Autoria: Pedro Henrique
O livro nos faz pensar sobre um assunto que é extremamente complicado de se discutir no atual modelo de sociedade, ate onde fazer sacrificios pelo dinheiro vale a pena. E mais, será que ele é tao importante assim ou nós o estamos valorizando demais.
E principalmente, se o sucesso profissional traz felicidade.
Ele diz que quando as pessoas descobrem a beleza que carregam na alma, logo
se dão conta das infinitas possibilidades de transformação que podem realizar em suas vidas.
Ao olhar para dentro de si e descobrir sua força, deixam de viver como escravas e imediatamente assumem sua grandeza, abrindo a porta da gaiola onde vivem e voando por todo o universo.
O mais importante de tudo é poder ter a sensação de que viver vale a pena. Viver a plenitude da experiência de brincar com uma criança ou saborear uma fruta. Apreciar o contato dos pés descalços com um gramado ou com a areia da praia. Perceber o vento batendo no rosto ou a água da chuva escorrendo pelos cabelos. Sentir a alegria de um pescador voltando para casa com o alimento para sua família.
O verdadeiro sucesso é satisfazer sua ânsia de felicidade. E isso você só consegue quando se relaciona com sinceridade com as pessoas que ama, quando é amigo de seus filhos e, principalmente, quando consegue ser amigo de si próprio. Isso implica compreender seus erros, ser seu cúmplice para enfrentar os desafios, motivar-se para superar novos obstáculos e, principalmente, desfrutar ao máximo a sensação de felicidade, sem culpa nem medo. Ser feliz é o mais compensador de todos os sucessos.
Como as ondas do mar, a vida é dinâmica. É tão certa a subida quanto a descida. Cada momento tem a sua beleza. No prazer nós nos expandimos e na dor nos contraímos. Um movimento é complementar ao outro.
Apreciar a alegria e a dor constitui a base da felicidade. Você não pode ser feliz somente quando tem prazer, pois perderá o maior aprendizado da existência. Você deve descobrir um jeito de ser feliz na experiência dolorida porque ela carrega a oportunidade de desenvolvimento. A felicidade é um jeito de viver, é uma conduta, uma maneira de estar agradecido ao sol, à lua, a quem lhe estende a mão e também a
quem o abandona, pois certamente nesse abandono está a possibilidade de você descobrir a força que existe em seu interior.
A diferença entre o sábio e o ignorante é que o primeiro sabe aproveitar sua dificuldades para evoluir, enquanto o segundo se sente vítima de seus problemas.
Se uma pessoa passar a vida toda evitando sofrimento, também acabará evitando o prazer que a vida oferece. Há milhares de tesouros guardados em lugares onde precisamos ir para descobrí-los. Há tesouros guardados numa praia deserta, numa noite estrelada, numa viagem inesperada, num salto de asa-delta… O importante é ir ao encontro deles, ainda que isso exija uma boa dose de coragem e despredimento.
As mudanças nunca ocorrem amanhã, mas sempre hoje, no presente. Não acontecem quando alguma coisa no mundo, ou nas pessoas que o cercam, se
modifica, mas quando algo muda dentro de você. É o momento em
que a consciência domina o vício.
Todos carregamos dentro de nós uma boa dose de loucura, que
passamos a vida inteira procurando esconder. Porém, como um vulcão, um dia ela
explodirá. Viver sempre certinho; é como sentar-se sobre um vulcão, que permanece inativo por muito tempo, mas que, de repente, pode
entrar em erupção. Negar as próprias aspirações é um desperdício de energia que faz
falta para as suas realizações. Não se libere apenas no Carnaval ou no estádio de futebol. Permita-se fazer suas loucuras todos os dias, até que ser você mesmo faça parte do seu dia-a-dia.
A infelicidade é uma forma de olhar o mundo pelo lado contrário. Em vez de você tirar proveito do momento atual, lamenta-se do que poderia ter acontecido. Infelicidade também é viver para impressionar os outros. Nós nascemos com um potencial infinito de realização. Porém, à medida que vamos sendo educados, durante a infância e a adolescência, perdemos a rota original de nossa própria existência. Deixamos de
fazer aquilo que nos realiza e passamos a agir em função dos outros: pais, professores, e depois, toda a sociedade.
Nosso objetivo de vida nos é imposto e passamos a condicionar nosso sucesso ao aplauso das pessoas que nos cercam. Para continuar merecendo essa aprovação, progressivamente abandonamos nossas vocações e passamos a realizar os desejos alheios. Mas não se consegue ser feliz valorizando mais a opinião dos outros do que seus próprios sentimentos. Alguns se sentem infelizes, mas raciocinam: Se os outros estão aplaudindo é porque estou no caminho certo. E avançam nas suas frustrações.
