Autoria: Nubia Cassia
VITAMINAS
Uberlândia
2002
VITAMINAS
As vitaminas são compostos orgânicos essenciais para reações metabólicas específicas que não podem ser sintetizados pelas células dos tecidos humanos a partir de simples metabólitos. Muitas agem como coenzimas ou como partes de enzimas responsáveis por promover reações químicas essenciais. A vitamina A e a niacina podem ser formadas no organismo se seus precursores forem fornecidos. A vitamina K, a biotina, a folacina e a vitamina B12 são produzidas por microorganismos no trato intestinal. A vitamina D é sintetizada a partir de um precursor do colesterol na pele sob exposição à luz solar.
O termo vitamina foi criado em 1912 por Casimir Funk para designar os fatores alimentares acessórios necessários à vida. A teoria original de que estas substâncias fossem minas vitais foi desacreditada, mas a designação, exceto a terminação “e”, permanece.
Devido ao fato da existência de muitas vitaminas terem sido reconhecidas antes que sua natureza química fosse identificada, foram designadas por letras e algumas nomenclaturas descritivas de suas funções. Usualmente, os nomes corretos derivam da estrutura química; entretanto, a terminologia alfabética, mais familiar e freqüentemente mais conveniente continua sendo amplamente usada.
As vitaminas são usualmente classificadas em dois grupos, com base em sua solubilidade, o que para alguns graus determina sua estabilidade, ocorrência em alimentos, distribuição nos fluidos corpóreos e sua capacidade de armazenamentos nos tecidos.De acordo com sua solubilidade, as vitaminas classificam-se em: lipossolúveis (solúveis em lipídios ou solventes de lipídios) e hidrossolúveis (solúveis em água).
Vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K.
Vitaminas hidrossolúveis: Vitaminas do complexo B (B1, B2, B6, B12) e vitamina C.
DOSES ADEQUADAS DE VITAMINAS
A Medicina Ortomolecular preconiza o uso de doses mais adequadas de vitaminas por entender que as recomendações de dosagem feitas desde as primeiras décadas do século XX, baseava-se na indicação de vitaminas necessárias para pessoas com uma alimentação saudável e correta em termos vitamínicos e sem nenhum problema de saúde (atualmente vivemos uma situação totalmente diferente ao início do século passado). Hoje sabemos que pessoas em situação especial, como os atletas e praticantes de exercícios, necessitam maiores doses de vitaminas, assim como fumantes e pessoas que vivam em situações de estresse ou com excesso de trabalho.
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
Cada uma das vitaminas lipossolúveis, A,D,E e K, tem um papel fisiológico separado e distinto. Na maior parte, são absorvidas com outros lipídeos, e uma absorção eficiente requer a presença de bile e suco pancreático. São transportadas para o fígado através da linfa como uma parte de lipoproteínas e são estocadas em vários tecidos corpóreos. Normalmente, não são excretadas na urina.
Vitamina A (retinol)
Apresenta-se em 2 formas, o Retinol, encontrado em produtos animais e o betacaroteno, encontrada em frutas e vegetais de cores fortes e que o nosso fígado converte em vitamina A quando precisa. Foi durante muitos anos chamada de vitamina “milagrosa” por seu efeito sobre o sistema imune e sua importância no crescimento. O betacaroteno é um anti-oxidante, ou seja, combate os Radicais Livres, previne o envelhecimento e melhora a visão.
Funções: essa vitamina ajuda manter o bom funcionamento das células epiteliais da pele e das mucosas que revestem o sistema digestivo e o respiratório. Com relação à visão, observa-se que a suplementação de ácido retinóico, como fonte única de vitamina A. Com relação à reprodução, conduz a malformação dos embriões. É indispensável à integridade da visão noturna, sendo constituinte da púrpura visual da retina, necessária à percepção normal da luz fraca, e também à formação dos tecidos epiteliais e da estrutura óssea.
