OS DESAFIOS DA ARMAZENAGEM
Sociedade Educacional do Vale do Itajaí – Mirim – ASSEVIM
Faculdade do Vale do Itajaí – Mirim – FAVIM
RESUMO
À medida que a tecnologia aumenta, a maneira de administrar os estoques de uma empresa se transforma junto com ela, pois agora a facilidade em manter um estoque organizado e ter a precisão dos produtos que nele estão trazem vantagens como: manter estoques baixos, atender a demanda sem custo adicional, manter contatos e parcerias diretas com os fornecedores, trazer respostas cada vez mais rápidas aos clientes, alem da certeza da acuracidade do estoque físico com o sistemático grande vilão dos centros de distribuição da atualidade.
Palavra-chave: Agilidade. Tecnologia. Vantagens.
1 INTRODUÇÃO
Buscar novas formas de atender bem ao que se propõe e compromete-se é importante, para que os profissionais da área logística e demais, de uma empresa busque o aprimoramento de suas técnicas. Inovar é acreditar que as mudanças podem dar certo, dar máxima atenção para o que o seu cliente quer e espera é o grande passo para o sucesso.
Segundo Montenegro (1998, p. 09), “Alternativamente, surgem aqueles que, atentos às mudanças do cenário, percebem o alcance da nova tecnologia e passam a incorporá-las aos seus negócios”.
As mudanças tecnológicas estão para ajudar, simplificar e facilitar o cotidiano de uma empresa ou ate mesmo dos que visam atender de forma mais rápida e eficiente seus clientes garantindo aos mesmos a qualidade de serviço prestado e por conseqüência fidelizando e conquistando os clientes que procuram por eficácia nos serviços que contratam.
2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Sistema de informação na cadeia de suprimento é dividido em quatro níveis de funcionalidade. O primeiro é um sistema de transações que apresenta uma base para coletar os pedidos eletronicamente, começa sua seleção e embarque e concluir as transações apropriadas. O segundo é sistema de controle gerencial esse armazena o desempenho operacional e funcional das empresas, apresentando um relatório gerencial adequado. Os sistemas de analise de decisão dão apoio à gestão na identificação e avaliação de alternativas logística e por ultimo o sistema de planejamento estratégico que oferecem uma visão sobre mudanças estratégicas, como fusões, aquisição e ações competitivas. Bowersox (2006) afirma que todos esses sistemas estão se tornando decisivos para uma gestão de alto desempenho na cadeia de suprimentos.
O sistema de informação (SI), é de grande importância nas empresas de hoje, é por meio dele que administradores conseguem ter acesso com facilidade e rapidez às informações de sua empresa. Essas informações são fundamentais para as empresa e muitas vezes são usadas nas tomadas de decisões. Segundo Bowersox (2006, p. 168), “os sistemas de informação de cadeia de suprimentos dão inicio a atividades e acompanham a informação referente aos processos, facilitando o compartilhamento de informações tanto dentro da empresa como entre os parceiros da cadeia de suprimentos.”
O sistema de informação é adquirido de acordo com as necessidades das empresas, o acesso e a capacidade cada vez maior desse sistema de informação aumentam a precisão e disponibilidade na cadeia de suprimentos.
3 ELETRONIC DATA INTERCHANGE (EDI)
Segundo Coronado (2009, p.41), “a cadeia de suprimentos de pende cada vez mais da agilidade dos parceiros na troca de dados em busca de eficácia na satisfação do consumidor final, em ter o produto na hora certa, no momento certo, com qualidade e ao menor custo possível.”. Hoje temos as ferramentas nas mãos, porem as mesmas só nos auxiliam na tomada das decisões.
O EDI trata-se de uma troca de informações eletronicamente entre uma empresa e seus parceiros que facilita na entrega e no pedido de mercadorias, pois sendo automática a entrada da mercadoria na loja, assim que esta sai, um novo pedido é feito automaticamente.
A grande oportunidade da empresa que assume este método é ter a garantia de que seu pedido vai ser gerado no mesmo instante que a mercadoria sair, ou seja, produto procurado no lugar certo e na hora certa.
Levando em consideração que o EDI auxilia no atendimento a demanda do mercado, redução de custos administrativos, redução no nível de estoque, redução de saldos, redução de itens faltantes, aumento de vendas, redução de devoluções, fortalecimento de parcerias, diminuição de digitação e conferências, agilidade do recebimento de mercadorias trás a oportunidade de conquista de clientes diante de soluções rápidas com essa ferramenta.
4 ACURACIDADE NO ESTOQUES
Todos os produtos adquiridos em qualquer empresa não são imediatamente postos a venda ou utilizados para a fabricação, acabam por passar um período estocado, até a sua utilização esse período é precioso para que a mercadoria não se estrague ou desapareça.