Você é mais importante do que qualquer julgamento alheio. Portanto, para ser feliz, viva para surpreender a si próprio, e não aos outros. A maioria das pessoas passa pelas oportunidades sem lhes dar atenção. Muitas se arrependem de não ter se dedicado ao grande amor de suas vidas; outras, por ter jogado fora oportunidades profissionais.
Precisamos entender que as oportunidades são poucas e que não podemos
desperdiçá-las; por isso, não podemos perder muito tempo com nossas escolhas. Muitas vezes, a questão resume-se em pegar ou largar, e para isso devemos estar preparados. A velocidade para descobrir a importância das coisas pelas quais devemos lutar é fundamental. Há quem sacrifique a vida para conseguir status e poder. No desejo de conquistar títulos e riqueza, sufocam-se os sonhos do coração. É uma grande ilusão. Outros muitos habituam-se a colecionar virtudes para conquistar a simpatia alheia. Em vez de ser eles mesmos, passam a ser como Cristo, como Moisés,
como Buda, sem perceber que nenhum recomendou que fôssemos iguais a eles, mas que simplesmente fôssemos inteiramente nós mesmos.
A felicidade é feita de pequenas pérolas que você cultiva a cada dia, cada hora. Portanto, desenvolva hábitos que criem mais alegria em sua vida. Mas não confunda: colecionar quinquilharias que não levam a nada é completamente diferente de colecionar boas recordações, momentos de intimidade, superações de desafios, aproximação de amigos, o que ajuda a encontrar a felicidade.
Você deve aprender a estar com você. Isso significa cuidar de seus sentimentos, de seus sonhos. Estar sempre atento ao que passa dentro de você. Criar o hábito de observar-se. Não ser como o cachorro que corre atrás do pedaço de pau que o dono joga. Quando você concorda com a correria da vida, com a angústia que ela proporciona, deixa de estar com você. A forma de evitar que isso aconteça é permancecer centrado no processo interno. Aprender a ser afável, generoso, cuidar das feridas, dos sonhos, ser compreensivo com os erros, com as fraquezas, com os
tropeços. Até Cristo pediu para o Pai afastar o cálice. A fé é o que nos mantém em pé, mesmo quando estamos doentes, em um leito, ou perdidos numa tempestade de problemas. Enquanto você acreditar, o medo não vai se instalar. Acreditar em quê? , você pode estar perguntando. E a resposta é acreditar em tudo: na vida, em Deus, no amor, nas pessoas e, principalmente, em si mesmo.
O medo será seu companheiro até você aprender a olhar para ele com objetividade e descobrir que não passa de criação de suas fantasias. É também o que os orientais chamam de tigre de papel: quando se olha na escuridão parece um monstro, mas, à luz do dia, percebe-se que é feito de papel, sem nenhum poder de destruição.
Viver oferece riscos. De uma hora para outra podemos nos apaixonar, e a pessoa amada ir embora. Criar os filhos, e eles partirem. Construir uma empresa, e ela falir.
Para viver intensamente é necessário conviver com os riscos. O alto-astral é uma das pontes mais importantes para a felicidade. O alto-astral se refere à nossa capacidade de brincar e transcender a cada acontecimento. Quando as coisas dão errado para um pessimista, ele logo se culpa, ainda que o erro não tenha sido seu. O otimista, ao contrário, reage com tranqüilidade e pensa: Bem, todo mundo tem seu dia
de azar. Em seguida, procura uma solução para livrar-se logo do problema. Diante de uma dificuldade, o pessimista acha que ela nunca será superada e que aparecerão muitas outras, enquanto o otimista tem a capacidade de analisar qualquer tipo de questão, organizá-la e solucioná-la rapidamente.
Comece a cultivar o alto-astral dentro de você, a brincar com os revezes da vida, a enfrentar com bom humor até as situações mais complicadas. Abandone a sua seriedade, viva solto, aja com leveza. Divirta-se consigo mesmo, com suas dificuldades, com seus deslizes. Você perceberá que a vida fica mais fácil.
O alto-astral é uma forma de ver a vida. Portanto, é diferente do prazer. Quando falamos de prazer, inevitavelmente pensamos em sexo, comida, lazer. O alto-astral é
bem mais do que isso. É um gesto de generosidade com a vida, com os erros, com as dificuldades. A seriedade leva ao julgamento; o alto-astral, à compreensão. Uma boa maneira de saber como anda seu alto-astral é observar se está julgando os outros. Quando alguém está feliz não perde tempo nem energia com isso.
