O PLANEJAMENTO COMO ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo realizar um estudo a respeito da importância das empresas em fazerem um planejamento estratégico, para que as mesmas mantenham-se no mercado e conseqüentemente adquiram estabilidade. Nos países de primeiro mundo tem-se o hábito de planejar estrategicamente desde o nascimento de uma empresa, ao contrário do Brasil que até pouco tempo desconhecia essa nova ferramenta de gestão administrativa, que planeja e decide a respeito do futuro das ações e atividades empresariais. Hoje se discute muito essa importância nos bancos acadêmicos que reflete nas administrações das empresas com a formação desses novos administradores.
Palavras–Chave: Planejamento Estratégico. Visão. Inovação.
ABSTRACT
This article aims to undertake a study on the importance of doing business in a strategic planning so that they remain in the market and consequently gain stability. In the countries of the first world has become accustomed to plan strategically since the birth of a company, unlike Brazil which until recently unaware of this new tool administration, which plans and decide about the future of the shares and business activities. Today, I discuss this very important in academic banks that reflects on the boards of companies with the training of new administrators.
Keywords: Strategic Planning. Sight. Innovation.
Sumário
1 INTRODUÇÃO
2 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O CRESCIMENTO DAS EMPRESAS NO BRASIL
3 IMPLANTANDO O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
4 OPORTUNIDADES OU ARMADILHAS?
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 NTRODUÇÃO
Pesquisas realizadas pelo SEBRAE mostraram que aproximadamente entre 70% e 80% das empresas no Brasil, fecham mesmo antes de completarem dois anos de vida. Vários são os fatores que levam a esse índice ser tão alto. As justificativas são diversas, os empresários culpam o governo pela falta o apoio as empresas e a alta carga tributária ou que a economia está ruim.
A grande verdade é que as micro e pequenas empresas sobrem de um grande mal que é a falta de planejamento mesmo antes de iniciar o negócio, não sabendo qual a visão futura que a empresa possa chegar. O que acontece na maioria das vezes é que se abre a empresa pensando em primeiro em obter lucro imediato, não existe um planejamento de segurança separando percentuais para as diversas atribuições que uma empresa tem, principalmente no seu nascimento
2 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O CRESCIMENTO DAS EMPRESAS NO BRASIL
Buscar formas e ferramentas de conhecimento para que a empresas cresçam é um passo importante para que a mesma sobreviva e ganha seu espaço no mercado competitivo.
A percepção para novas oportunidades e em desenvolver soluções e abrir novos mercados para seus produtos ou serviços é uma das saídas mais ousadas quando bem planejada estrategicamente. O que não se pode esquecer é que a sobrevivência da empresa estará baseada em cima das estruturas montadas nas estratégias futuras. O resultado estará atrelado exatamente nas ações planejadas em gerar um mercado mais profissional e preparado para as constantes mudanças que sempre ocorrerão. Portanto, a sobrevivência da empresa está relacionada diretamente ao seu planejamento.
Podemos ver alguns casos, onde existiu um planejamento, mas a empresa não decolou ou mesmo faliu. Vários questionamentos são feitos em cima do próprio planejamento. Saber se realmente os objetivos traçados foram atingidos é o primeiro passo a ser dado e se os gestores entenderam as prioridades a serem seguidas, pois só assim poderiam delinear um futuro esperado para suas empresas ou se aproximar o mais possível desse futuro desejado. É função do gestor saber como direcionar para outra opção no momento certo e de forma adequada.
No caso da pequena e média empresa, os recursos são limitados, por isso o planejamento é mais essencial ainda, pois ele auxilia essas empresas a utilizarem melhor suas capacidades e minimizar a perda de energia em atividades que não levam para o caminho correto.
Isso só acontecerá se existir o trabalho e a participação efetiva de toda a liderança, tendo o comprometimento de toda a equipe. Empregados, supervisores e a média gerência devem estar familiarizados com a administração estratégica, essa apreciação ajuda-os a manter suas atividades de trabalho mais próximas da administração da organização, aumentando desse modo o desempenho no trabalho e as atividades tornam-se mais eficazes.
