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domingo, dezembro 22, 2024

O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL E NO MUNDO

A prática do empreendedorismo vem se consolidando no mercado a partir da abertura da economia para os mercados externos. Com a entrada dos produtos importados, o Brasil nem sempre conseguia competir com os mesmos porque na maioria das vezes, não conseguia atingir a mesma tecnologia empregada nos produtos estrangeiros, o que gerou a necessidade das empresas se modernizarem para se tornarem mais competitivas no mercado.

As principais características do empreendedorismo são a inovação, mudança, criatividade e risco, ou seja, um empreendedor deve ter uma visão geral do seu negócio a fim de saber agir de forma eficaz diante de diversos cenários e tendências internacionais e mudanças em prol do sucesso do seu negócio e adaptação de forma ética e cidadã ao novo mercado, criando empregos e evitando armadilhas no mercado em que se incide.

Agir de forma competente na criação e realização de novos métodos produtivos, novos mercados e formatos da organização, são práticas mais do que necessárias para um empreendedor de sucesso que sabe o que faz no mundo capitalista.

No artigo “Comportamento do Empreendedor”, Robert Menezes diz que “ser empreendedor é preparar-se emocionalmente para o cultivo de atitudes positivas no planejamento da vida. É buscar o equilíbrio nas realizações considerando as possibilidades de erros como um processo de aprendizado e melhoramento. Ser empreendedor é criar ambientes mentais criativos, transformando sonhos em riqueza.”

Segundo o GEM, uma pesquisa realizada pela London Business School e Babson College dos Estados Unidos, o Brasil apresenta uma das maiores taxas de empreendedores iniciais e está na 7ª posição no ranking dos participantes. Vale ressaltar que participam desta pesquisa tanto os países considerados de renda per capita alta quanto os de média e ambos estão criando novos negócios.

O Brasil apresenta essa colocação no ranking não porque aqui se apresentam muitas oportunidades para se empreender, mas porque a necessidade de se atualizar e modernizar, sem falar na grande dificuldade encontrada no país para se conseguir trabalho, o que leva às pessoas a buscarem novas alternativas em função do medo que possuem de ficarem desempregadas.

Atividades diretamente relacionadas ao consumidor fi­nal são mais encontradas nos países de renda média, enquanto nos países de renda mais alta os negócios estão mais voltados para clientes que se apresentam como empresas. O segmento de alimentação como o de maior interes­se dos empreendedores brasileiros. Ressalta-se também o crescimento, aqui no Brasil, da atividade de artesa­nato e da venda por catálogos.

A partir de 2005, no Brasil, apontou para o empreende­dorismo feminino uma quase igualdade com o gêne­ro masculino, principalmente no estágio de negócio considerado inicial, em que para cada homem existe uma mulher. Este fato coloca o Brasil na 2ª posição, o que é diferente do cenário encontrado no país 4 anos antes dessa pesquisa, quando as atividades empreendedoras que se encontravam no país eram predominantemente praticadas por homens.

Os brasileiros em geral atuam em segmentos já consolidados e de alta concorrência e a baixa permanência dos negócios e as dificuldades em se prosperar são explicadas pelo baixo nível de inovação e até mesmo pelo sistema econômico-financeiro, que apresenta juros muito altos e muita burocracia. O Brasil é um dos países mais bu­rocráticos do mundo em relação à rigidez da legislação trabalhista, à dificuldade para abertura e fechamento de negócios e alto custo na demissão de funcioná­rios.

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