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terça-feira, novembro 19, 2024

SISTEMA DIGESTIVO

SISTEMA DIGESTIVO

Anápolis
2004

Dedicatória

Este trabalho é dedicado a um Ser muito especial, um Deus vivo, fonte de toda inspiração e sabedoria. O verdadeiro amigo que todos devem ter, confiar e clamar.
Jesus Cristo, o único caminho, a verdade, e a vida. Obrigado Senhor, muitíssimo obrigado, por toda fé e energia, que nós fizeram prosseguir, principalmente nos momentos em que tudo parecia estar perdido, sem solução. Sem a sua ajuda, com certeza seria impossível.

Agradecimentos

Quando começamos a pensar em todas as pessoas às quais gostaríamos de expressar nossa gratidão pela ajuda, torcida, sugestões, colaborações, confiança, companheirismo, orações para tornar este trabalho possível, achamos que seria apenas agradecimentos .

Agradecemos a nossos pais pelo esforço para a nossa formação, lembrando que se hoje temos sucesso é porque bons frutos só podem vir de árvores boas.

A paciência é a virtude que nos auxilia na conquista dos bens do corpo, da alma e da sociedade. Ela ensina a técnica de como se deve aguardar, quando não se pode ter imediatamente o que se deseja.Se outras situações ruins chegarem Não perca as esperanças. Nunca duvide do potencial celeste. Deus vela por nós, e nos ajuda, nem sempre como queremos, porem da melhor forma para a nossa real felicidade. O êxito depende de muitas tentativas que não deram certo. O fracasso não existe, desde que aprendamos o modo como não se devem fazer as coisas.

Fé!

“A missão da ciência é catalogar o mundo, para devolvê-lo em ordem a Deus”.

INTRODUÇÃO

Para que o organismo se mantenha vivo e funcionando é necessário que ele receba um suprimento constante de material nutritivo. Muitos dos alimentos ingeridos precisam ser tornados solúveis e sofrer modificações químicas para que sejam absorvidos e assimilados, nisto consistindo a digestão. Os órgãos que, no conjunto, compreendem o sistema digestivo (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus) são especialmente adaptados para que estas exigências sejam cumpridas. Assim, suas funções são as de preensão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos alimentos e a expulsão dos resíduos, eliminados sob a forma de fezes.

Divisão do sistema digestivo

Reconhecemos no sistema digestivo um canal alimentar e órgãos anexos. Do primeiro fazem parte órgãos situados na cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelve. Entre os anexo incluem-se as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas. O canal alimentar inicia-se na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esôfago, estomago, intestino (delgado e grosso), para terminar no reto, que se abre no meio externo através do ânus. O canal alimentar, portanto, e aberto nas suas duas extremidades (boca e anus) o que faz a sua luz, pela qual transita o alimento, ser parte do meio externo.

Boca e cavidade bucal

A boca é a primeira porção do canal alimentar e tem como principais funções a mastigação e insalivação, e comunica-se anteriormente com o exterior através de uma fenda limitada pelos lábios, a rima bucal, e, posteriormente, com a parte bucal da faringe, através de uma região estreitada, o istmo das fauces. A cavidade bucal esta limitada, pelas bochechas, superiormente pelo palato e, inferiormente, por músculos que constituem o assoalho da boca. Nesta cavidade fazem saliência das gengivas, os dentes e a língua.

Divisão da cavidade bucal

A cavidade bucal e dividida em duas porções:

Vestíbulo da boca

Cavidade bucal propriamente dita
A primeira porção é um espaço limitado por um lado pelos lábios e bochechas e por outro pelas gengivas e dentes, constituindo o restante a cavidade bucal propriamente dita.

Palato

O teto da cavidade bucal esta constituído pelo palato e neste reconhecemos o palato duro, anterior, ósseo, e o palato mole, posterior, muscular. O palato separa a cavidade nasal da cavidade bucal. Do palato mole, no plano mediano, projeta-se uma saliência cônica, a úvula e, lateralmente, duas pregas denominadas arco palatoglosso (a mais anterior) e arco palato faringico (a mais posterior), produzidas por músculos que recebem os mesmos nomes dos arcos. Estas estruturas entre os arcos acima referidos há um espaço, a fossa tonsilar, ocupada pela tonsila palatina (amigdala). Podemos agora definir os limites do istmo das fauces que comunica a cavidade bucal com a parte bucal da faringe: superiormente, esta limitada pela úvula; lateralmente, pelos arcos palatoglossos e, inferiormente, pelo dorso da língua.