3 IMPLANTANDO O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Para a elaboração e a implantação do planejamento estratégico das empresas faz-se necessário que o gestor obtenha conhecimentos teóricos necessário para melhorar sua aplicação, isso é obtido como uma otimização da base de sustentação no processo decisório.
É preciso planejar, planejamento é algo que todos concordam, muitos fazem, alguns fazem da mesma maneira e poucos fazem adequadamente.
O planejamento nasce a partir dos grandes objetivos que a organização quer atingir, demandando reavaliação constante e sólida no trabalho em equipe. O objetivo maior do Planejamento Estratégico é desenvolver estratégias que o guiarão a obter um melhor desempenho e, conseqüentemente, um melhor resultado.
Não existe um modelo ideal de planejamento estratégico. Na verdade existem vários modelos que são altamente eficazes. O grande ponto é a organização encontrar qual o melhor modelo que se adapta a sua realidade.
O planejamento deve ter o seu início com o levantamento de dados para conhecimento do ambiente de atuação. Depois devem ser determinados os objetivos e definidas as ações a serem desenvolvidas. É necessário acompanhamento e avaliação contínua por meio de um sistema de informações gerenciais eficaz.
Uma estrutura de organização bem delineada e aceita por todos, o que exige uma equipe coesa, “todos com o mesmo objetivo”.
Portanto, no início do trabalho compreende uma fase de diagnóstico da aplicação destes conceitos, ou seja, até que ponto a concepção do negócio da empresa esteja clara para seus líderes principais. Além disso, deve ficar evidente a vantagem de ser implantado um modelo de estratégia. Uma vez absorvido este conhecimento, a empresa passará para outra fase, que é da construção de cenários futuros que estruturem as incertezas que as mudanças estão provocando nos negócios.
Finalmente, o conceito atual de negócios é aplicado perante os cenários futuros, objetivando verificar a necessidade de se promoverem ajustes.
O Plano Estratégico em si consiste em objetivos e ações estruturados numa base temporal para programar estes ajustes. Além da estruturação estratégica propriamente dita, a realização de um trabalho deste tipo produz outras conseqüências positivas como:
– Proximidade e o envolvimento de todos os participantes do processo.
– Opiniões e sugestões para melhoria da adequação da implantação do processo.
– Esforços individuais e conjuntos de funcionários
– O aparecimento de novos líderes
– A satisfação dos clientes e o reconhecimento das mudanças ocorridas.
– E outras
Existem algumas etapas a serem seguidas para a implantação de um plano estratégico:
Como primeiro passo a ser tomado, é ter o um diagnóstico estratégico, obter informações para o direcionamento. Captar e manter atualizado o conhecimento da empresa em relação ao mercado e a si mesma, identificando e monitorando as variáveis que possam afetá-la. Através de alguns detalhes e movimentos do mercado é que a empresa irá se antecipar às mudanças, preparada para agir em seus ambientes internos e externos.
O grande segredo do sucesso das empresas pode estar atrelado à capacidade de adaptação e de antecipação com relação aos seus concorrentes. O gestor que sabe utilizar esses instrumentos de planejamento de forma coerente, adaptando-os a essa realidade e às suas necessidades, pode obter um excelente aliado a competitiva. Para utilizá-la eficazmente, é importante que os gestores conheçam bem cada um dos elementos do planejamento e suas funções, assim como as mudanças que estão ocorrendo no mercado competitivo, as quais podem influenciando na própria prática do planejamento e lançando alguns desafios para a sua gestão nas empresas.
4 OPORTUNIDADES OU ARMADILHAS?
Uma das práticas importantes de um bom planejamento dentro da análise externa, é a verificação dos aspectos do macro e do micro ambientes, deve-se partir para uma síntese, visando identificar as principais oportunidades e ameaças encontradas.
As oportunidades são fatores do ambiente geral que, se bem aproveitadas, podem fornecer uma vantagem competitiva para a empresa. Como exemplo, podemos citar as falhas apresentadas pelo concorrente, que podem ser aproveitadas pela empresa como uma oportunidade para melhorar o seu produto e ganhar em diferencial.