Fontes: Fígado, manteiga, gema, leite integral, creme de leite, vegetais verdes e alaranjados, sob forma de caroteno – pró-vitamina A (cenoura, folhas, mamão, melão).
Deficiências:: A deficiência de vitamina A no homem pode ser devida a um nível baixo dietético, à interferência que ocorre na absorção (indivíduos com cirrose hepática, colites ulcerativas e outras) e armazenamento de vitamina A, a problemas na conversão do caroteno em vitamina A (indivíduos com diabetes mellitus e com hipotireoidismo). Também, em crianças ocorre perdas de vitamina A do sangue, quando estão com pneumonia ou infecções respiratórias. Essa carência pode provocar:
Xeroftalmia (instalação de uma infecção secundária na camada epitelial do olho, cujas conseqüências são o ressecamento e espessamento da conjuntiva, paralisação da secreção dos canais lacrimais, queratinização e opacificação da córnea e, a partir daí, infecção e cegueira irreversível);
Hemoralopia (falta de adaptação ao escuro que progride até a cegueira noturna);
A deteriorização da retina na cegueira noturna pode também levar a mudanças da sensibilidade da retina à luz colorida e a visão do azul e do amarelo pode ser diminuída ou invertida;
Retardamento do crescimento;
Baixa resistência a infecções, principalmente a resfriados e sinusites, sendo neste mais eficiente que a vitamina C;
Na área do tecido epitelial, altera as células epiteliais das membranas que revestem a garganta, o nariz, o trato respiratório;
Lesões da pele.
Inimigos: Cigarro, café, álcool, gordura em excesso.
Recomendações Nutricionais: As recomendações para lactentes
é baseada na quantidade de retinol no leite materno. As recomendações para adultos são baseadas em níveis que forneçam níveis adequados no sangue e depósitos hepáticos. A necessidade mínima para adultos para a manutenção de uma concentração sanguínea adequada e para prevenir sintomas de deficiência é de 500 a 600 µg de retinol, ou duas vezes a de betacaroteno.
Toxicidade: Os neveis mais recentes de toxicidade de vitamina a tem sido observados em pessoas com a função hepática comprometida por drogas, hepatite, ou por desnutrição protéica-energética, crianças e mulheres gestantes são especialmente vulneráveis.
A hipervitaminose A aguda pode ser induzida por uma única dose de retinol maior que 200mg (660.000 UI) em adultos ou maior que 100mg (330.000 UI) em crianças. Os sintomas incluem náusea, vômitos, fadiga, fraqueza, cefaléia e anorexia.
Vitamina D (calciferol)
A vitamina D não é encontrada pronta na maioria dos alimentos; estes contêm, em geral, um precursor que se transforma na vitamina quando exposto aos raios ultravioleta da luz solar. O sol sintetiza a vitamina D a partir do ergosterol (pró-vitaminaD) depositado na pele.
A prevenção e o tratamento do raquitismo são iguais: administração de óleo de fígado de bacalhau e de outras fontes de vitamina D, e exposição da pele aos raios solares.
Funções: Essencial para o crescimento e o desenvolvimento normal, regula o metabolismo do cálcio e fósforo, essenciais para a formação de ossos e dentes. É necessário para prevenir e curar o raquitismo.
Fontes: Na alimentação, a vitamina pode ser obtida da gema de ovo, leite, fígado e em alguns peixes, como bacalhau, atum e sardinha.
Deficiências: Na infância, a carência de vitamina D provoca o raquitismo.
Nos adultos, a deficiência de vitamina D ocasiona uma doença destrutiva dos ossos, chamada osteomalácia.
Outros distúrbios no organismo provocador pela falta de vitamina D são fragilidade dos ossos e cáries dentárias.
Inimigos: Ausência de sol e óleos minerais.
