitualmente uma situação benigna chamada bócio multinodular.
Quase sempre irá fazer uma ecografia que vai permitir ao seu médico saber se há apenas um nódulo ou se são vários, se são sólidos ou líquidos (quistos) se o resto da glândula está maior que o habitual e se as células aparentam estar a funcionar normalmente. Poderá também ter de fazer colheita de sangue para saber o nível das suas hormonas tiroideias, ou seja se a sua tiróide está a trabalhar regularmente ou não.
Conforme o parecer do médico poderá necessitar de fazer uma citologia aspirativa. Este exame, também chamado biópsia, não provoca dor significativa. As células aspiradas são estudadas ao microscópio por um especialista e é então possível sabermos se se trata de um nódulo benigno, maligno ou se é um nódulo que terá de ser operado para haver certeza que é benigno. Ocasionalmente, se se trata de um quisto, é possível aspirar o líquido do seu interior.
Há outros exames que mais raramente poderão ser feitos para melhor esclarecer a sua situação tais como cintigrafia ou cintilografia, medição dos anticorpos contra a tiróide no sangue e outros.
Tratamento
O tratamento irá depender do resultado dos exames.
Mais frequentemente, se o nódulo não é cancro e não é muito grande ser-lhe-á proposto um tratamento médico. Este tratamento consiste num medicamento que irá tentar reduzir as dimensões do nódulo. Embora uma grande parte destes nódulos não mingúem o risco de crescerem ao ponto de precisarem de cirurgia, é reduzido.
Há outros tipos de tratamento que lhe poderão ser propostos tais como iodo radioactivo se a sua tiróide está a trabalhar de mais ou em risco de isso acontecer. Poderá também ser-lhe falado da necessidade de cirurgia ou porque os nódulos são muito grandes provocando compressão noutros órgãos ou porque a citologia não deu a certeza absoluta de se tratar de uma situação benigna.