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Saúde Emocional

Autor: Bom Dia Sorocaba – Viva/ Online – Bem-Estar – 10/09/2007

Saúde em equilíbrio

Emocional tem forte influência sobre o físico saiba como controlá-lo.

Muitas doenças surgem para mostrar que nosso universo emocional não vai bem. São como um grito de alerta do organismo para a nossa consciência.

Diversos estudos relacionam as emoções aos sintomas. Segundo a psicóloga clínica Vera Márcia Paráboli Milanesi, uma enxaqueca, por exemplo, pode ser reflexo de uma raiva contida a diarréia, uma preocupação exagerada um mal-estar do estômago, algum conflito emocional “mal digerido”.

“Como a maior parte das pessoas tem dificuldade de associar sintomas físicos a causas emocionais, os sintomas podem agravar-se e se transformar em uma doença aguda ou crônica”, alerta.

A profissional cita casos como o de uma depressão ou ansiedade exageradas, quando há diminuição acentuada da imunidade, predispondo o indivíduo a infecções diversas e, em alguns casos, até à proliferação de células alteradas. “Esse mecanismo pode ser um dos fatores que favorecem o crescimento e disseminação de tumores.”

Como evitar as emoções negativas é praticamente impossível, o segredo é aprender a canalizá-las. “É preciso aprender a vivê-las [as emoções], a enfrentar as mais difíceis ou dolorosas, a curtir as mais agradáveis, sem culpa. Enfim, aceitar todas elas como parte da vida”, diz o psicólogo e gestalt-terapeuta Hugo Ramón Barbosa Oddone.

Ele observa que, na gestalt-terapia, o homem é visto como um todo e, sendo assim, responsável pelas suas escolhas e seus ajustamentos, pela saúde ou pela doença.

O coordenador da Ageacac (Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos e Culturais) no interior do Estado, Fernando Grava, indica a “ação com reflexão” para evitar as emoções negativas que possam acarretar algum mal físico, ou seja, “estar atento às suas atitudes observando o que está pensando e sentindo, para que a ação não gere desequilíbrios emocionais”. Assim, quanto maior o equilíbrio da vida de uma pessoa, menos chance de adoecer ela terá.

Segundo Vera Márcia, equilíbrio significa boa alimentação, prática de atividades físicas, bom manejo do estresse, além de capacidade de se relacionar com os demais de forma satisfatória. “Todos devem buscar viver da forma mais saudável possível, empenhando-se principalmente em ser feliz e em espalhar essa felicidade”.

Para Oddone, não existe enfermidade e sim a pessoa enferma. “Cada indivíduo reage de um jeito a um vírus, a uma febre, a uma perda, a uma ferida. Sempre haverá um aspecto social, um aspecto psíquico, uma personalidade prévia que condicione a elaboração do quadro clínico”, observa.

Ele rememora o caso de um paciente seu, profissional da área jurídica, que apareceu de repente “travado”, sem poder andar. Só foi perceber, após muita pesquisa, que o seu problema crônico de coluna estava associado à má postura física na relação cadeira/escrivaninha – escrivaninha muito grande para sua baixa estatura física.

“Até ele descobrir, passaram-se quase 20 anos de história, atos, posturas e posições repetitivas. Precisou de muitas sessões de RPG, psicoterapia, exercícios, relaxamento. A troca da escrivaninha para modificar comportamentos, a atitude perante a realidade profissional, a posição da coluna, e assumir assim uma outra filosofia de vida”, conclui.

Práticas favorecem organismo
Cada vez mais a ciência está provando que atividade física, além de práticas como ioga, meditação e relaxamento, favorecem a saúde física e emocional. Cabe a cada um encontrar o seu caminho de equilíbrio.

A instrutora de ioga e práticas de meditação da Padma, Maria Helena Godoy Oliveira, conta que muitos alunos procuram o centro por orientação médica. Ela diz que pesquisas científicas hoje comprovam que o uso da meditação colabora de forma efetiva para redução do tempo de tratamento e de internação em alguns tipos de doença, como cardiovasculares.

Foi com o Lian Gong, técnica que une medicina terapêutica chinesa e cultura física, que a bibliotecária Maria Helena Cella, de Jundiaí, ativou sua concentração, melhorou as articulações e as dores na região lombar. “Fiquei menos ansiosa e com mais facilidades nos movimentos. Me sinto mais jovem e com mais auto-estima.” Seiko Toya, a professora, diz que a ginástica traz equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual.

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