Recomendações Nutricionais: embora 2,5 µg de vitamina D diariamente seja o suficiente para prevenir o raquitismo, níveis mais elevados são prescritos para lactentes e durante o período de desenvolvimento do esqueleto, tendo-se como base as quantidades que promovem um ótimo crescimento.
Toxicidade: A hipervitaminose D pode causar alterações patológicas no organismo quando a vitamina D é tomada em excesso. Essas alterações, conseqüências da hipercalcemia, são excessiva calcificação óssea e calcificação de tecidos moles, como rim (incluindo cálculos renais), pulmões e até mesmo da membrana timpânica do ouvido, o que pode resultar em surdez.
Os lactentes com quantidades excessivas podem ter distúrbios gastrointestinais, fragilidade óssea, crescimento retardado e retardo mental.
Vitamina E (tocoferol)
É uma das principais vitaminas Antioxidantes. É importante para a produção de energia e na manutenção da saúde em todos os níveis. Ao contrário da maioria das vitaminas, é armazenada no corpo por pouco tempo e até 75% das doses diárias são excretadas com as fezes. Influi na produção de energia, atuando nos níveis do colesterol, auxiliando na redução do risco de doenças do coração.
Funções: Retarda o envelhecimento celular, promove a fertilidade, previne o aborto, anticoagulante, diurético, aumenta a resistência do organismo.
Fontes: Germe de trigo, óleos vegetais, folhas verdes, gema de ovo, manteiga, fígado, nozes.
Deficiências:: A deficiência de vitamina E nos humanos é muito rara, pode causar esterilidade do macho e aborto.
Inimigos: Calor, frio intenso, excesso de cloro e ferro no organismo.
Recomendações Nutricionais: Como não há nenhuma evidência que sugira uma deficiência de vitamina E a recomendação é baseada na quantidade consumida na dieta usual. A quantidade requerida par balancear as necessidades mínimas para os ácidos graxos poli-insaturados essenciais não é conhecida, mas estima-se que esteja entre 3 e 4 mg de alfa-IE (4,5 a 6 UI) por dia.
Toxicidade: A toxicidade por suplementação de vitamina E é baixa, mesmo em níveis relativamente altos. Isto é positivo, considerando as grandes quantidades com as quais várias pessoas se automedicam.
Vitamina K(menadiona)
É lipossolúvel sendo fundamental na coagulação sangüínea. Atua diretamente na síntese de Protrombina e outras protéinas importantes à coagulação do sangue. Junto com a Vitamina D, promove a síntese de Osteocalcina, proteína responsável pela fixação do Cálcio na matriz óssea.
Funções: É necessária na síntese orgânica de quatro fatores de coagulação do sangue; protrombina e fatores VII, IX e X. Por isso é conhecida como vitamina anti-hemorrágica.
O organismo consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K. Assim como as outras vitaminas lipossolúveis, sua absorção é influenciada pelo mecanismo de absorção de gorduras.
Fontes: Esta vitamina K é a naftoquinona, largamente distribuída na natureza, é encontrada em abundância nas folhas verdes de certas plantas (espinafre, couve, repolho, ervilha, soja, tomate) e em alimentos de origem animal.
Deficiências: É geralmente produzida pro falhas na absorção ou no aproveitamento pelo fígado e reduz a capacidade de coagulação sanguínea, aumentando a tendência a hemorragias.
A carência ocorre mais comumente no recém-nascido.
Os problemas mais comuns derivados à carência de vitamina K são: equimoses, epistaxes, hematúria, hemorragias intestinais e hemorragia pós-operatória.
Inimigos: Raios-X e radiação, alimentos congelados, aspirina, poluição atmosférica.
Recomendações Nutricionais: O nível recomendado é de 1µg/kg de peso corpóreo, cerca da metade é suprida pela síntese intestinal e o restante pela dieta.
Toxicidade: As doses excessivas de vitamina K sintética produzem icterícia nuclear em lactentes. As formas hidrossomiscíveis de vitamina K têm uma margem de segurança muito mais alta.