Língua

É um órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções na mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na articulação da palavra.Sua face superior é denominada dorso da língua. Neste, na junção dos terços anteriores com o terço posterior, nota-se o sulco terminal que divide a língua em duas porções: corpo, anterior, e raiz, posterior a ele. A observação da mucosa que reveste o dorso da língua permite identificar uma série de projeções facilmente identificáveis, dispõem-se comumente em V, logo adiante do sulco terminal, e são denominadas papilas veladas. Nesta, como em outras de tipos diferentes, localizam-se receptores gustativos.

Dentes

São estruturas rijas, esbranquiçadas, implantadas em cavidades de maxila e da mandíbula, denominadas alvéolos dentários. Em cada dente distinguem-se três partes: raiz, implantada no alvéolo, coroa, livre, e entre elas uma zona de estreitamento, o colo, circundado pela gengiva.

Glândulas salivares

As glândulas salivares são consideradas anexas do sistema digestivo. São responsáveis pela secreção da saliva e apesar de numerosas, só nos interessam as chamadas extraparietais, que compreendem 3 pares de glândulas: paróticas, submandibulares e sublinguais:

Glândula parótica – está situada lateralmente na face e anterior ao pavilhão do ouvido externo. Seu canal excretor, o ducto parotídico, abre-se no vestíbulo da boca, ao nível do 2º molar superior. O processo infeccioso que se assesta na parótida (parotidite) é conhecido com o nome de caxumba.
Glândulas submandibulares – localizam-se anteriormente à parte mais inferior da parótida, protegida pelo corpo da mandíbula. Os ductos submandibulares abrem-se no assoalho da boca, abaixo da língua, próximo ao plano mediano.
Glândula sublingual – É a maior das três, situando-se na lateral e inferiormente à língua, sob a mucosa que reveste o assoalho da boca.Sua secreção é lançada na cavidade bucal, sob a porção mais anterior da língua, por canais que desembocam independentemente por uma serie de orifícios no assoalho da cavidade da boca.

Faringe

A parte bucal da faringe comunica-se com a cavidade bucal propriamente dita através do istmo das fauces, já definido, e a parte laríngica comunica-se anteriormente com o adito da faringe e, posteriormente é continuada pelo esôfago. A musculatura da faringe é estriada. Na degustação, o palato mole é elevado, bloqueando a continuidade entre a parte nasal da faringe e o restante deste tubo muscular.Deste modo o alimento é impedido de passar a nosofaringe e, eventualmente, de penetra na cavidade nasal. Por outro lado a cartilagem epiglótica fecha o ádito da faringe, evitando que o alimento penetre no tracto respiratório.

Esôfago

É um tubo muscular que continua a faringe e é continuada pelo estomago. Podem-se distinguir três porções: cervicais, torácicas e abdominais, sendo a segunda a maior delas. No tórax, o esôfago situa-se ventralmente a coluna vertebral e dorsalmente a traquéia, estando próximo da aorta. Para atingir o abdome ele atravessa o músculo diafragma e, quase imediatamente, desemboca no estomago. A luz do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, o qual é impulsionando por contrações da musculatura de sua parede. Estes movimentos, que são próprios de todo o restante do canal alimentar, são denominados peristálticos do canal alimentar, e a capacidade de realizá-los dá-se o nome de peristaltismo.

Abdome: generalidades

Os órgãos descritos nos parágrafos anteriores, com exceção da porção mais caudal do esôfago, estão situados na cabeça, pescoço, e tórax. O restante do canal alimentar localiza-se no abdome e algumas considerações preliminares devem ser feitas antes de prosseguir na descrição dos órgãos do sistema digestivo.

Diafragma

O abdome esta separada do tórax, internamente, por um septo muscular, o diafragma, disposto em cúpula de concavidade inferior. O diafragma apresenta um aparte tendínea, o centro tendíneo, e outras carnosa, periférica, que se prende as 6 ultimas costelas, extremidade caudal do esterno e a coluna vertebral. A aorta, a veia cava inferior e o esôfago atravessa o diafragma passando pelo hiato aórtico, forame da veia cava e hiato esofágico, respectivamente. O m. diafragma exerce importante função na mecânica respiratória.

