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terça-feira, novembro 19, 2024

Teníase e Cisticercose

Autoria: Cészanne Oliveira

Teníase e Cisticercose

São duas doenças parasitárias causadas pela mesma espécie de cestódio, porém em fases de desenvolvimento diferentes do seu ciclo de vida.

Presença da forma adulta do helminto Taenia Solium e Taenia Saginata na cavidade intestinal

Teníase

Agente: Taenia solium e Taenia saginata

Também conhecidos como solitária.

Taenia solium – porco como hospedeiro intermediário

Taenia saginata – bovinos como hospedeiro intermediário

Taenia solium

Morfologia

Escólex: globoso com rostelo.
Estróbilo: pescoço + proglotes
Proglotes: ramificações uterinas pouco numerosas tipo dentríticas
Taenia saginata

Morfologia

Escólex: cubóide sem rostelo.
Estróbilo: pescoço + proglotes
Proglotes: ramificações uterinas muito numerosas, do tipo dicotômica
Ciclo biológico

Modo de Transmissão

Carne de porco ou boi contaminadas com larvas do parasita.

Diagnóstico

Clínico: Os sintomas, muitas vezes, não existem ou são comuns à outras doenças por isso podem dificultar o diagnostico.

Laboratorial: Método de Hoffmann e Tamisação

Sintomas: desnutrição, emagrecimento e depauperamento físico.

Prevenção: cozinhar ou assar bem a carne de gado ou porco, hábitos de higiene e saneamento básico

Tratamento: vermífugo para eliminar o escólex; Albendazol, Mebendazol ou Praziquantel.

Cisticercose

É a presença da larva de Taenia adquirida através da ingestão de alimentos e água contaminados com os ovos do verme e pode ser grave.

Agente: larvas (cisticercos) de Taenia solium e Taenia saginata.

Morfologia

Ovos: é impossível diferenciar os ovos das duas Taenias, são constituídos por uma casca protetora denominada embrióforo, que é formado por blocos piramidais de quitina, unidos entre si por uma substância protéica.

Cisticerco: é constituído de escólex com quatro ventosas, estas larvas podem atingir até doze milímetros de comprimento, após quatro meses de infecção.

Ciclo biológico

Modo de Transmissão

Auto-Infecção Externa: O homem elimina proglotes e os ovos de sua própria tênia são levados à boca pelas mãos contaminadas ou pela cropofagia.

Auto-Infecção Interna: Durante vômitos ou movimentos retroperistálticos do intestino, os proglotes da T. solium poderiam ir até o estômago e depois voltariam ao intestino delgado, liberando as oncosferas.

Heteroinfecção: O homem ingere, juntamente com os alimentos contaminados, os ovos da T. solium de outro hospedeiro.

Diagnóstico

Clínico: através de sintomas, por isso é praticamente impossível de ser realizado em pacientes assintomáticos.

Laboratorial: Raio X, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética de cisticercos calcificados.

Sintomas

Cérebro: Convulsões, Hipertensão intracraniana e Distúrbios psíquicos

Músculos: Dores musculares e Cãimbras Coração: Palpitações e Falta de ar

Olhos: Alteração de visão e Descolamento de retina

Neurocisticercose

Cisticercose Ocular

Cisticercose Muscular

Prevenção: hábitos de higiene e saneamento básico.

Tratamento: Sulfadiazina 1g de 05/05h durante 20 dias, repetir essa medicação por 6 meses consecutivos ou cirúrgico.

Teníase e Cisticercose

Distribuição Geográfica

As tênias são encontradas em todas as partes do mundo em que a população tem o hábito de comer carne de porco ou de boi mau cozida ou mau assada.

Está associada à área de criação de suínos.

No Brasil, tanto a Taenia solium quanto a Taenia saginata tem uma ampla distribuição em todo território nacional devido às precárias condições de higiene da população, hábito de comer carne pouco cozida ou assada, além dos sistemas de esgoto precários e do não tratamento da água em certas regiões, que é utilizada para consumo humano, dos animais ou para regar as plantações.

Casos no Brasil

Teníase e Cisticercose: 100 óbitos/ano por neurocisticercose nos estados do Sul e Sudeste.

Referencias

http://www.drgate.com.br/artigos/especiais/parasitoses/teniase.php

http://www.medicinal.com.br/temas/temas.asp?tema=53

NEVES, David Pereira Parasitologia Humana SP: Atheneu, 1991, 8ªed.

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