Vitaminas hidrossolúveis
Estão envolvidas em reações de manutenção do metabolismo energético. Estas vitaminas não são normalmente armazenadas no organismo em quantidades apreciáveis e são normalmente excretadas em pequenas quantidades na urina, sendo assim, um suprimento diário é desejável com o intuito de se evitar a depleção e interrupção das funções fisiológicas normais.
Seu agrupamento sob a designação de Complexo B é baseada na sua fonte de distribuição comum, em sua inter-relação próxima em tecidos animais e vegetais e em suas íntimas inter-relações funcionais.
Devido às inter-relações próximas entre as vitaminas B, uma ingestão inadequada de uma pode prejudicar a utilização das outras. As deficiências discretas de uma vitamina B isolada são raramente vistas de forma clínica.
Vitamina B1 (tiamina)
A tiamina tem papel essencial na transformação de energia e na condução de membranas e nervos, bem como na síntese de pentoses e da forma de coenzima reduzida da niacina.
É absorvida prontamente por transporte ativo no meio ácido do duodeno proximal e em alguma extensão no duodeno inferior. Sua absorção pode ser inibida pelo consumo de álcool, que interfere no transporte ativo da vitamina, e a deficiência de folato, que interferem na replicação dos enterócitos.
Funções: interfere diretamente no metabolismo dos carboidratos, protegem as células nervosas, estimula o apetite, mantém o tônus muscular. É conhecida como vitamina antiberibérica.
Recomendações Nutricionais: A recomendação para crianças, adolescentes e adultos é de 0,5 mg/1000 Kcal com um mínimo de um mg/dia, independentemente da ingestão total. São recomendadas adições de 0,4 mg/dia durante a gestação e 0,5 mg/dia no decorrer da lactação.
Fontes: a carne de porco magra e germe de trigo são fontes importantes. Todas as carnes de músculo, magras e de aves domésticas, gema de ovo, peixe, leguminosas, pães integrais e cereais também são excelentes fontes. O leite e os produtos do leite, as fibras e os vegetais contribuem significativamente para a ingestão total.
Deficiências: Os sinais clínicos de tiamina envolvem primariamente os Sistemas Nervoso e Cardiovascular, eventualmente expressados na doença deficiência beribéri. Os sintomas incluem confusão mental, perda muscular (beribéri seco) edema (beribéri úmido), paralisia periférica, taquicardia e coração aumentado. O beribéri responde bem ao tratamento com tiamina. Devido ao fato da maioria dos pacientes sofrer de múltiplas deficiências, um concentrado de complexo B é freqüentemente prescrito.
Inimigos: Álcool, cigarro, café, remédio controlado (dependência).
Toxicidade: Não há nenhum efeito tóxico conhecido da tiamina.
Vitamina B2 (riboflavina)
É ativamente absorvida na porção proximal do intestino delgado por um sistema de transporte saturável. Sua absorção é aumentada pela presença de alimento no trato gastrointestinal. Ainda que pequenas quantidades de riboflavina sejam encontradas no fígado e nos rins, ela
não é armazenada em grande quantidade no organismo e deve, ser fornecida na dieta regularmente. É excretada na urina em quantidades que dependem da ingestão e da necessidade relativa dos tecidos.
Funções: Fundamental para o crescimento, a vitamina B2, combinada com proteínas diferentes, forma um grupo de coenzimas conhecidas como flavoproteínas, essenciais para a oxidação dos carboidratos e para o transporte intermediário do hidrogênio. É igualmente importante para a conservação dos tecidos e para a filosofia ocular, graças a sua fotossensibilidade.
Recomendações Nutricionais: Baseado em estudos prolongados indicando uma necessidade de 0,6 mg/dia para pessoas saudáveis, as recomendações nutricionais (RDA) para adultos foram estabelecidas no mínimo 1,2 mg/dia. As necessidades são aumentadas durante a gravidez e lactação.
