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quarta-feira, novembro 20, 2024

ROCHAS

ROCHAS

Ao longo do processo de formação do planeta, a crosta terrestre, ou litosfera, conheceu a geração de diversos tipos de rochas. Essas se dividem, quanto à sua origem, em três tipos:

– magmáticas ou ígneas
– sedimentares
– metamórficas

No início de sua formação, a litosfera era constituída por rochas que se consolidaram com o resfriamento do magma – são as chamadas rochas ígneas ou magmáticas. Essas formações rochosas, ao entrarem em contato com o ar, a água e as geleiras, passaram a sofrer a ação do intemperismo (decomposição química e desagregação mecânica), tornado-se, assim, particularizadas e específicas, o que possibilitou seu transporte por agentes erosivos (vento, chuvas, e geleiras) a depressões do relevo, que passaram a ser preenchidas por sedimentos que, também através de processos físicos e químicos, consolidaram-se como rochas sedimentares. O terceiro tipo de rocha que se forma na crosta terrestre é a metamórfica, que consiste na transformação, no interior da crosta, das rochas ígneas e sedimentares em função da pressão e de altas temperaturas.

EXEMPLOS DE INTEMPERISMO

As variações de temperatura provocam a decomposição das rochas, cujos minerais se dilatam quando aquecidos e se contraem em áreas de clima frio (intemperismo por agente físico);
A pressão exercida pelas raízes de um vegetal quando penetram nas rochas podem provocar sua desintegração (intemperismo por agente biológico);
A decomposição das rochas também pode ser provocada pela penetração da água, que altera a sua estrutura química (intemperismo por agente químico).

AS ROCHAS CRISTALINAS

Denominamos de rochas cristalinas aquelas que, magmáticas ou metamórficas, possuem uma estrutura molecular ordenada. Formadas por compactação, as rochas sedimentares cobrem 75% da superfície terrestre, formando uma fina camada superficial que compreende apenas 5% do volume da crosta terrestre.

AS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS

A crosta terrestre é formada por doze placas tectônicas, que flutuam sobre o magma pastoso. Quando da fase inicial da Terra, existiam menos placas. Com o tempo, em razão de se moverem em vários sentidos, já que o planeta é esférico, as placas se encontraram em vários pontos da crosta terrestre, dando origem aos terremotos e aos dobramentos do relevo. Em grego, o termo tectônica quer dizer “processo de construir”. Para a ciência geográfica, significa as deformações da crosta terrestre geradas pelas pressões provenientes do interior do planeta.
Nas áreas de encontro das placas, a crosta terrestre é frágil, principalmente nas regiões de contato dos oceanos com os continentes, o que possibilita a saída de magma, dando origem aos vulcões.

Quando dos choques entre as placas, o atrito daí decorrente provoca os terremotos. Nos oceanos, as placas (sima) são pesadas e, por este motivo, tendem a mergulhar sob as placas continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção,gera as fossas marítimas, normalmente nas zonas onde ocorre o encontro das placas. Como as placas oceânicas se situam debaixo das continentais, a pressão das primeiras sobre estas últimas provocam dobras e enrugamentos, provocando, desde a era mesozóica, os movimentos orogenéticos (em grego, “oros” significa “montanha”).

Data daí o aparecimento das grandes cadeias montanhosas do planeta Terra, formadas pelo enrugamento, elevação ou dobramento de partes da crosta terrestre. Este fenômeno é relativamente recente na história do nosso planeta, tendo acontecido no fim da era mesozóica e início da cenozóica. Por essa razão, denominamos dobramento moderno. As mais altas cadeias de montanhas do planeta, tais como o Himalaia, as Rochosas e os Andes, são de formação recente, apresentando elevadas altitudes, pouco desgaste e grande instabilidade física, pois elas estão ainda em processo de formação. Nelas, são comuns vulcões e terremotos.

A Terra, se levarmos em conta a sua origem geológica, conhece três formações básicas:
– bacias sedimentares
– escudos cristalinos
– dobramentos modernos

Estruturas geológicas
Os dobramentos modernos, ou cadeias orogênicas recentes, correspondem às grandes cadeias montanhosas do globo datadas do período Terciário da Era Cenozóica. Sua gênese é explicada pelo movimento das placas tectônicas. Os principais exemplos desse fenômeno são os Andes, os Alpes, o Himalaia e as Montanhas Rochosas.

Por serem de formação recente, não foram ainda desgastadas pela erosão e apresentam altitudes elevadas. O Brasil, por exemplo, não conhece formações geradas por dobramentos modernos.

Os escudos cristalinos ou maciços antigos, que abrangem 36% do território nacional, são popularmente conhecidos como serras, formações antigas e diversificadas e, por conseguinte, extremamente desgastadas pela erosão, apresentando altitudes modestas.

Nos escudos cristalinos, originários do período Arqueozóico, a ocorrência de minerais economicamente exploráveis é pequena; já nos escudos datados do Proterozóico (4% do território brasileiro), proliferam recursos como o ferro, a bauxita, o manganês, o ouro, a cassiterita e outros minerais metálicos. 64% da superfície do território nacional consiste de bacias sedimentares: depressões do terreno preenchidas por sedimentos. Sua importância econômica é grande, pois aí surgem
combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e xisto.

RESUMO
a crosta terrestre é formada por placas tectônicas que literalmente bóiam sobre o manto, em permanente estado de fusão a região de contato entre duas placas tectônicas é uma, área frágil da crosta terrestre, susceptível de tornar-se um local de escape do magma que está preso, sob pressão, no manto; nas zonas de encontro das placas é que irrompem os vulcões e ocorrem os terremotos em função desses movimentos, os continentes estão em permanente processo de distanciamento.

No fundo dos mares, as cadeias meso-oceânicas são o ponto de encontro de duas ou mais placas tectônicas. Delas saem materiais magmáticos que empurram as placas em direções opostas. A crosta continental (SIAL) é mais leve que a crosta oceânica (SIMA) e, no caso do nosso continente, retorna ao manto do litoral oeste sul-americano.
Essa é a razão da presença da fossa de Atacama. No oeste da placa sul-americana ocorre um enrugamento que se chama Cordilheira dos Andes.

TEXTO COMPLEMENTAR
“O mundo é muito velho e os seres humanos, muito recentes. Os acontecimentos importantes em nossas vidas pessoais são medidos em anos ou em unidades ainda menores; nossa vida, em décadas; nossa genealogia familiar, em séculos, e toda a história registrada, em milênios. Contudo, fomos precedidos por uma apavorante perspectiva do tempo, estendendo-se a partir de períodos incrivelmente longos do passado, a respeito dos quais pouco sabemos – tanto por não existirem registros, quanto pela real dificuldade de concebermos a imensidade dos intervalos compreendidos.

Mesmo assim, somos capazes de localizar no tempo os acontecimentos do passado remoto. A estratificação geológica e a marcação por radiatividade proporciona informação quanto aos eventos arqueológicos, paleontológicos e geológicos; a astrofísica fornece dados a respeito das idades das superfícies planetárias, da Via Láctea e de todos os outros sistemas estelares, assim como uma estimativa do tempo transcorrido desde a Grande Explosão (Big Bang) que envolveu toda a matéria e energia do universo atual. Essa explosão pode representar o início do universo ou pode constituir uma descontinuidade na qual a informação da história primitiva do universo foi destruída. Esse é certamente o acontecimento mais remoto do qual temos qualquer registro.”

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