Autor: Prof. Luiz Antônio Domingues Filho
Quando um cliente faz a opção em contratar um personal trainer deve tomar certos cuidados para que não se arrependa mais tarde.
A figura do personal trainer tem se popularizado nos últimos anos. Hoje em dia é possível contratar profissionais de alto nível por preços acessíveis. Inicialmente eram contratados por atletas, celebridades ou executivos que não podiam perder tempo freqüentando academias e, ainda, zelavam pela privacidade total. Por isso, antes de contratar o seu personal trainer, certifique-se de que ele tem formação universitária em educação física, cursos de especialização e verifique suas referências. O Procom recomenda colher informações no Conselho Federal de Educação Física (CONFEF/CREF), na Associação Brasileira de Personal Trainer (ABPT), revistas especializadas, academias conceituadas e clínicas médicas.
Guilherme Coelho de Almeida, seu irmão e advogado concordam: “se houver algum problema de saúde decorrente de exercícios mal direcionados, com o contrato ele prova a relação de consumo e o professor pode ser responsabilizado, indenizando o cliente pelo mal causado”. Quando do pagamento, é importante também fazer um recibo, assinado pelo personal trainer. Nas papelarias há formulários já prontos.
Como muitos profissionais funcionam só com contrato verbal, o Procom recomenda que sejam guardados folhetos com informações ou material de divulgação para, havendo algum problema, ter respaldo jurídico. Todos os comprovantes de pagamento devem ser guardados. Cabe ainda ao personal trainer, quando solicitado, indicar e orientar os equipamentos, calçados e vestuário, adequados à prática esportiva adotada.
Sendo assim, aqui vão algumas sugestões que devem ser lembradas por ambos, cliente e personal:
1. O trabalho do personal trainer pode ser direcionado para clientes com bom condicionamento físico, atletas, sedentários, obesos, portadores de problemas físicos, posturais ou cardiovasculares.
2. O trabalho é individual. Os exercícios devem visar necessidades específicas de cada um. Não tente copiar o treinamento de outras pessoas.
3. Tenha seu(s) objetivo(s) bem definido(s).
4. Nenhum profissional capacitado promete resultados espetaculares a curto prazo, nem traça objetivos impossíveis de serem atingidos. Nesses casos, a motivação e a expectativa inicial rapidamente se transformam em frustração e desconfiança.
5. Os honorários são cobrados por hora, semanal ou mensal. Mas ainda não há uma tabela fixa de preços para esses profissionais.
6. É necessário uma avaliação física antes de iniciar qualquer tipo de atividade.
7. Quando preencher qualquer ficha informando sobre sua saúde, não esqueça: sinceridade em primeiro lugar!
8. Siga corretamente as orientações de seu personal trainer na hora de fazer os exercícios.
9. A diferença entre o personal trainer e o instrutor de academias é o numero de informações e dados que o primeiro dispõe a seu respeito.
10. O trabalho de um personal trainer é multidisciplinar. Ele age em conjunto com seu médico, nutricionista, psicólogo e outros.
11. A prática do personal training não exige lugar específico.
12. Observe se o personal é um ouvinte atento para seus problemas e se ele tem boa capacidade de comunicação. O mais interessante nesse tipo de treinamento é o relacionamento pessoal que estabelece entre o cliente e profissional.
13. A carga de trabalho deverá ser aumentada gradativamente e de forma específica, criando condições para que se notem os efeitos do exercício.
14. A freqüência ideal varia de três a cinco vezes por semana. Em caso de indisponibilidade, pode-se optar por uma atividade moderada que complemente o trabalho. Outra saída é o treinamento prescrito. Isto é, o aluno faz uma ou duas aulas por semana e no restante exercita-se sozinho. Para iniciantes não é muito aconselhável.
15. A ansiedade excessiva pode acabar prejudicando um bom treinamento.
16. O personal trainer tem que ser formado em Educação Física, ter registro no Conselho Regional de Educação Física (CREF) e, de preferência ser membro da Associação Brasileira de Personal Trainer (ABPT) ou da Federação Internacional de Educação Física (FIEP).
17. Os resultados dependem também de uma dieta, sendo assim, às vezes o cliente necessita reeducar seus hábitos alimentares. Quem prescreve a dieta é o nutricionista e não o professor de Educação Física, a menos que ele tenha formação em nutrição.
18. Não transforme seu Personal Trainer num terapeuta, ele só pode ajudá-lo a atingir seus objetivos estéticos e a melhorar a saúde. Caso contrário pode haver uma confusão na relação e há uma frustração.
Então lembre-se, quando o cliente optar por um trabalho diferenciado e individualizado, certifique através de uma anamnese, exames e avaliações, que tipo de cliente ele é:
·Aparentemente saudável, sem fator de risco cardiovascular;
·Aparentemente saudável, com fator de risco cardiovascular;
·Portadores de doença cardiovascular.
Para que você possa fazer um planejamento do condicionamento físico com segurança e respaldo jurídico. Ficando atento a esses detalhes, você será um personal trainer de sucesso. Não esqueça acredite sempre em você e no seu trabalho.
Bibliografia: site fitmail.com