Fontes: A riboflavina, em pequenas quantidades é largamente distribuída nos alimentos. As melhores fontes são leite (fresco, enlatado ou em pó), queijos tipo cheddar e ricota. As carnes, ovos e vegetais de folhas verdes são fontes importantes. 60% da vitamina é perdida quando a farinha é moída, entretanto a maioria dos pães e cereais são enriquecidos com riboflavina e contribuem apreciavelmente para o consumo diário total.
Deficiências: As deficiências de riboflavina, quando ocorrem, estão geralmente em combinação com deficiências de outras vitaminas hidrossolúveis. Os sintomas podem ser secundários aos de outras deficiências de nutrientes, ou podem seguir períodos prolongados de deprivação alimentar ou consumo de dietas marginais pobres em proteína animal e em vegetais folhosos.
Os sintomas precoces da deficiência incluem fotofobia, lacrimação, queimadura e coceira dos olhos, perda de acuidade visual e dor e queimadura dos lábios, boca e língua. A riboflavinose é caracterizada pelo desenvolvimento de queilose (fissura nos lábios), estomatite angular (rachadura na pele dos cantos da boca), uma erupção gordurosa da pele nos sulcos nasolabiais; escroto ou vulva; língua inchada e arroxeada; uma proliferação capilar excessiva ao redor da córnea do olho.
Inimigos: Álcool, café, cigarro, bicarbonato de sódio.
Toxicidade: Não há nenhum nível de toxicidade para a riboflavina.
Vitamina B6 (piridoxina, piridoxal e piridoxamina)
A vitamina B6 existe em três formas permutáveis. Todas as três formas de vitamina são absorvidas nas células mucosas da porção superior do intestino delgado.
Funções: É indispensável em muitos processos bioquímicos complexos, mediante os quais os nutrientes são metabolizados no organismo. Entre esses nutrientes destacam-se as proteínas.
Certas anormalidades do cérebro como demência, podem resultar de um aporte cerebral inadequado de certas vitaminas, particularmente a vitamina B6. Em uma outra condição neurológica, a Doença de Parkinson, uma digestão controlada de vitamina B6 com medicação levodopa.
Recomendações Nutricionais: A necessidade de vitamina B6 aumenta conforme a ingestão de proteína aumenta.
Fontes: As melhores fontes de piridoxina são levedo germe de trigo, carne de porco, vísceras (principalmente fígado), cereais integrais, leguminosas, batatas, banana e aveia. Leite, ovos, vegetais e frutas contêm pequenas quantidades.
A diferença de biodisponibilidade dessa vitamina em alimentos vegetais e animais pode ser devido à presença de uma forma conjugada de piridoxina, um beta-glicosídeo, que é absorvido mas não bem utilizado em vegetais.
Os vegetais como batata, espinafre, feijões e outras leguminosas são ricos neste beta glicosídeo. A microflora intestinal contribui pouco para o estado de nutrição corpórea de vitamina B6 de acordo com estudos usando animais desprovidos de germes.
Deficiências: Os pacientes desenvolvem neurite periférica e vários dos sintomas da deficiência de piridoxina. Uma deficiência extrema de piridoxina leva a anormalidade do sistema nervoso central e pele, além de lesões seborréicas semelhante nos olhos, nariz e boca, acompanhadas de glossite e estomatite.
Inimigos: Álcool, café, cigarro, doenças do fígado.
Toxicidade: Ainda que a toxicidade aguda devido a grandes doses de piridoxina seja baixa, uma ingestão prolongada de doses altas resultou em ataxia e em grave neuropatia sensorial.
VITAMINA B12 (cianocobalamina)
Funções: A cianocobalamina é essencial para o funcionamento normal do metabolismo de todas as células, especialmente para aquelas do trato gastrointestinal, medula óssea e tecido nervoso.