Estômago

É uma dilatação do canal alimentar que se segue ao esôfago e se continua no intestino. Está situado logo abaixo do diafragma, com sua maior porção à esquerda do plano mediano. Apresenta dois orifícios: um, proximal, de comunicação com o esôfago, o ostio cardico, e outro distal, ostio pilórico, que se comunica com a porção inicial do intestino delgado denominado duodeno. Neste nível ocorre uma condensação de feixes musculares longitudinais e circulares que constituem um mecanismo de abertura e fechamento do ostio para regular o transito do bolo alimentar. Este dispositivo e denominado piloro. Dispositivo semelhante é também encontrado ao nível do ostio cardio, sendo responsável pela abertura e fechamento ativos da comunicação esofagogástrica. A forma e a posição do estomago variam de acordo com a idade, tipo constitucional, tipo de alimentação, posição do individuo e o estado fisiológico do órgão. Descrevem-se no estomago as seguintes partes:

parte cárdica (cárdia) – corresponde a junção com o esôfago;
fundo – situada superiormente a um plano horizontal que tangencia a junção esofogastrica;
corpo – corresponde à maior parte do órgão;
parte pilórica – porção terminal, continuada pelo duodeno.
As duas margens do estomago são denominadas curvaturas maior, à esquerda e menor, à direita. A mucosa do estomago apresenta numerosas pregas de direção predominantemente longitudinal que desaparecem com a distensão do órgão.

Intestino

O estomago é continuado pelo intestino delgado e este pelo intestino grosso; estas denominações são devidas ao calibre que apresentam.

Intestino delgado

Subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo. O duodeno inicia-se no óstio pilórico e termina ao nível de brusca angulação, a flexura duodeno-jejunal. É um órgão bastante fixo (quase todo retroperitoneal) acolado à parede posterior do abdome e apresenta a forma de um arco em forma de U aberto para à esquerda e cranialmente, que “abraça” a cabeça do pâncreas. No duodeno desembocam os ductos colédoco (que traz a bile) e pancreático (que traz a secreção pancreática). O jejuno, por não ter limite na sua continuação com o íleo, pode ser descrito em conjunto com este. O jejuno-íleo constitui a porção móvel do intestino delgado, iniciando-se na flexura duodeno-jejunal e terminando no inicio do intestino grosso onde se abre pelo óstio íleo-cecal ao nível da junção íleo ceco-cólica. O jejuno-íleo apresenta numerosas alças intestinais e está preso à parede posterior do abdome por uma prega peritoneal ampla, o mesentério. A mucosa do intestino delgado apresenta inúmeras pregas circulares que se salientam na luz intestinal e aumentam a superfície interna da víscera.

Intestino grosso

Constitui a porção terminal do canal alimentar, sendo mais calibroso e mais curto que o intestino delgado. Deste distingui-se também por apresentar ao exame externo bosseladuras (dilatações limitadas por sulcos transversais) denominadas haustros, três formações em fitas, as Tênias. O intestino grosso é subdividido em três partes:

Cécum: é porção inicial do intestino Gross; possui uma pequena ponta chamada de apêndice cecóide ou vermicular, que quando infalmado provoca a apendicite.
Colo ou Cólon:é a região intermediária, formada pelo cólon ascendente (sobe do lado direito), cólon transverso (passa do lado direito para o esquerdo na altura da cintura), cólon descendente (desce pelo lado esquerdo), “S” ilíaco ou sigmóide que serve como reservatório de fezes (forma uma curvatura).
Reto: é a porção final do intestino grosso, que termina por um orifício chamado de ânus. È no reto que existe uma região de alto poder de absorção (supositórios) que já caem diretamente no sangue.

Reto

O reto continua o cólon sigmóide e estende-se até o canal anal, estando localizado posteriormente na cavidade pélvica e segue a curvatura do sacro e do cóccix. Ao contrário do Cólon Sigmóide o reto permanece vazio, ele só contém fezes imediatamente antes da defecação.

Canal Anal

É definido como a parte do intestino grosso que se estende da face superior do diafragma pélvico até o anus.

ANEXOS DO CANAL ALIMENTAR

Fígado

É o mais volumoso órgão da economia, localizando-se imediatamente abaixo do diafragma e à direita, embora uma pequena porção ocupe também a metade esquerda do abdome. Trata-se de uma glândula que desempenha importante papel nas atividades vitais do organismo, seja interferindo no metabolismo dos carboidratos, gordura e proteínas, seja secretando a bile ( transforma a gordura em gotículas microscópicas facilitando a ação da lípase pancreática) e participando de mecanismos de defesa.

Pâncreas

Depois do fígado é a glândula mais volumosa do sistema digestivo. Situa-se posteriormente ao estomago, possuindo três partes: a cabeça, emoldurada pelo duodeno, corpo e uma calda. O pâncreas é uma glândula endócrina produzindo a insulina (hormônio que atua como facilitador de absorção de glicose pelos músculos esqueléticos e células gordurosas) e exócrina com a produção do suco pancreático que escoa no duodeno.

Baço

Trata-se de um órgão linfático que filtra o sangue, remove o ferro da hemoglobina e produz linfócitos e anticorpos. Embora não seja um órgão do sistema digestivo sua drenagem linfócita é feita para o sistema porta. Situa-se contra o diafragma e é protegido pelas 9ª, 10ª e 11ª costelas.

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