Já as ameaças, por sua vez, são fatores que podem vir a perturbar o funcionamento da empresa, causando dificuldades para a sua gestão e desempenho. A entrada de um novo concorrente forte no mercado, a implantação de restrições tarifárias por parte de um país importador dos produtos da empresa, a diminuição da demanda, todos esses são aspectos que podem ser definidos como ameaças para a empresa. Entretanto, é importante ressaltar que o planejamento não deve ser definido com base em todas as oportunidades e ameaças identificadas. É necessário que o gestor faça uma triagem das oportunidades e ameaças mais relevantes em relação à sua empresa. Essa seleção deve priorizar as oportunidades do ambiente que a empresa pode aproveitar com reais chances de sucesso, ou seja, as oportunidades para as quais a empresa possui as competências necessárias.
Já, no caso das ameaças, devem ser selecionadas aquelas que consistirem em maior preocupação para a gerência, ou seja, aquelas que afetam mais diretamente a empresa e o ambiente em que ela atua.
Podemos citar, por exemplo, a empresa GP Investimentos, é a empresa considerada hoje como a mais bem estruturada e com um sistema de planejamento futurístico. Antes da compra de uma nova empresa é feito um estudo para se saber a forma e maneira que a mesma trabalha. Em seguida é montada uma nova estratégia mais agressiva e totalmente desburocratizada, funcionários conseguem enxergar literalmente seus lideres trabalhando e podem visualizar o seu futuro cargo. Mas tudo requer sacrifícios e muito planejamento, trabalhando, reconhecendo e valorizando os que trabalham de verdade.
A GP Investimentos é considerada o maior fundo de private equity1 da América. Desde que foi criado, há apenas 15 anos, comprou 47 empresas, vendeu 34 e hoje controla 13. Foi o primeiro fundo de sua estirpe a abrir o capital no Brasil. Hoje a empresa vale 1,3 bilhão de dólares na bolsa. O negócio da GP, na definição de seus sócios, é vender companhias na alta. Para isso, foi preciso montar uma máquina de comprar na baixa. Entre 14 de abril e 11 de maio, em um intervalo de 28 dias, a GP anunciou três aquisições: a Leitbom, uma das maiores empresas de laticínios do país, a Sotep, uma prestadora de serviços à indústria de petróleo, e 20% do capital da Estácio de Sá, maior instituição privada de ensino superior do Brasil. Juntos, esses negócios representaram um investimento de cerca de 780 milhões de reais.
Este é um exemplo claro de uma empresa que se estruturou e montou seu planejamento estratégico em fatos e números reais, atingindo seus objetivos muitas fezes em curto prazo.
CONCLUSÃO
É fundamental e de extrema importância o planejamento estratégico para a gestão nas empresas. Os estudos estratégicos, a definição das diretrizes organizacionais (missão, visão e objetivos), a concepção e a implantação do plano de estratégia foram abordadas, mostrando que o planejamento, se bem aplicada, pode tornar a gestão empresarial mais competitiva, atuando como uma ferramenta de comunicação, de acompanhamento e principalmente de aperfeiçoamento do aprendizado nas organizações.
As mudanças são constantes e aceleradas e as empresas que não forem capazes de se planejar, com uma visão muito clara e diferenciar-se de seus concorrentes, serão facilmente aniquilados. O planejamento é mais do que necessário para que as empresas hoje possam colocá-las em prática, de forma efetiva. É preciso que o gestor conheça cada um de seus elementos, suas funções e seus limites, sendo flexível o bastante para perceber que planejar nem sempre é o contrário de fazer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da Administração. 4. ed. São Paulo:Makron Books, 1993.
COBRA, Marcos. Administração de Marketing.2. ed. São Paulo: Atlas, 1992.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
REVISTA Exame – Edição 918, ano 42, nº 9, São Paulo: Abril, 21/05/2006
SEBRAE. Disponível: . Acesso em: 31 mai. 2008.