Fontes: são os alimentos animais ricos em proteínas: leite,
gemas de ovo, ostras, ovos, peixes, queijos, carnes, especialmente músculo. A vitamina B12 só é encontrada em alimentos de origem animal.
Deficiências:: indivíduos com carência de vitamina B12 apresentam quadro de anemia perniciosa, motivo pelo qual ela é conhecida como antranêmica. Sua carência é mais comum em pessoas idosas.
Recomendações Nutricionais: As RDAs para jovens é de 0,3 µg/dia, para bebê, velhos e crianças são baseadas em aumentos progressicos até o valor de 2,0 µg/dia.
Inimigos: Cigarro, café, laxante e doenças do fígado.
Toxicidade: Nenhum efeito tóxico conhecido.
Vitamina C(ácido ascórbico)
É facilmente absorvida a partir do intestino delgado para o sangue por um mecanismo ativo e, provavelmente, também por difusão, é a Vitamina, sob forma de Suplemento, mais utilizada em todo o mundo e ainda assim as pesquisas indicam que uma grande parte da população tem deficiência. É uma das mais versáteis vitaminas necessárias à vida.
Funções: Suas funções no organismo são múltiplas; participa da síntese do colágeno (proteína importante na formação da pele saudável, tendões, ossos e tecidos de sustentação e na cicatrização de feridas); da manutenção das paredes dos vasos sanguíneos; do metabolismo de alguns aminoácidos; e da síntese ou liberação de hormônios da glândula supra-renal.
Uma concentração adequada de vitamina C nos tecidos ajuda o organismo a manter a defesa contra infecções, além de evitar e curar a produção de catarro comum, hipótese que continua sendo pesquisada, mas sem nenhum dado científico que a comprove.
A vitamina C oxida-se com facilidade, principalmente quando submetida a temperaturas elevadas, à exposição ao oxigênio e ao contato com metais oxidáveis.
Fontes: A vitamina ou ácido ascórbico é abundante nas frutas cítricas e vegetais crus, pimentão e repolho.
Deficiências:: A doença típica de falta de vitamina C é o escorbuto, cujos principais sintomas são o aumento do tamanho das articulações; a diminuição da excreção urinária; a concentração do plasma, dos tecidos e dos leucócitos; debilidade; anemia; diminuição do apetite e do crescimento; frouxidão nos dentes; inflamação de gengivas e articulações; dificuldade respiratória; hemorrágias subcutâneas e dores durante a realização de movimentos corporais.
Inimigos: Altas temperaturas e excesso de luz.
Recomendações Nutricionais: A necessidade mínima para prevenir o escorbuto é de 10mg, entretanto, isso não fornece reservas adequadas da vitamina C.
Toxicidade: O sintoma comum por doses maciças de vitamina C é a diarréia.
Conclusão:
Concluímos que todas as outras vitaminas têm uma função específica e um papel protetor no organismo humano e que para ter uma vida saudável é preciso de uma boa dieta alimentar.
E nós como enfermeiros devemos orientar as pessoas para ter uma boa dieta alimentar. Explicando como ocorre a absorção das vitaminas, suas carências e toxicidade. Devemos explicar as doenças que podem causar pela falta das vitaminas e ressaltar a importância da ingestão das vitaminas na nossa dieta alimentar.
A dose necessária de vitaminas varia de pessoa para pessoa, depende de seu estado de saúde, de sua prática esportiva, idade, sexo, altura, peso, entre outras coisas.
É bom ressaltar também que as vitaminas não são encontradas em nosso corpo e devemos adquiri-las através de alimentos ou suplementos vitamínicos.
Bibliografia
BORSOI, Maria Ângela. Nutrição e Dietética. 8. ed. São Paulo: Senac. 78 p.
MAHAN, L. Kathleen; STUMP, Sylvia Escott. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 9. ed. São Paulo: Afiliada, 1998. 1179 p.
Internet: http://www.terravista.pt/nazare/4060