Para que isso seja evitado é importante a acuracidade do estoque, ter a certeza das mercadorias em casa.
Quando se tem um estoque definido corretamente no sistema e condizente com o físico, fica muito mais fácil atender aos clientes e a demanda da empresa.
Segundo Novais (2004, p. 64), “o bom gerenciamento da cadeia logística retira tempos e custos supérfluos ao longo do ciclo do pedido”
5 O PAPEL DO JUST IN TIME NA ARMAZENAGEM
Controlar o fluxo de estoque é um dos principais focos na gestão da cadeia de suprimentos. Decidir quanto, quando e como movimentar os produtos e, também onde comprá-los é uma preocupação constante para o comprador.
O Just in Time é visto como um dos mais importantes sistemas na solução de problemas para a gestão dos estoques e armazenamento.
Segundo Osmar Conorado (2009, p. 104):
“A entrega Just in Time (JIT) é uma atividade que procura eliminar completamente os “gargalos” do setor. No contexto do sistema de estoque, ocorrem perdas sempre que recursos como mão-de-obra, materiais, dinheiro, espaço, tempo e informação são usados de maneira ineficiente.”
È certo dizer que o Just in time é uma filosofia operacional que representa alternativa ao uso de estoques para que se possa cumprir a meta de disponibilizar os produtos certos, no lugar certo e no tempo certo.
As empresas podem colocar esse processo em prática quando se tem uma boa parceria com seus fornecedores. De acordo com Ballou (2004, p. 345):
Dos fornecedores, poucos, porém escolhidos, espera-se que procedam com pouca ou nenhuma variância em matéria de entregas no prazo certo. O efeito global do planejamento de acordo com uma filosofia Just in time é a criação de fluxos de produtos que são cuidadosamente sincronizados com as respectivas demandas. Embora seja grande a probabilidade de que se precise trabalhar bem mais na gestão do canal de suprimentos sob uma filosofia JIT do que sob uma filosofia de fornecimento a partir de estoques, seu benefício é operar o canal com o mínimo estoque possível e as economias e/ou melhorias nos serviços disso resultantes.
Portanto essa relação privilegiada com poucos fornecedores beneficia ao compartilhamento de informações com o comprador e vice e versa. Eliminando as incertezas sempre que possível e atingindo uma meta de alta qualidade para o nível da organização.
6 APROVEITAMENTO DO ESPAÇO
Se a demanda dos produtos de cada empresa fosse conhecida com certa precisão e os produtos pudessem ser fornecidos a tempo para suprir essa demanda, teoricamente não haveria necessidade de estocagem. Infelizmente isso quase não é possível, é inevitável a necessidade de estocagem e o manuseio de materiais para se chegar perto da coordenação perfeita entre oferta e demanda. Conforme relata Ballou (2004, p. 374):
¨Por estes meios, a empresa evita amplas flutuações nos níveis de produção resultantes das incertezas e variações nos padrões de demanda. Além disso, os estoques acumulados podem se traduzir em redução dos custos dos transportes pela movimentação de quantidades maiores, mais econômicas. O objetivo é utilizar o espaço certo de estocagem para que se possa concretizar um equilíbrio eficiente e econômico entre os custos de armazenamento, produção e transporte. ¨
Com isso pode se disser que o espaço de estocagem é importante para obter a garantia na qualidade das mercadorias depositadas em determinado local. Uma organização pode se basear nas seguintes características para um uso adequado de estocagem: reduzir os custos de transporte e produção; coordenar oferta e demanda; assessorar no processo de produção e colaborar no processo de comercialização.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se com este trabalho a importância de manter parcerias com seus fornecedores alem de investir em tecnologias como o EDI, em processos eletrônicos de leituras de dados que permitem uma maior segurança de estoque, na própria logística integrada que atua em parcerias com clientes, buscando informações para atendê-lo de forma eficaz, com os fornecedores grandes responsáveis pelo atendimento certo de uma empresa.
Na necessidade de fazer com que as informações circulem e sejam repassadas corretamente para os interessados nas mesmas, que não fiquem paradas em um setor apenas, mas que sejam compartilhadas para que futuros erros não venham a acontecer.
As oportunidades que aparecem com um sistema eficaz ,quando o operador logístico esta ciente do processo que realiza, e procura atender corretamente o que busca o cliente final, o maior responsável pela busca de tecnologias e aprimoramentos de uma empresa.
REFERÊNCIA
CORONADO, Osmar. Logística Integrada. São Paulo: Atlas, 2009.
BOWERSOX, Donald J. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006.
NOVAIS, Galvão Antonio. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. 2. ed. São Paulo: Campus, 2004.
MONTENEGRO, Eraldo de Freitas. Gestão Estratégica: a arte de vencer desafios. São Paulo: Makron Books, 1998.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.