O alto-astral tem origem na bondade, que, por sua vez, começa no amor. O amor cria a verdadeira alegria de viver. O amor é uma energia dirigida à vida. Quando alguém está apaixonado, sua aura ilumina-se, sua criatividade atinge o auge e,
principalmente, a sensação de estar vivo toma conta de seu coração. O amor nasce da
generosidade da alma, da nobreza de caráter. O amor desperta o desejo de crescer juntos, fornece coragem para superar os bloqueios internos e, principalmente, para
mergulhar na vida. Amor não é posse, ao contrário, é libertação. Quando alguém ama
permite com seu amor que a outra pessoa adquira mais autonomia.
Ame todas as pessoas e brinque com elas, especialmente com você
mesmo.
É importante também tirar o medo da sua vida. Muitos adultos infelizes foram crianças castigadas sem explicações, o que as tornou extremamente confusas. Certo dia, por exemplo, brincando com uma bola, provocaram risos e foram elogiadas. No dia seguinte, ao repetir a brincadeira, apanharam. Ninguém explicou a elas a diferença entre, na primeira vez, brincar com a bola no quintal e, na segunda, na sala de estar, entre os vasos chineses da mãe. Quando a criança não compreende a lógica dos castigos, passa a sentir medo de ser punida e começa a acreditar que a vida é mesmo ingrata. Pessoas assim não percebem que existe uma lógica para as coisas acontecerem. Por ter sempre vivido sob tensões, até a visão do divino fica prejudicada, e elas começam a ver Deus como um ser muito punitivo, que castiga tanto quanto a mãe ou o pai faziam. Por sua vez, a infelicidade por falta de força é a infelicidade mais dolorida que existe e que lentamente despedaça o coração. Quando a pessoa olha para a sua vida, percebe que realizou muito pouco do seu potencial. Olha para o passado e vê as oportunidades que perdeu. Nas noites solitárias lembra-se dos amores desperdiçados. É uma dor silenciosa que ela tem de carregar em seu exílio dentro de casa.
Tenha em mente que sucesso sem luta é impossível. Sucesso é consequência de esforço, dedicação, planejamento. Os milagres existem, mas são construídos. As mágicas são simplesmente ilusões. Não existe magia na escalada do sucesso. Muitas vezes, a base do sucesso é o trabalho de bastidores. A luta não é decidida no tatame, mas na sua maneira de ir ao combate. Quando você se levanta da cama para ir ao tatame, já decidiu o resultado da luta. O pior adversário está dentro de você. Quando você decide realizar uma meta, proiba-se de dizer a palavra : será . Acredite sempre, aconteça o que acontecer, e lute pelos seus sonhos.
Também é importante temos um carinho especial pela criança que existe dentro de cada um de nós. Costumamos nos esquecer dessa criança durante os anos em que vivemos lutando para conquistar nossos objetivos. Mas, para estar em paz, é importante fazer as pazes com essa criança e cultivá-la todos os dias, para que ela se sinta amada, protegida e cuidada. Quando não cuidamos bem dessa criança forma-se um vazio dentro de nós. Parece que sempre está faltando algo. Por isso, em meio a tantas riquezas, uma pessoa se sente pobre e, no meio de muito amor, sente-se mal amada. A criança interior continua pedindo sua atenção. A primeira atitude que as pessoas tomam quando crescem é abandonar sua criança interior. Escondem-na no sótão para que ninguém as vjea. Mas essa criança continua pedindo afeto, de uma maneira disfarçada.
Por fim, para realizar seus sonhos, você precisa dos quatro D: determinação,
dedicação, disciplina e desprendimento
Determinação é aquela força interior capaz de levar alguém a afirmar com convicção:
Este é o meu sonho. Não morro sem realizá-lo, nem que demore vinte, trinta anos.
Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um objetivo.
Disciplina é a capacidade de seguir um método. Quando se fala em disciplina, a primeira coisa que vem à mente é o conceito de rigidez. Mas a disciplina, na verdade, está associada à palavra discípulo, que é aquele que tem capacidade de aprender com um mestre, segundo seu método. Ter método é fundamental para chegar ao topo da montanha! Se você quiser extrair água de um poço, não pode furar um buraco a cada dia. Precisa avançar em um único poço até atingir o ponto onde está a água.
Desprendimento é a capacidade de abandonar o que não está funcionando para aprender o novo. É desapegar-se de certa maneira de fazer algo para conseguir um resultado melhor.
O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos.
O melhor momento para ser feliz é agora!